Apontou 53 golos em 90 jogos disputados com a camisola do FC Porto, durante as 4 épocas em que representou este Clube (1971/72 a 1974/75).
Flávio Almeida Fonseca nasceu em 9 de Setembro de 1944, em Porto Alegre, Brasil. Desde criança alimentava o sonho de se tornar um goleador como alguns dos seus ídolos brasileiros da época e por isso foi praticando a modalidade num pequeno clube da sua terra natal, curiosamente chamado de Real Madrid de Porto Alegre, onde os seus dotes de concretizador de golos foram admirados pelo seu treinador, conhecido pelo «seu girafa» que o aconselhou a tentar a sua sorte na equipa de formação do SC Internacional.
No teste a que foi submetido nesse clube, em apenas 35 minutos, a sua capacidade goleadora funcionou por três vezes, dissipando quaisquer dúvidas quanto à sua valia. Ao lado da sua mãe assinou o seu primeiro contrato em 1961, fazendo parte do grupo que conquistou o estadual desse ano. Era então conhecido por Flávio bicudo.
Em 1963 Flávio teve a sua primeira convocatória para a Selecção nacional do Brasil, que se tornou habitual ao longo dessa década.
A sua cotação subiu em flecha e em 1964, depois de aturadas negociações, o avançado assinou pelo Corinthias, que já não vencia o estadual há dez anos. Com a camisola do timão, Flávio marcava, mas também perdia golos com a mesma facilidade e por isso, tão depressa era idolatrado como a seguir questionado.
Em 1969 transferiu-se para o Fluminense, logo se transformando num verdadeiro talismã para a torcida tricolor. A sua passagem por este clube proporcionou-lhe a conquista da Taça de Prata de 1970 e do campeonato carioca de 1971. Nesse período o avançado registou a impressionante marca de 92 golos em 115 partidas.
No Verão de 1971, Flávio foi negociado com o FC Porto e em pouco tempo conquistou a massa adepta portista, com os seus importantes golos.
Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto, em 26 de Setembro de 1971, no Estádio das Antas, contra o Boavista, em jogo da 3ª jornada do Campeonato nacional 1971/72, apontando dois dos seis golos com que os Dragões venceram os axadrezados. Flávio demonstrou desde logo a sua apetência para o golo, realizando as duas primeira épocas com um bom índice de concretizações.
Contudo, nas duas restantes começou a perder influência e a ser pouco utilizado, talvez porque as saudades do seu Brasil lhe retiravam algum discernimento.
Regressou ao Brasil em 1975, sem ter conquistado qualquer título no FC Porto, para representar o SC Internacional, sagrando-se campeão gaúcho, campeão nacional do Brasil e melhor marcador do campeonato nacional.
Em 1977 mudou-se para o SC Pelotas, voltando a ser o melhor marcador do campeonato gaúcho. Flávio teve ainda uma curta passagem pelo Santos, nesse ano.
Antes de pôr fim à sua longa carreira, ainda actuou no Figueirense FC, no Brasília FC e no Jorge Wilstermann da Bolívia.
Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Blogue Tardes de Pacaembu.
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