FICHA DO JOGO
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Foi com um desempenho muito pálido, sem chama, sem garra, sem imaginação, no mínimo muito estranha, que nem as várias alterações operadas no xadrez portista consegue justificar, que o FC Porto construiu a sua décima vitória, no campeonato, mantendo a diferença de dez pontos de vantagem para os mais próximos perseguidores.
Fucile, Otamendi, Rúben Micael e Walter, jogaram a titulares frente a um adversário humilde e aguerrido, às vezes violento. Silvestre Varela, lesionado, teve de ceder o seu lugar, iam decorridos apenas 38 minutos.
Com um índice muito elevado de passes errados, os Dragões, apesar disso, conseguiram uma primeira parte regular onde criaram algumas oportunidades de golo, sobretudo na sequência dos vários pontapés de canto que quase sempre levaram o pânico à defensiva algarvia.
Perto da meia hora de jogo, uma excelente combinação entre Walter e Rúben Micael, premiou o avançado brasileiro que numa execução magistral, colocou a bola no fundo da baliza de Ventura, com uma magnífica chapelada. Estava aberto o marcador.
Primeiro golo do «Bigorna» na estreia como titular no campeonato, ele que já tinha conseguido marcar três golos no jogo da Taça de Portugal.
O Portimonense deu a resposta por Pedro Silva que obrigou Helton a defesa apertada.
No segundo tempo foram os algarvios que entraram mais perigosos e Evanildo, na marcação de um livre directo, fez a bola estremecer a trave da baliza de Helton. O futebol portista ia perdendo qualidade, mas voltou a estar perto do golo, mais uma vez de pontapé de canto que Ricardo Pessoa, no sítio certo, conseguiu salvar.
O golo da tranquilidade surgiu praticamente em cima da hora do fecho da partida. Cristian Rodríguez foi derrubado dentro da área de rigor, com um toque subtil do defesa Di Fabio. O árbitro lisboeta João Capela, bem situado não hesitou e assinalou a infracção.
Hulk cobrou e apontou o seu 11º golo em outras tantas partidas do campeonato.
Nesta frágil exibição apenas merece destaque a boa jogada de entendimento que deu o primeiro golo, uma magnífica obra de arte de Walter.
Demasiada descompressão.
ResponderEliminarÉ natural e compreensível que depois de uma vitória tão retumbante e tão categórica como a de domingo passado, haja tendência para descomprimir, baixar o tom, pensar que o mais difícil já foi conseguido e não é necessário manter a mesma atitude, o mesmo espírito e a mesma concentração como contra o Benfica. Compreendo isso muito bem e ia mentalizado que esta noite não seria de Ópera, mas também não ia à espera de tanto cinzentismo, de uma música tão desafinada. Quando num domingo à noite, contra um adversário pouco apelativo, com todo o respeito pelo Portimonense e com um tempo chuvoso e frio, se tem 40.418 espectadores no Estádio, não se deve baixar tanto o nível exibicional, passar de 80 para 8. Com isso "mata-se" o entusiasmo, desmobiliza-se os adeptos, perde-se o estado de graça. As alterações, que foram várias, servem como atenuantes, mas não explicam tudo. O problema que afectou esta noite a equipa do F.C.Porto foi um mal que, pensava eu, estava definitivamente ultrapassado e dera lugar à imagem de marca do Dragão de Villas-Boas: um colectivo forte que potencia as individualidades. Hoje as individualidades quiseram fazer tudo sozinhas, marcar golos de qualquer maneira, até do meio-campo e assim, nem brilhou o colectivo nem brilharam as individualidades. Ganhamos, mantivemos a distância e isso é fundamental, é o que importa, dirão alguns. Pois, mas para mim isso não chega, é possível juntar o útil ao agradável e hoje foi como um regresso ao passado recente. No passado noites como esta eram a regra, espero que com Villas-Boas, sejam a excepção.
Um abraço
Bom dia,
ResponderEliminarOntem tivemos uma exibição menos conseguida.
O nosso meio campo, com Ruben e Belluschi não funciona. São dois atletas que não se complementam e que por vezes parecem algo confusos na ocupação dos espaços.
Varela teve problemas musculares, e não estava ao seu melhor nível, acabando por ser substituído.
Hulk ontem esteve algo apagado, pois também não teve um meio campo que o servisse, para criar desequilíbrios vindo de trás.
Alvaro e Fucile tentaram lançar o ataque, mas principalmente Alvaro longe do fulgor dos últimos jogos.
Villas-Boas numa altura que o Portimonense estava a ganhar o meio-campo, soube ler bem o jogo e colocou e campo os aguerridos Castro e Ukra e reequilibraram o jogo.
Nota negativa para o jogador Jumisse que teve duas entradas muito perigosas, e que deveria ter sido expulso.
Estiveram melhor neste jogo Helton, Otamendi, Guarin e Walter.
Walter acabou por também sair desgastado fisicamente.
Nota positiva para o público que numa noite fria, acorreu ao Dragão em grande número ... mas nota negativa para os assobios, que intranquilizam a equipa, há que ter calma, pois nem sempre vamos realizar jogos brilhantes como aquele contra o Benfica.
Abraço
Paulo
http://pronunciadodragao.blogspot.com/
Tudo está bem quando bem acaba. Mas Villas Boas saberá o que dizer, no balneário, o que tiver por conveniente. A aceleração do jogo, os passes falhados em excesso, o abuso do individualismo não deram a imagem que o público presente merecia. Fica o sabor do triunfo, o saldo da conta intocável e as boas referências dos que têm mais tempo de banco.
ResponderEliminarMais uma vitória para nossa conta,o verdadeiro show vai vir na capital.
ResponderEliminarcaríssimas(os),
ResponderEliminarpor (breves) momentos, houve um regresso a um Passado recente. acredito que tenha sido momentâneo e que a comparação com a última época de Jesualdo Ferreira não passe disso mesmo: uma ilusão.
saudações PENTAcampeãs!
Tomo I