FICHA DO JOGO
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O resultado conseguido hoje pelo FC Porto não espelha a grande superioridade com que os Dragões se impuseram aos sadinos, equipa eminentemente defensiva e nada ambiciosa, ciente dos riscos de jogar o jogo pelo jogo, frente aos campeões nacionais.
Conseguiram bloquear o jogo portista nos primeiros vinte minutos, não permitindo espaços nem possibilidades de remates aos jogadores azuis e brancos.
Vítor Pereira, a pensar já no jogo da Liga dos Campeões, surpreendeu ao poupar de início João Moutinho e Hulk. No entanto, depois desse período de maior acerto defensivo do Setúbal, James Rodríguez, Cristian Rodríguez, Defour e Álvaro Pereira fizeram emergir as suas qualidades e o futebol portista saiu mais fluído, mais dinâmico e mais bonito. Os sadinos tiveram até ao intervalo um aliado imprevisto, a barra da sua baliza que conseguiu parar três remates com selo de golo e ainda um guarda-redes inspirado.
O nulo ao intervalo era assim um resultado tão injusto quanto mentiroso.
João Moutinho entrou logo para o recomeço do encontro. Nos balneários ficou Souza. Vítor Pereira ensaiou então um novo esquema com dois pivots defensivos, Moutinho e Defour, que alternadamente defendiam ou apoiavam o ataque. A verdade é que o Setúbal começou a cometer erros e a desorganizar-se na defesa. Daí até à inauguração do marcador foi um ápice. Moutinho ganhou a bola à entrada da área e não se fez rogado, rematou colocado para o primeiro golo, desbloqueando o resultado.
Já com Hulk em campo e depois de esbanjadas mais algumas soberanas ocasiões para dilatar o marcador, James Rodríguez, a passar por um belo momento de forma concluiu uma jogada de ataque brilhante com a bola a ser trocada ao primeiro toque, em progressão por cinco jogadores portistas. Uma jogada e um golo para a galeria, um hino ao futebol ofensivo.
Até ao final do jogo foi uma autêntica cavalgada, um massacre na procura de outros golos. Belluschi haveria de ver coroada de êxito um remate frontal à entrada a área.
Foi uma exibição bem conseguida, com os tais vinte minutos de muitas dificuldades mas a subir de nível com o decorrer do encontro, já com belos nacos de futebol virtuoso. Ficou evidente a classe do plantel. Defour confirmou a utilidade da sua contratação, jogou com raça e classe. Foi pena não ter tido a sorte para desfeitear Diego num lance em que se desmarcou a preceito aparecendo na cara do guarda-redes. Cristian Rodríguez, mostrou como pode ser um jogador importante com a alegria e a disponibilidade patenteada. James, como já afirmei, está em grande forma e mostra-se desconcertante. Álvaro Pereira emprestou uma profundidade ao flanco inigualável. Pecou um pouco nos cruzamentos excessivamente compridos. Moutinho e Hulk foram decisivos. Belluschi criativo, dinâmico e muito combativo. Pena não corrigir a capacidade de finalização. Continua a perder bons ensejos com remates algo disparatados.
Bom ensaio para o próximo jogo.
Boas,
ResponderEliminarUm grande jogo de futebol, daqueles que só é pena o arbitro terminar no tempo regulamentar. O FC Porto fez uma exibição fantástica, que só pecou pela escassez de golos, o treinador mostrou mais uma vez que escolhe os que estão melhores e não hà lugar cativo, e uma palavra para um miúdo James !!! que grande jogador. Uma nota especial para o meio campo, com especial incidência em Defour que se estreou a titular e demonstrou que acertamos mais uma vez.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
caríssimo,
ResponderEliminarainda estou belluschiado® com a exibição de hoje ;)
penso que paulatinamente o nosso mister está a conduzir a água ao seu moinho.
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)
Miguel | Tomo II
O melhor de tudo é a confiança que esta equipa está a dar. Como exemplo (e por não poder estar presente), quando soube o resultado ao intervalo (o que noutras alturas dava para nervoso miudinho) só pensei, tal a confiança, que no segundo tempo tudo se resolvia e bem, faltando só entrar a primeira bola (golo)para o resto vir por acréscimo... como aconteceu.
ResponderEliminarComo só vi as imagens à posteriori, limito-me a inteirar-me de tudo e mais alguma coisa pelos blogs amigos e pelo Porto Canal, feliz com mais esta vitória.
Depois de um período que durou 15 a 20 minutos, em que a equipa pareceu desorganizada, lenta, previsível e sem encontrar as melhores soluções para desmontar a teia sadina, o F.C.Porto arrancou para uns 25 minutos finais da 1ª parte de grande domínio, excelente dinâmica, encostou o Vitória lá atrás e só não chegou ao intervalo a vencer por manifesta falta de sorte. Se a diferença mínima, seria escassa, o nulo era uma grande injustiça.
ResponderEliminarSe a 1ª parte foi muito boa, se excluirmos os referidos minutos iniciais, a 2ª foi fantástica. Tirando Souza - não estava a jogar mal...- e fazendo entrar J.Moutinho, o técnico portista disse ao que ia. O pequeno grande jogador, que ainda não tinha aparecido ao nível da temporada anterior, entrou muito bem, começou a "pegar" mais à frente, arrastou com ele Defour, Belluschi e a equipa, para uma exibição de grande qualidade, com períodos de grande fulgor, empolgamento e galvanização, que entusiasmaram os mais de 36 mil espectadores que se deslocaram ao Dragão.
Como corolário e naturalmente, o golo apareceu e por quem tinha feito por isso, o inspirado nº 8 do F.C.Porto. A ganhar a equipa não baixou, nem o ritmo, nem a qualidade e numa jogada belíssima que meteu toque de calcanhar de Hulk, James fez o 2-0 e sentenciou o jogo. A perder por dois golos de diferença e sem nada a perder, o Setúbal reagiu, incomodou por duas vezes Helton, mas o capitão portista evitou a alteração do resultado com duas belas defesas. O terceiro, por F.Belluschi, deu outro colorido a um marcador, que, mesmo assim, ficou aquém do que a equipa campeã nacional merecia.
Resumindo: uma bela noite de futebol e uma exibição que convenceu o mais exigente dos adeptos. Estamos no caminho certo, temos qualidade e quantidade para mais uma época à altura dos pergaminhos do melhor clube português.
Notas finais:
Moutinho foi grande, mas não foi o único. Houve vários, mas apenas vou abrir outra excepção e referir outro que me encheu as medidas: S.Defour.
Quem joga pela primeira vez a titular e perante a exigente plateia do mais belo estádio do mundo, mostra tanto à vontade e qualidade, como se estivesse no F.C.Porto há muitos anos, só pode ser um grande jogador e uma grande aquisição.
Pela negativa, tenho pena, mas só pode ser Maicon. Mas também esperava mais de Kléber...
Abraço
Não gostei da primeira parte do FC Porto, ainda que houvesse 3 bolas na barra. A segunda parte foi de luxo! Equipa mais subida e pressão alta, foram as chaves da nova dinâmica. Realces para Défour (temos jogador), Belluschi (que visão de jogo! Esteve nos 3 golos), Moutinho (joga sempre bem…), Hulk (duas assistências para golo com 20 minutos em campo…!), Christian Rodriguez (muito esforçado, batalhador), James (que pés, que perfume o seu futebol!) e… Helton (os guarda-redes são poucas vezes designados; Helton está lá e bem).
ResponderEliminarA saída de Souza (não nos consegue convencer, não é verdade?...) coloca uma questão que, a partir de hoje, se torna de uma importância capital na equipa: poderemos jogar sem Fernando e/ou Souza? Se sim então quem deve desempenhar o papel de trinco? Moutinho, Defour, Guarin? Eu apostava num dos dois primeiros com incidência no Moutinho. Seja como for uma vantagem evidente: será um trinco muto mais desenvolto que Fernando ou Souza para despoletar jogadas ofensivas. Vítor Pereira, só ele, saberá o que fazer; mas é uma questão interessante que eu gostaria de ver lançada em debate na blogosfera portista.
Em suma: FC Porto com uma excelente 2.ª parte, num jogo muito difícil ante uma equipa do Vitória de Setúbal bem organizada e com alguns bons executantes.
E lá vamos, de vento em popa!
Um abraço.
BIBÓ PORTO!
Fernando Moreira