FICHA DO JOGO
Para quem ainda tivesse dúvidas quanto à competência ou falta dela, da actual equipa portista, o jogo de hoje em Alvalade teve o condão de as dissipar. A equipa de milhões foi vulgarizada pela equipa dos tostões. Esta é a primeira grande conclusão a tirar do desempenho de ambas as equipas, no jogo desta noite. A segunda é que só a classe e competência de Fabiano evitou uma derrota em Alvalade.
Paulo Fonseca apostou de início num onze titular com apenas três novidades: Fabiano, na baliza em vez de Helton; Herrera, no meio campo, em vez de Lucho e Ghilas, no eixo do ataque, em vez de Jackson.
Os portistas entraram bem na partida e criaram a primeira grande ocasião para marcar, por intermédio de Ghilas, que bem lançado na área por Alex Sandro, atirou por cima da barra.
Depois a exibição portista foi-se perdendo na incapacidade de ligar o jogo, com Carlos Eduardo muito apagado, Herrera a somar uma série de perdas de bola verdadeiramente inocentes com quase todos os companheiros a denotar falta de confiança, incapacidade para romper, para segurar a bola e para a entregar em boas condições. Alas improdutivos e a afunilar o jogo, falta de criatividade e muita incompetência nos movimentos mais basilares do futebol. Assim, fica difícil decidir um jogo a seu favor e muito menos quando pela frente aparece uma equipa de jovens ambiciosos, irrequietos, descomplexados, bem orientados e a praticar um futebol bem mais adulto, acutilante, criativo, ligado e ofensivo.
E se na primeira parte os Dragões conseguiram de algum modo equilibrar a partida, apesar das constantes perdas de bola, erros primários e outros comprometedores, na segunda parte afundou-se numa mediocridade ainda mais assustadora, obrigando Fabiano a agigantar-se nos seus 1,97 metros, para manter inviolável a sua baliza.
Resultado feliz e lisonjeiro que envergonha qualquer portista consciente.
Resta acrescentar que o árbitro da partida esteve bem, mesmo na expulsão de Carlos Eduardo, apesar do «restolho» da alienada plateia leonina, que entrava em esteria sempre que um jogador da sua equipa se estatelava, mergulhava, era apanhado em fora de jogo, ou sempre que o árbitro apitava contra os seus interesses. Afinal, a doutrina do calimero na sua plenitude.
«Resultado feliz e lisonjeiro que envergonha qualquer portista consciente»
ResponderEliminarinfelizmente não posso estar mais de acordo com o meu caro Rui.
abr@ço
Miguel | Tomo II