FICHA DO JOGO
Uff!!! finalmente um golo! Este terá sido o desabafo mais repetido no jogo de hoje pelos adeptos portistas face ao desespero causado pela apetência para o desperdício, dos jogadores azuis e brancos, repetidamente manifestada até à exaustão. Ao contrário de outros jogos recentes, desta vez tal defeito foi debelado «in-extremis» por um menino com idade de júnior que demonstrou aos demais e de forma categórica, a arte de bem bater o guarda-redes contrário.
Nuno E. Santo, com todos os atletas à sua disposição, à excepção do defesa central Boly, por motivos já conhecidos, promoveu a uma alteração, em relação à equipa tipo que tem vindo a apresentar. Miguel Layún surgiu na lateral esquerda em vez de Alex Telles que viu o jogo do banco.
Este jogo despertava desde logo grande expectativa, não só pelo registo negativo dos sucessivos empates nos últimos cinco jogos, mas também pelo facto de uma vitória portista permitir ultrapassar na classificação o seu adversário de hoje e sobretudo recuperar 3 pontos ao líder do campeonato, depois da sua derrota no Funchal. Condimentos mais que suficientes para que a equipa do FC Porto, hoje entrasse determinada e ambiciosa.
O jogo dividiu-se em dois momentos bem diferentes. O antes e o depois da expulsão do defesa bracarense Artur Jorge, aos 35 minutos, na sequência da falta para penalty cometida sobre André Silva.
Antes, os Dragões ainda que com uma ligeira supremacia tiveram que dividir o jogo com os minhotos, sobretudo a meio campo, uma vez que Casillas não teve uma única defesa. Já os azuis e brancos, que até estavam a jogar relativamente bem, até chegar à área adversária, começaram o seu calvário de desperdícios a partir do minuto 20, com uma perdida incrível de Diogo Jota a cabecear, livre de marcação e em posição frontal, por cima, com a baliza toda escancarada! Aos 27 minutos foi Óliver Torres que não aproveitou um brinde de Marafona, atirando para fora! Aos 30', de novo Diogo Jota, em boa posição para rematar com êxito, permitiu a intervenção do guarda-redes minhoto. Aos 34' a grande penalidade sobre André Silva que o próprio cobrou, mais uma vez muito mal, permitindo a defesa.
Depois deste lance e com o Braga reduzido a 10 unidades, o FC Porto tomou definitivamente conta do jogo e foi mesmo avassalador. Jogou de uma forma geral muito bem, com intensidade, com critério, salvo num ou noutro lance, mas na hora do remate o disparate foi uma constante. Muita precipitação, muita imaturidade, muita sofreguidão, muita ansiedade, algum infortúnio, alguma oposição de qualidade de Marafona, enfim, a bola não parecia interessada em beijar as malhas.
O técnico portista, hoje sem culpas no cartório, arriscou tudo. Brahimi ocupou o lugar do lesionado Otávio (o médio brasileiro vem perdendo o fulgor inicial), Herrera entrou para a saída de Miguel Layún e o FC Porto passou a jogar com três defesas, como se impunha e finalmente Óliver Torres deu o seu lugar ao jovem Rui Pedro que haveria de ser a figura do encontro, ao encontrar finalmente e com muita classe o caminho das redes contrárias, garantindo o regresso às vitórias, após cinco penosos empates.
Lance muito bonito desde a assistência de Diogo Jota, com um gesto técnico perfeito, a dominar a bola com o peito e em rotação todo no ar a lançar a desmarcação entre os defesas, de Rui Pedro, que recebeu a bola, correu a fugir dos defesas, entrou na área e à saída de Marafona picou por cima obtendo um golo de belo efeito, provocando uma enorme explosão de alegria, como não se via há já muitos minutos.
Vitória mais que justa, assente numa exibição agradável e conseguida (finalmente) mas também sofrida e arrancada a ferros, pela ineficácia no remate, num autêntico festival de golos perdidos.
Aparentemente, esta vitória aliada à derrota do líder, relança o campeonato, mas... será que o FC Porto acerta de vez o passo?
Ainda bdm que tal aconteceu. Se bem que deva dizer que naquele momento já não estava à espera...
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