FICHA DO JOGO
Finalmente uma grande exibição da equipa do FC Porto, como prenda de Natal aos seus fieis associados, coroada com três bons golos e ainda com o salto para a liderança do campeonato isolada, face à derrota do Sporting no Funchal, às mãos do União da Madeira.
Julen Lopetegui fez apenas uma alteração no onze titular, em relação à jornada anterior, frente ao Nacional. Maicon em vez de Marcano.
Já conhecedores do resultado do seu rival, os Dragões entraram no jogo muito fortes, rápidos e a praticar um futebol coerente, organizado, intenso, desconcertante, com jogadas muito vistosas que despertaram o entusiasmo da plateia composta por cerca de 32.000 espectadores.
Foi uma entrada avassaladora como já não se via há alguns jogos. Em consequência, o perigo rondou de forma constante a baliza dos estudantes e o golo acabaria por chegar relativamente cedo (7'). Miguel Layún marcou um canto do lado esquerdo ao primeiro poste e Danilo Pereira, num cacho de jogadores saltou mais alto cabeceando certeiro. A bola ainda bateu no guarda-redes que não conseguiu evitar o golo.
Ao contrário do que é costume, os azuis e brancos não se deram por satisfeitos e continuaram a atormentar a defensiva contrária. A Académica não tinha senão tempo para tentar organizar-se defensivamente de qualquer forma.
Não fora a fraca pontaria dos dianteiros portistas e o resultado poderia ir para o intervalo com uma goleada. A turma de Coimbra apenas espevitou nos últimos cinco minutos da primeira parte, altura em que chegou por duas vezes até à área do FC Porto, com algum perigo.
No recomeço os azuis e brancos voltaram a entrar fortes com todos os seus elementos em muito bom plano a colocar grandes dificuldades ao seu adversário. Por isso o segundo golo era só uma questão de tempo e ele surgiu rápido, na sequência de um livre a castigar uma falta grosseira sobre Danilo. Layún marcou em cruzamento para a área e Aboubakar de cabeça acertou finalmente nas malhas.
O Porto de hoje estava diferente, mais ambicioso, mais ousado, mais confiante e incomparavelmente insaciável, razão pela qual continuou à procura de mais golos.
As oportunidades foram surgindo mas nem sempre bem aproveitadas. Foi este aliás um dos poucos defeitos da exibição portista para que ela pudesse ser considerada perfeita, a par de duas ou três más abordagens defensivas.
Ora quem muito porfia acaba por lá chegar e o terceiro golo foi mesmo o mais bonito, saída de uma jogada envolvente. Bola recuperada a meio campo, Danilo lançou na direita Corona. O mexicano bailou na frente do seu opositor deixando-os nas covas, cruzou para o coração da área onde apareceu o seu compatriota Herrera a aplicar o calcanhar, obtendo um golaço.
Foi a cereja em cima do bolo que empolgou tudo e todos.
Com três golos no bornal e a garantia de uma vitória mais que certa, os pupilos de Lopetegui sentiram-se deslumbrados e tiraram finalmente o pé do acelerador.
A Académica aproveitou então para se acercar da baliza de Casillas, obrigando-o a aplicar-se. Conseguiu mesmo reduzir o marcador, ainda que num lance precedido de fora de jogo que o auxiliar não assinalou.
O momento menos bonito deste espectáculo aconteceu quando o técnico portista decidiu fazer a terceira e última substituição. Faziam aquecimento Alberto Bueno e André Silva. Lopetegui deu indicações para ser o avançado espanhol a entrar e logo ouviu um coro de assobios pela sua decisão. Alguns associados ansiavam pela estreia do jovem avançado português. O momento até parecia adequado, mas ainda não foi desta que teve a oportunidade.
No final fica uma vitória tranquila, uma exibição de alto nível e a liderança isolada do campeonato. Fazer destaques individuais parece-me injusto já que todos os elementos tiveram um rendimento acima da média.
Agora só resta desejar a todos um bom Natal. QUE SEJA UM BOM NATAL PARA TODOS NÓS. Foi ao som desta música que se encerrou este espectáculo de gala.
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