quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

INCAPACIDADE PARA CONTRARIAR O DESTINO














FICHA DO JOGO




























Terminou o sonho de permanecer na Liga milionária, de forma natural e esperada tendo em conta o surpreendente tropeção na jornada anterior. A tarefa portista tornou-se desde então quase impossível, como esta noite ficou demonstrado, frente ao poderoso Chelsea que voltou a dizimar quaisquer ambições portistas.

Julen Lopetegui sabia o que o esperava e apesar do discurso de grande confiança que procurou passar, durante o lançamento do jogo, assumiu a realidade ao escalar um onze titular muito mais talhado para defender, quiçá com medo de uma humilhação, do que para procurar a vitória, único resultado que daria o apuramento.

Abdicou do ponta de lança e reforçou a linha defensiva com três centrais, deixando Corona praticamente isolado na frente, descaído na ala esquerda e dando a Brahimi uma missão de vagabundo, explorando toda a frente atacante, na expectativa de um ou outro tirarem algum coelho da cartola. Sem poder contar com André André, subitamente impossibilitado fisicamente, o técnico portista confiou o seu lugar a Imbula.

Desde cedo que os Dragões manifestaram as habituais dificuldades da criação de jogo ofensivo  esbarrando invariavelmente na primeira linha adversária, à entrada do seu meio campo, obrigando os azuis e brancos a jogar para trás, no sentido de conservar o mais possível a posse de bola. Mais uma vez foi evidente o desconforto de alguns atletas, especialmente Maicon e Marcano, perante a pressão alta da turma londrina, provocando alguns despachos disparatados, alguns dos quais contra o corpo dos adversários.

Para piorar as coisas, o Chelsea marcou muito cedo num lance em que a defesa portista não ficou bem na fotografia. Jogada aparentemente fácil de anular com Hazard a lançar Diego Costa. Marcano parecia ser senhor do lance mas ao deixar-se bater, permitiu que o avançado aparecesse na cara de Casillas que conseguiu defender, porém a bola ressaltou em Marcano e caprichosamente foi para a baliza desguarnecida. Maicon ainda tentou cortar mas a bola já tinha ultrapassado a linha fatal.

O destino começava a desenhar-se com os Dragões a porem-se a jeito. A forma como a equipa abordou o jogo não foi a melhor, a estratégia de Julen Lopetegui ruiu cedo, mas nada fez para a alterar.

A equipa de José Mourinho, que como se sabe não atravessa um bom momento, ficou ainda mais confortável e confiante no jogo, controlando a seu belo prazer. Até ao intervalo Oscar quase dilatava o resultado com um remate que ressaltou em Layún, deixando Casillas completamente impotente, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.

Julen Lopetegui parecia satisfeito, pois entendeu não fazer qualquer alteração ao inicialmente projectado.





















Aproveitou o Chelsea para se adiantar mais no terreno e começar a ser mais ambicioso e perigoso. Willian acabaria por chegar ao 2-0, de forma simples e natural. A equipa do FC Porto não teve argumentos para travar o melhor rendimento do adversário que foi sempre muito superior.

Só depois do segundo golo sofrido (52') é que o técnico portista achou que estava na altura de modificar o rumo dos acontecimentos, abandonando a sua estratégia inicial. Fez sair Maxi Pereira, já amarelado, e Imbula, para a entrada de Rúben Neves e Aboubakar, passando a actuar no habitual 4x3x3. Layún passou para lateral direito e Martins Indi fixou-se na esquerda.

A partir desse momento o jogo ficou mais partido e as oportunidades de golo apareceram com mais frequência, sendo que o Chelsea esteve sempre mais perto de dilatar o marcador do que o FC Porto  de reduzir.

Derrota mais que merecida pela falta de ambição, má estratégia, demora na correcção e pela incapacidade de contrariar uma equipa muito mais forte no seu reduto.

O FC Porto cai assim para a Liga Europa.

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