sábado, 5 de dezembro de 2015

ANSIEDADE, PRECIPITAÇÃO E ASELHICE, CONDIMENTOS DE UMA VITÓRIA SOFRIDA
















FICHA DO JOGO





























Apesar do triunfo mais que justo, a equipa do FC Porto voltou a demonstrar dificuldades perfeitamente evitáveis, só possíveis pelo momento de grande instabilidade emocional e falta de confiança que levam os seus jogadores, cada vez mais sem excepção, a períodos de grande ansiedade, demasiada precipitação e um sem número de aselhices que levam ao desespero os seus apoiantes.

Hoje no Dragão, o jogo frente ao Paços de Ferreira, tornou-se por estas razões, numa partida de elevado desgaste emocional, dentro e fora do relvado. Haja coração!

Julen Lopetegui voltou a mexer na equipa, dando a titularidade a Maicon, Rúben Neves e Aboubakar, por troca com Marcano, Danilo e o castigado Pablo Osvaldo, titulares no jogo anterior frente ao União da Madeira.























A entrada portista deu a ideia de querer resolver cedo a questão dos 3 pontos, já que logo aos 4 minutos Maicon obrigou Marafona a uma grande defesa, na sequência de um canto. Mas 4 minutos depois foi o Paços a chegar ao golo, também na sequência de uma canto, em que os defensores portistas se deixaram bater com alguma infantilidade e má organização permitindo que Bruno Moreira aparecesse isolado na cara de Casillas que nada pode fazer para evitar o remate certeiro.

A equipa do FC Porto acusou o toque, perdendo discernimento, passando a actuar com todos aqueles pecados acima referidos. Muitos passes perdidos, opções de passe completamente desajustados, muita dificuldade de penetração, jogo muito confuso e desligado, um recital de mau futebol perante uma equipa que passou a gerir a vantagem recorrendo com frequência aos expedientes do anti-jogo com a conivência absoluta do artista do apito de serviço, um tal Xistra.

Para agravar a situação, as oportunidades de golo criadas, iam sendo desperdiçadas, umas pela exibição segura do guarda-redes Marafona e outras pela aselhice pura dos rematadores portistas. Neste particular, Aboubakar destacou-se de forma exemplar, já que só à sua conta «queimou» de forma escandalosa, durante todo o jogo, uma mão cheia de lances, daqueles que não conseguimos perdoar a jogadores da formação. Mau de mais para ser verdade.

Valeu a inspiração do mexicano Jesus Corona, que com classe repôs a igualdade, quando iam decorridos 29 minutos de jogo. Brahimi meteu a bola em posição frontal para a entrada da área, Corona, na meia-lua recebeu- a entre três adversários, caminhou decidido para a baliza e à saída do guarda-redes picou-lha por cima, obtendo um golo de belo efeito. Uma verdadeira pedrada no charco.






















Os Dragões procuraram com frenesim mais um golo para chegar à vantagem, mas quase sempre de forma precipitada. Maicon, Aboubakar, Layún, Herrera, Brahimi, Corona, eu sei lá mais quem, tentaram de todas as formas, hipotecando sempre boas oportunidades.

O segundo tempo foi mais do mesmo, mas agora com Aboubakar ainda mais desastrado, provocando o desespero nas bancadas. Falhar golos cantados não se enquadra com a paciência e exigência da massa associativa do FC Porto, muito menos quando o resultado não é favorável.

Mas eis senão quando, depois de tantos falhanços azuis e brancos, também o Paços de Ferreira não quis ficar imaculado. Marafona e Ricardo trocaram a bola  junto da área, Herrera à ilharga interpôs-se com rara determinação, chegando primeiro que o guardião contrário e na iminência de caminhar para a baliza, surgiu Ricardo a cometer falta. Carlos Xistra assinalou a respectiva grande penalidade (milagre!) e Layún não falhou, colocando a sua equipa em vantagem no marcador, com ainda 26 minutos para jogar.























A equipa ganhou ânimo e carregou ainda mais no ataque. Julen Lopetegui foi mexendo na equipa, substituindo gradualmente André por Danilo, Brahimi por Tello e Herrera por Evandro, no sentido de dar mais força física e rapidez à equipa. Os lances de perigo sucederam-se com tanta frequência quanta a que eram escandalosamente desperdiçadas. 

Entretanto o Paços de Ferreira também não se deu por vencido, procurando a igualdade, tornando o final do jogo algo dramático e sofrido.

Seis minutos depois dos noventa Carlos Xistra apitou para o termo do encontro para gáudio de toda a plateia.

Em mais uma exibição sofrível, destaque para o jovem Jesus Corona, para mim a melhor unidade do FC Porto.

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