FICHA DO JOGO
SISTEMAS TÁCTICOS
O FC Porto recebeu e derrotou o V. de Guimarães, com uma exibição incaracterística em que sentiu grandes dificuldades de penetração e alguns calafrios defensivos, apesar de ter ficado em vantagem numérica desde o 2º minuto da partida, com a expulsão do defesa minhoto Tapsoba. Os Dragões só marcaram o golo da confirmação aos 88 minutos, depois de nova expulsão, desta vez ao avançado Davidson. Pelo meio Marchesín foi evitando o golo do adversário, por três ocasiões.
Sérgio Conceição não tinha motivos para fazer alterações ao onze titular e manteve os mesmos que começaram o jogo no toupeiral.
Depois de uma exibição categórica na semana anterior, na casa do principal candidato ao título, receber a turma do Vitória, equipa que na temporada passada teve a ousadia de vencer no Dragão e empatar e sua casa, «roubando» 5 dos 6 pontos possíveis, elevava naturalmente a expectativa.
Logo na primeira jogada do encontro, Marega sofreu falta de Tapsoba, quando se dirigia para a baliza (braço nas costas e empurrão), que Carlos Xistra ajuizou bem, marcando a respectiva falta e expulsando o defesa minhoto. Para alguns críticos da nossa praça terá sido uma decisão excessiva, talvez porque estão habituados a arbitragens bem mais bondosas para os nossos adversários, também deste protagonista.
É claro que esta incidência baralhou certamente toda a esquematização programada para este jogo, de um e de outro lado.
Por incrível que pareça, foram os azuis e brancos que pior se adaptaram à nova situação de jogarem em superioridade numérica, ainda que tenham chegado ao golo à passagem do 13º minuto. Passe em profundidade de Corona para o segundo poste, aparecendo Marega a receber de forma deficiente, mas ainda assim a recompor, a deixar Bondarenko no chão, depois de uma simulação e atirar de seguida a contar, batendo Miguel.
Os vimaranenses cada vez mais unidos, souberam organizar-se lá atrás, foram tapando os espaços de penetração, permitiram aos jogadores do FC Porto ter a bola longe da sua baliza e quando a conseguiam recuperar, lançavam ataques rápidos, bem construídos e perigosos, pondo sempre em alerta máxima a defensiva da casa.
Rochinha dispôs de uma boa oportunidade de empatar, aos 18 minutos, mas Marchesín, sempre felino negou-lhe essa possibilidade com mais uma defesa incrível.
Só de bola parada o FC Porto conseguia levar algum perigo à baliza minhota. Marcano aos 29 minutos e Mbemba (entrou aos 44 minutos a substituir Pepe por lesão), aos 55 minutos, cabecearam com muito perigo, na sequência de cantos.
Aos 59 minutos Carlos Xistra voltou ao seu normal e perdoou uma grande penalidade cometida pelo guarda-redes Miguel sobre Marcano (tentativa de afastar a soco num cruzamento, acertando na cara do defesa portista. O VAR terá chamado à atenção e Xistra foi ele próprio visionar o lance, mantendo a decisão de não assinalar a falta.
Aos 68 minutos foi Sacko a cometer falta dentro da área sobre Luis Díaz, mas mais uma vez Xistra fez vista grossa.
Dez minutos depois O árbitro da partida esteve bem ao expulsar Davidson por reagir extemporaneamente a uma falta bem assinalada. Primeiro levou o amarelo por protestos e de seguida o vermelho por protestos ainda mais refinados.
A partir de então acabou a resistência vimaranense, podendo o FC Porto finalmente respirar de alívio. Marcano marcou aos 88 minutos o golo do descanso e Marega bisou aos 93 minutos, elevando o marcador para números demasiado pesados para a performance de ambas as equipas.
Vitória justa mas muito suada pela valorosa réplica do adversário.
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