quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

VITÓRIA TÃO MAGRA QUANTO A EXIBIÇÃO
















FICHA DO JOGO


























Depois de todas as incidências do jogo no Funchal, contra o Nacional da Madeira, de já todos conhecidas, o FC Porto quase não teve tempo para preparar convenientemente este jogo bastante difícil, em Santa Maria da Feira, contra esse colosso que milita no escalão secundário (ocupa o 2º lugar a 4 pontos da nossa equipa B) e que no dizer de Julen Lopetegui possui melhor equipa que algumas da Liga NOS.

Para suprir essas dificuldades, a equipa portista optou por fazer deste jogo o treino em falta. Descontracção quanto baste, desconcentração em boas doses, desorganização mais que muita, alguma displicência, intensidade quase nula, velocidade nem pensar, o que não faltou (isso jamais poderia faltar) foi a posse de bola inconsequente, assim a modos de quem está a pastar a toura, ingredientes mais que suficientes para transformar este «treino» num espectáculo degradante, nada edificante e sobretudo vergonhoso para quem tem a responsabilidade de representar tão prestigiante emblema, mesmo neste equipamento dos mais pirosos que o Clube já foi capaz de aceitar (o alternativo castanho, pois claro). 

Como se esperava Julen Lopetegui aproveitou a «classe» do adversário para proceder a algumas alterações no onze titular, onde apenas cinco dos habituais se mantiveram (Miguel Layún, ainda que deslocado para a direita, Maicon, Martins Indi, Danilo Pereira e Aboubakar.

O «treino» começou sem grandes incidências, com o FC Porto a impor o seu jogo de contenção e circulação da bola entre os seus defesas e um ou outro médio que recuava para a receber e voltar a atrasar, quantas vezes para o Helton, que também merece ser solicitado. Pior era colocar a bola lá na frente. Os jogadores portistas parecem pouco rotinados para essas acções e movimentos, pois sentiram-se quase sempre desconfortáveis, complicando invariavelmente e perdendo a bola com toda a facilidade, isto quando o passe longo de Maicon não ia para fora.

Mas eis senão quando, num canto marcado do lado direito do ataque portista Aboubakar meteu a cabeça e a bola só parou no fundo das malhas, estavam decorridos apenas 10 minutos. Eficácia a 100% no primeiro remate à baliza, dos três efectuados durante toda a primeira parte. 

















Conseguida a vantagem no marcador, seguiu-se o avolumar dos disparates, entre os quais uma atraso de bola para lá do meio-campo, efectuado por Cristian Tello, que acabou numa assistência perfeita para lançar um contra-ataque que só não resultou muito mal porque o «treino» era contra essa grande equipa da II Divisão, melhor que algumas da primeira.

Esta equipa portista (ou este plantel?) atravessa realmente um grave momento de falta de confiança e de inspiração. É que nem os menos utilizados são capazes de acrescentar qualidade, bem pelo contrário. Como é possível não conseguirem desenvolver um futebol fácil, prático, consistente, organizado? Os atletas não sabem o que fazer com a bola, não conseguem 3 ou 4 passes com critério, remates intencionais, lançamentos com profundidade, desmarcações entre linhas, enfim, não sei como trabalham durante a semana. Eu sei, esta semana não houve trabalho, mas ainda assim não têm desculpa, são profissionais e muito bem pagos.

Sobre este degradante espectáculo pouco mais há a acrescentar a não ser que Helton perto do fim evitou com alguma sorte o golo do empate, mas também os atacantes portistas perderam uma ou duas boas ocasiões para dilatar o marcador.

De positivo, este «treino» teve a vitória e a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal, mas a continuar a praticar este deplorável futebol, as expectativas não poderão ser muito elevadas.

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