segunda-feira, 24 de outubro de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE IX

Maniche - 97º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional por 52 vezes (24 pelo FC Porto, 4 pelo Dínamo de Moscovo, 10 pelo Chelsea, 13 pelo Atlético de Madrid e 1 pelo Inter de Milão. Apontou um total de sete golos, dois dos quais na fase final do Euro/2004. Também esteve presente na fase final do Mundial/2006, onde Portugal arrancou o 4º lugar, tendo feito parte da lista dos dez jogadores mais valiosos da competição, fruto das suas excelentes exibições, coroadas com dois golos, frente ao México e Holanda.

Natural de Lisboa, começou a sua carreira de futebolista nas escolas de formação do Benfica, tendo-se estreado como profissional na temporada de 1995/96.

Antes de se afirmar como uma estrela bem cintilante no panorama do futebol nacional e internacional, Maniche passou ainda, durante três épocas, por empréstimo, pelo Alverca, até regressar ao seu clube de origem em 1999/2000. Alguma irreverência somada a problemas disciplinares, criaram o clima propício para nova saída, razão pela qual apareceu, de forma algo surpreendente, ligado ao FC Porto, a custo zero, durante o defeso que antecedeu a época 2002/03.

Escolhido e treinado pelo «Special One» José Mourinho, que o conhecia aquando da sua efémera passagem pelo Benfica, logo se destacou como um dos mais influentes jogadores portistas, vencendo, logo no ano de estreia, as três mais importantes competições em disputa: a Taça Uefa, o Campeonato nacional e a Taça de Portugal.

Na época seguinte voltou a estar em grande, contribuindo para mais um conjunto de êxitos inolvidáveis, que culminou com a conquista da Liga dos Campeões Europeus, depois de já ter garantido a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira e o Campeonato Nacional.

Maniche foi o que se pode chamar, no futebol moderno, um "box to box" (posição também conhecida por volante). Dotado de grande pulmão, estendia a sua acção de uma área à outra, aparecendo com frequência na zona de finalização.  Dos seus imensos dotes técnicos evidenciavam-se a sua excelente qualidade de passe (a longa, média ou curta distância), a sua magnífica visão de jogo, a rapidez de raciocínio, a facilidade de ganhar espaços entre linhas e ainda a invulgar capacidade de remate de média e longa distância, que lhe proporcionaram belos golos.

Na terceira época ao serviço do FC Porto, Maniche deixou-se contagiar pela ansiedade do «salto a todo o custo», para campeonatos mais competitivos e/ou incomparavelmente mais atractivos financeiramente, enveredando por um comportamento oscilante, que haveria de dar os frutos ambicionados. Assim, depois de ter vencido mais uma Supertaça Cândido de Oliveira e a Taça Intercontinental, foi cedido ao Dínamo de Moscovo por 16 milhões de euros.

Maniche acabou percorrendo uma trajectória muito idêntica à de Costinha. Também ele não voltaria a exibir-se ao mesmo nível.

Em Moscovo não foi feliz e acabaria, primeiro emprestado ao Chelsea e depois ao Atlético de Madrid, onde permaneceu durante três temporadas. Pelo meio ainda vestiu a camisola do Inter de Milão. Em 2009/10 ingressou no FC Colónia, da Alemanha, regressando a Portugal em 2010/11, para representar o Sporting. Com a chegada de Domingos Paciência aos leões, esta época, acabou dispensado.

(Continua)
Fonte: International Matches 2003/09

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