FICHA DO JOGO
Num jogo que servia apenas para cumprir calendário, Julen Lopetegui apresentou um onze titular quase completamente transfigurado, como se previa, tendo em conta o próximo compromisso, que como se sabe, é o clássico que poderá elevar a equipa portista à liderança do Campeonato Nacional.
Assim, do onze titular apenas se mantiveram Maicon e Alex Sandro.
Foi uma bela oportunidade para os atletas menos utilizados poderem mostrar-se e afirmar-se. Alguns fizeram pela vida, outros nem tanto. Em minha opinião, Evandro, Rúben Neves e Ricardo Pereira, foram os que sobressaíram pela positiva. Andrés Fernandez não comprometeu, Aboubakar foi importante no golo do empate e pouco mais, Adrián López, ainda não foi desta que se descomplicou e Quintero foi decepcionante, tal como Kélvin que entrou para substituir Adrián, mas apenas deu nas vistas com as suas trocas de pés, que de nada valeram. Quaresma e Alex Sandro alternaram coisas boas com outras menos interessantes e Marcano esteve muito regular, como sempre.
Os Dragões procuraram desde cedo assumir o comando do jogo tentando impor o futebol de posse e circulação de que o técnico basco tanto gosta. Durante toda a primeira parte a equipa portista usou e abusou de passes para trás e para os lados, denunciando algumas dificuldades em jogar perto da área adversária. Faltou velocidade e criatividade para romper, muito por culpa da falta de inspiração de Quintero, principalmente nos passes a rasgar que se perderam, de uma forma quase constante, nos jogadores do Shakhtar.
A grande ocasião de golo pertenceu à equipa ucraniana, logo aos 5 minutos, quando Gladkiy, com a baliza totalmente à sua mercê, muito perto da linha de baliza, após cruzamento do lado esquerdo, não conseguiu acertar na bola.
O máximo que o FC Porto conseguiu fazer foi um remate perigoso de Adrián López que obrigou o guardião forasteiro a esmerar-se. A primeira parte não terminaria sem antes Rúben Neves ter de ser substituído, por lesão.
O segundo tempo começou praticamento com o golo que abriu o marcador. Canto da lado esquerdo marcado por Bernard, Stepanenko saltou mais alto que Adrián López, cabeceando forte e certeiro, sem hipóteses para Andrés Fernandez.
Era necessária mais velocidade e criatividade, por isso Lopetegui apostou em Kélvin, tirando Adrián López. O FC Porto tentou jogar mais na área contrária e foi conseguindo face ao recuo do Shakhtar, que em vantagem passou a explorar o contra ataque e a verdade é que o 0-2 esteve mais perto que o empate, apesar de Aboubakar ter perdido uma oportunidade flagrante e Martins Indi ter atirado à barra.
Na parte final do jogo, já em desespero de causa, os jogadores portistas tentaram de todas as maneiras o empate que acabaria por chegar aos 87 minutos, na sequência de um alívio imperfeito da defesa ucraniana, Aboubakar ganhou a bola, rodou e atirou forte e colocado, obtendo um golaço.
Estava garantida uma campanha sem conhecer o sabor amargo da derrota mas que não deu para igualar o melhor registo de pontos que era de 16. Os Dragões ficaram-se pelos 14, viram-se ultrapassados pelo Chelsea, no que diz respeito a golos marcados e ainda tiveram que repartir o milhão de euros da vitória com o seu adversário de hoje.
O sorteio para os oitavos-de-final realiza-se em Nyon, no próximo dia 15.
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