FICHA DO JOGO
O FC Porto regressou aos triunfos, na ressaca da derrota uefeira da última Terça-feira, em jogo em que o destaque principal vai inteirinho para o «hat-trick» do estreante a titular, Diogo Jota.
Nuno Espírito Santo decidiu finalmente jogar com uma equipa constituída por onze jogadores com capacidade para «estarem» realmente em campo e não fazerem figuras de corpo presente.
Relativamente aos dois anteriores encontros o técnico portista deixou Adrián López na cidade invicta e André André no banco de suplentes. Nos seus lugares surgiram Herrera na linha média e o avançado Diogo Jota, que juntamente com André Silva formaram a linha mais adiantada dos Dragões que se apresentaram num 4x4x2.
Foi um jogo bem conseguido em que a capacidade de concretização fez a grande diferença. Frente a um adversário complicado os Dragões aproveitaram a veia goleadora de Diogo Jota para arquitectar uma vitória justa e bem alicerçada.
A equipa portista entrou personalizada, bastante concentrada defensivamente, controladora a meio campo e agressiva lá na frente. Começou por dar um aviso antes de chegar ao golo, por Layún, que na marcação de um livre directo, descaído sobre a esquerda, obrigou Rui Silva a uma grande defesa junto ao poste.
Ao minuto 11, o FC Porto chegou finalmente ao golo. Excelente passe de Herrera a assistir Diogo Jota na área, que perante a saída dos postes do guardião contrário ao seu encontro para lhe reduzir o ângulo de remate, colocou a bola na canto esquerdo, num gesto técnico rápido, lúcido e perfeito.
Reagiu a equipa do Nacional, conquistando alguns pontapés de canto a que a defensiva azul e branca, hoje outra vez de amarelo, foi resolvendo com autoridade e competência. Salvador Agra fez perigar por uma vez a baliza de Casillas, mas a direcção do remate perigoso não acertou com a baliza.
Seguiram-se depois três boas ocasiões para os portistas dilatarem o marcador. A primeira por André Silva que isolado por um passe a rasgar de Layún e apenas com o guarda-redes pela frente, falhou o remate atirando fraco e ao lado. As duas seguintes pelo endiabrado Diogo Jota, que primeiro em zona frontal, fugiu a vários adversários, rematando já perto da pequena área, proporcionando uma boa defesa a Rui Silva e mais tarde o jovem avançado a surgir com muito perigo no lado esquerdo da área para mais uma boa defesa do guardião contrário ao seu remate cruzado.
Estava na forja o segundo golo dos Dragões que foi concretizado ao minuto 38. André Silva conduziu a bola em zona frontal assistindo Diogo Jota na esquerda da área, que perante a saída dos postes de Rui Silva, lhe aplicou um remate cruzado e colocado, não lhe dando quaisquer hipóteses de defesa.
Mas a veia goleadora do Jota não terminaria por aqui e aos 44 minutos de jogo, Otávio serviu Layún na direita, o mexicano foi à linha cruzar, surgindo Diogo Jota, livre de marcação a cabecear para o hat-trick. Golpe de inspiração do avançado emprestado pelo Atlético de Madrid que aproveitou da melhor maneira a oportunidade dada pelo seu treinador para ser titular.
No segundo tempo os comandados de Nuno E. Santo, foram gerindo o resultado, sem nunca perder o controlo do jogo nem o sentido de baliza. Casillas raras vezes correu perigo ao contrário do guarda-redes do Nacional, que foi evitando males maiores mas seria impotente para evitar o quarto golo portista.
Óliver Torres serviu Otávio na esquerda, o médio brasileiro levantou a cabeça, dirigiu mais um daqueles passes teleguiados a solicitar a entrada de André Silva, que mais rápido que os antagonistas tocou para as redes, à ponta-de-lança. Estava fechada a contagem, numa vitória inequívoca, demolidora e bem conseguida.
A exibição desta noite na Madeira volta a colar os Dragões na rota certa, mas falta saber se a equipa encontrou a fórmula correcta para aplicar nos jogos que se seguem ou se apenas se trata de uma reacção esporádica. A ver vamos.
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