ÉPOCA 1997/98
As últimas conquistas nacionais tinham deixado os responsáveis portistas e seus adeptos entusiasmados e ansiosos por mais uma época futebolística, cuja meta estabelecida passava pela manutenção da ambição e vontade férrea de voltar a ganhar.
O treinador António Oliveira manteve-se no comando da equipa técnica, avaliou o plantel e fizeram-se algumas aquisições. Oito portugueses e dois estrangeiros entraram como reforços, uns logo no inicio outros já no decorrer da época.
Rui Correia (ex-Braga) e Costinha (ex-Sporting), dois guarda-redes para tentarem fazer esquecer de vez Vítor Baía, um problema ainda não resolvido.
Secretário (ex-Real-Madrid), Neves (ex-Marítimo), Gaspar (ex-Setúbal), Capucho (ex-Guimarães), Kenedy (ex-Paris St. Germain) e Peixe (ex-Sporting), mais o brasileiro Doriva e o marroquino Chippo.
Rui Correia (ex-Braga) e Costinha (ex-Sporting), dois guarda-redes para tentarem fazer esquecer de vez Vítor Baía, um problema ainda não resolvido.
Secretário (ex-Real-Madrid), Neves (ex-Marítimo), Gaspar (ex-Setúbal), Capucho (ex-Guimarães), Kenedy (ex-Paris St. Germain) e Peixe (ex-Sporting), mais o brasileiro Doriva e o marroquino Chippo.
O título começou a ser desenhado durante a primeira volta, altura em que os Dragões cimentaram uma vantagem confortável de 14 pontos, que lhes permitiu gerir as emoções na recta final do campeonato, onde perderam pontos inesperados que felizmente nunca foram aproveitados pela concorrência.
Equipa que à 2ª jornada derrotou o Belenenses, nas Antas, por 2-0. Da esquerda para a direita, em cima: Lula, Paulinho Santos, Capucho, Aloísio, Jardel e Rui Correia; Em baixo: Rui Barros, Fernando Mendes, Zahovic, Drulovic e Sérgio Conceição.
A primeira derrota só aconteceu à 19ª jornada, no Restelo frente ao Belenenses, por 1-0, num jogo em que os portistas tudo fizeram para ganhar mas não tiveram a sorte pelo seu lado, para além de terem de lutar contra uma arbitragem defeituosa de um "artista" chamado José Pratas. Na jornada seguinte nova derrota, na Reboleira, diante do Estrela da Amadora, por 3-2, com mais uma arbitragem escandalosa da autoria de Jorge Coroado. Era a ajuda tentada aos perseguidores que ganhavam novas esperanças de um campeonato relançado. Voltaria a perder mais três vezes: à 26ª jornada, em Alvalade por 2-0; na 32ª jornada, na Luz por 3-0 e na 34ª e última jornada no Funchal, frente ao Marítimo por 3-2.
Equipa titular no jogo da Luz, com derrota por 3-0. Da esquerda para a direita, em cima: Rui Correia, Lula, Kenedy, João Manuel Pinto, Capucho e Chippo; Em baixo: Doriva, Artur, Sérgio Conceição, Paulinho Santos e Rui Barros.
O tetracampeonato foi garantido na 31ª jornada, nas Antas frente ao Boavista. O Estádio das Antas encheu numa prova de confiança dos adeptos que sempre acreditaram nas potencialidades da equipa e quiseram viver a festa. Queriam principalmente "in loco" presenciar um feito histórico só antes alcançado pelo Sporting entre 1950 e 1954.
Foi um grande jogo de campeonato, com festa, espectáculo e muitos golos. Sérgio Conceição foi o primeiro a abrir a contagem, Paulinho Santos de grande penalidade aumentou o pecúlio, Martelinho reduziu para 2-1, Zahovic apontou o terceiro e já em tempo de descontos o ex-dragão Timofte encerrou a contagem em 3-2.
Para não variar, o S. João assentaria arraiais na baixa portuense com dois meses de antecedência. O último jogo nas Antas foi o penúltimo do campeonato. O vizinho Salgueiros foi o visitante. Neste jogo, o FC Porto já com o título no bornal, proporcionou uma despedida carregada de golos, de modo a acentuar nos adeptos a vontade de ver a equipa rapidamente de regresso. Jardel foi a figura do encontro ao apontar cinco dos sete golos, cimentando a sua posição de artilheiro-mor do campeonato. Foi também neste jogo que se estrearam os ex-sportinguistas Costinha e Peixe.
O jogo na Madeira, já acima referido, encerrou um campeonato em que o FC Porto se confirmou como indiscutível e claro vencedor, apesar de um número de derrotas pouco vulgar, todas fora de portas já que nas Antas os azuis-e-brancos apenas consentiram um empate frente ao Sporting. Os Dragões concluíram com 77 pontos, averbando 24 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Foi o melhor ataque com 75 golos marcados, 26 dos quais marcados por Jardel e sofreu 38 golos, cotando-se como a sexta do campeonato! A falta de Baía era por demais evidente. Continuava a faltar um substituto à altura.
O comportamento da equipa do FC Porto, na Taça de Portugal, foi coroada de êxito, na tarde de 24 de Maio de 1998, no Estádio Nacional, com os jogadores portistas a erguerem mais um troféu.
A campanha começou no Estádio das Antas, frente ao Valonguense, da III Divisão, num jogo de sentido único, recheado de golos (8-0) e de futebol vistoso. Seguiu-se, ainda nas Antas, o Juventude de Évora, jogo marcado pela excelente exibição do goleador Mário Jardel, que só entrou depois do intervalo para estabelecer um recorde impressionante, a marcação de 7 golos em apenas 45 minutos. É obra! O resultado final foi de 9-1.
O sorteio colocou no caminho portista, o Maia, da II Divisão. O jogo disputado na Maia, acabou por revelar dificuldades inesperadas, com o resultado num surpreendente 4-4, no final do tempo regulamentar. Os Dragões decidiram a eliminatória a seu favor aos 27 minutos do prolongamento, com golo de Zahovic.
Nos quartos-de-final, o FC Porto foi a Freamunde carimbar o passaporte de acesso às meias-finais. A equipa local, da III Divisão, não foi um adversário fácil e obrigou a equipa portista a um grande empenho para desenharem uma vitória por 4-0. Fácil também não foi o União de Leiria, adversário que se seguiu, que em sua casa se bateu com muita galhardia, tudo fazendo para tentar vencer o encontro. Os Dragões foram obrigados a trabalho suplementar, num verdadeiro jogo de Taça, com incerteza no marcador e necessidade de prolongamento. Mielcarski, aos 21 minutos desse prolongamento, sentenciou o destino da eliminatória. O resultado final de 2-3 garantia a presença portista na final.
A final entre o FC Porto e o Braga ficou para a história das grandes finais disputadas em Portugal. Duas equipas com elevada capacidade de sofrimento, fizeram uma entrega total ao jogo, construíram momentos de excepcional nível técnico e expressão plástica e provaram a razão pela qual o futebol é o maior espectáculo do mundo.
Foi um jogo emocionante, com o FC Porto sempre em vantagem, muitas vezes dominador, altivo, e imponente na sua condição de favorito. A vitória por 3-1, assentou como uma luva na exibição de luxo portista, garantindo mais uma «dobradinha».
O comportamento da equipa do FC Porto, na Taça de Portugal, foi coroada de êxito, na tarde de 24 de Maio de 1998, no Estádio Nacional, com os jogadores portistas a erguerem mais um troféu.
A campanha começou no Estádio das Antas, frente ao Valonguense, da III Divisão, num jogo de sentido único, recheado de golos (8-0) e de futebol vistoso. Seguiu-se, ainda nas Antas, o Juventude de Évora, jogo marcado pela excelente exibição do goleador Mário Jardel, que só entrou depois do intervalo para estabelecer um recorde impressionante, a marcação de 7 golos em apenas 45 minutos. É obra! O resultado final foi de 9-1.
O sorteio colocou no caminho portista, o Maia, da II Divisão. O jogo disputado na Maia, acabou por revelar dificuldades inesperadas, com o resultado num surpreendente 4-4, no final do tempo regulamentar. Os Dragões decidiram a eliminatória a seu favor aos 27 minutos do prolongamento, com golo de Zahovic.
Nos quartos-de-final, o FC Porto foi a Freamunde carimbar o passaporte de acesso às meias-finais. A equipa local, da III Divisão, não foi um adversário fácil e obrigou a equipa portista a um grande empenho para desenharem uma vitória por 4-0. Fácil também não foi o União de Leiria, adversário que se seguiu, que em sua casa se bateu com muita galhardia, tudo fazendo para tentar vencer o encontro. Os Dragões foram obrigados a trabalho suplementar, num verdadeiro jogo de Taça, com incerteza no marcador e necessidade de prolongamento. Mielcarski, aos 21 minutos desse prolongamento, sentenciou o destino da eliminatória. O resultado final de 2-3 garantia a presença portista na final.
A final entre o FC Porto e o Braga ficou para a história das grandes finais disputadas em Portugal. Duas equipas com elevada capacidade de sofrimento, fizeram uma entrega total ao jogo, construíram momentos de excepcional nível técnico e expressão plástica e provaram a razão pela qual o futebol é o maior espectáculo do mundo.
Foi um jogo emocionante, com o FC Porto sempre em vantagem, muitas vezes dominador, altivo, e imponente na sua condição de favorito. A vitória por 3-1, assentou como uma luva na exibição de luxo portista, garantindo mais uma «dobradinha».
Na foto a equipa que disputou a final da taça de Portugal. Em cima: João Manuel Pinto, Kenedy, Rui Correia, Aloísio e Jardel; Em baixo: Paulinho Santos, Zahovic, Drulovic, Doriva, Secretário e Sérgio Conceição.
A Supertaça Cândido de Oliveira voltou a ter honras de abertura da época. Disputada em duas mãos, coube ao FC Porto deslocar-se ao Estádio do Bessa, para esgrimir com o Boavista a 1ª Mão.
Os axadrezados apresentaram-se em estado de preparação bem mais adiantado e foi sem grande surpresa que conseguiu uma vitória tranquila, por 2-0, que no entanto deixava algumas esperanças para o jogo da 2ª Mão.
Equipa titular, no Bessa, na 1ª Mão da Supertaça. Da esquerda para a direita, em cima: Lula, Jardel, Neves, João Manuel Pinto, Barroso e Rui Correia; Em baixo: Paulinho Santos, Sérgio Conceição, Rui Jorge, Rui Barros e Folha.
O jogo da segunda mão mostrou um FC Porto ambicioso e determinado em marcar o número de golos que revertesse o resultado desfavorável que trazia do Bessa. O início do jogo foi promissor, com um golo logo aos 7 minutos, por Fernando Mendes. Porém, muitas falhas na concretização e uma tremenda falta de sorte, associadas ao sistema ultra defensivo dos axadrezados, impediram que o FC Porto conseguisse o seu objectivo.
Em termos internacionais coube ao FC Porto integrar o Grupo D da Liga dos Campeões, juntamente com Olympiakos, Real Madrid e Rosenborg. Tendo em conta o desempenho portista na anterior edição, tudo indicava que os oitavos-de-final estariam perfeitamente ao alcance. Mas não foi assim.
A primeira jornada levou o FC Porto até Atenas, para defrontar os gregos do Olympiakos. Sofrendo um golo logo aos 6 minutos, os azuis e brancos tomaram conta do jogo, dominaram, massacraram, mas sem acertar com o caminho para o golo, numa baliza superiormente defendida por Tchouroglou. O Olympikos marcou o golo e limitou-se a defender.
Em termos internacionais coube ao FC Porto integrar o Grupo D da Liga dos Campeões, juntamente com Olympiakos, Real Madrid e Rosenborg. Tendo em conta o desempenho portista na anterior edição, tudo indicava que os oitavos-de-final estariam perfeitamente ao alcance. Mas não foi assim.
A primeira jornada levou o FC Porto até Atenas, para defrontar os gregos do Olympiakos. Sofrendo um golo logo aos 6 minutos, os azuis e brancos tomaram conta do jogo, dominaram, massacraram, mas sem acertar com o caminho para o golo, numa baliza superiormente defendida por Tchouroglou. O Olympikos marcou o golo e limitou-se a defender.
Equipa titular em Atenas. Da esquerda para a direita, em cima: Sérgio Conceição, Rui Correia, Jardel, João Manuel Pinto, Aloísio e Folha; Em baixo: Zahovic, Drulovic, Rui Barros, Fernando Mendes e Paulinho Santos.
Na 2ª Jornada o FC Porto recebeu o todo poderoso Real Madrid. E como seria de prever, os campeões espanhóis passearam toda a sua classe pelo relvado das Antas, dominaram, estabeleceram os ritmos do jogo e marcaram (0-2) nos momentos decisivos. O FC Porto deu a réplica possível, mas a diferença de orçamento entre as duas equipas ficou bem evidente.
Equipa titular, frente ao Real Madrid, nas Antas. Da esquerda para a direita, em cima: Kenedy, Barroso, Neves, João MAnuel Pinto, Aloísio e Rui Correia; Em baixo: Paulinho Santos, Rui Barros, Zahovic, Sérgio Conceição e Jardel.
Em condições climatéricas muito desfavoráveis, com muita neve e muito frio, o FC Porto não teve argumentos para o Rosenborg, no Estádio Lerkendal, em Trondheim. Derrota por 2-0, a terceira consecutiva na prova, numa exibição fraca.
Nas Antas, os Dragões deram a ideia que seriam capazes de concretizar a primeira vitória, mas deixaram-na escapar a dois minutos do fim, hipotecando quase definitivamente a possibilidade de se qualificar para a fase seguinte. Jardel marcou cedo, aos oito minutos e o FC Porto desde logo assumiu o comando do jogo, mas quando já ninguém esperava surgiu o golo do empate.
A primeira vitória aconteceria na 5ª jornada frente ao Olympiakos, nas Antas. Ainda assim os gregos voltaram a estar em vantagem no marcador, mas foi Sol de pouca dura. Os portistas reagiram bem, comandaram as operações e depois Jardel fez o resto, marcando os dois golos da equipa.
Na deslocação a Madrid, na última jornada, o FC Porto voltou a não ser feliz. Teve duas bolas no ferro, mostrou-se desinibido e ambicioso, mas a superioridade espanhola acabou por fazer a diferença. A derrota pesada de 4-0, não traduz a verdade do jogo.
O último lugar do grupo a 9 pontos do primeiro, diz bem da decepcionante participação portista.
(Clicar no quadro para ampliar)
Nos 48 jogos oficiais, relativos às 4 provas em que o FC Porto esteve envolvido, a equipa técnica liderada por António Oliveira utilizou 30 atletas, aqui referenciados por ordem decrescente dessa utilização: Capucho (44 jogos), Drulovic (42), Jardel (41), Artur e Zahovic (40), Rui Correia e Sérgio Conceição (39), Aloísio (38), Paulinho Santos (37), Rui Barros (34), João Manuel Pinto (32), Fernando Mendes (28), Secretário (24), Folha (22), Chippo (20), Barroso (19), Jorge Costa (17), Doriva e Mielcarski(16), Kenedy (14), Gaspar (13), Rui Jorge (11), Neves (10), Costa (8), Lula e Butorovic (7), Eriksson (5), Hilário (4), Costinha e Peixe (1).
Fontes: Baú de Memórias, de Rui Anjos; Revista Dragões; Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar
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