Já não chegavam as consequências da política do desgoverno da «canalhada» que tomou conta do poder, associada aos interesses inconfessáveis da Troika (para não lhe chamar outra coisa), que tem dizimado a confiança dos portugueses em geral e dos portistas em particular, tinha agora que se juntar a crise da equipa de futebol!
Podia especular sobre as causas de, em tão pouco tempo, terem sido desbaratados os níveis de confiança, de competência e de talento que os atletas do FC Porto vinham demonstrando, mas por enquanto, não quero ir por aí.
Apesar da mudança de treinador e da venda de alguns dos activos mais sonantes do Clube, a época começou com mais uma vitória e mais um troféu, numa exibição agradável, a prometer mais uma temporada recheada de êxitos.
A equipa foi evoluindo de uma forma irregular, alternando momentos de futebol de alto gabarito com outros de franca mediocridade. Faltava saber quanto mais tempo iria durar essa indesejada ambiguidade e se a equipa seria capaz de evoluir favoravelmente.
O mês de Novembro foi esclarecedor quanto ao assunto. Depois de alguns percalços, nos jogos de duas faces, os Dragões começaram a patentear cada vez mais dificuldades, a perder qualidade e a ceder contra equipas menos cotadas, fazendo com que a vulgaridade fosse progressivamente tomando conta da equipa.
A crise é real, está instalada, não há como negá-la. Os jogadores apresentam problemas anímicos, falta de confiança, incapacidade para tomar as melhores opções, resultando num futebol lento, sem ligação, inconsistente, previsível e fácil de anular. Em pouco tempo, jogadores talentosos, capazes de coisas prodigiosas, passaram incompreensivelmente a dar uma imagem de vulgaridade.
Naturalmente que não pretendo aqui apontar culpados. Espero que os problemas estejam identificados e confio que, como noutras alturas, os responsáveis apresentem rapidamente soluções para que este mau momento seja debelado. A bola está do lado de Pinto da Costa.
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