domingo, 18 de setembro de 2011

EMPATE JUSTO, CASTIGA ATITUDE DA 1ª PARTE... E OS REMATES DESASTRADOS

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
Vítor Pereira, numa atitude compreensível de gestão de recursos, fez subir ao relvado, em estreia absoluta, o defesa-central francês Mangala e a par disso promoveu os regressos à titularidade de Sapunaru, Guarín, Belluschi e Cristian Rodríguez.

Esperava-se, frente a um primo-divisionário, com muita qualidade, diga-se, uma maior desenvoltura e principalmente uma atitude bem diferente, na abordagem portista a este jogo.

Convencidos que a fruta haveria de cair de madura, a equipa portista foi desperdiçando todos os 45 minutos da primeira parte com um futebol sem chama, sem velocidade, sem inspiração, sem transpiração e de arrepiante incapacidade para acertar na baliza contrária. Dos nove remates que a equipa conseguiu, neste período do jogo, todos foram inacreditavelmente, desenquadrados com a baliza! Incapacidade aterradora quanto surpreendente.

O treinador azul e branco tinha motivos para não estar satisfeito com a performance da sua equipa, mas também pouco ou nada fez para alterar a situação. Não o vi interventivo, no sentido de incentivar os jogadores a mudarem de atitude.

Para o recomeço mais uma surpresa. Vítor Pereira prescindiu do ponta-de-lança para introduzir mais um ala, no caso, Silvestre Varela. Se é verdade que Kleber foi de uma mediocridade atroz, não deixa de ser menos certo que também não foi servido a contento. E então o que estava a fazer Walter no banco? estará assim tão mal que nem num jogo destas características tem a confiança do técnico? 

Silvestre Varela, apesar de muito longe da forma que o notabilizou, espevitou o ataque portista que procurou, com mais velocidade, audácia e capacidade ofensiva, o tão ambicionado golo. A sorte do jogo, no entanto, foi em algumas circunstâncias madrasta. Os ferros da baliza do Feirense abanaram por duas ocasiões e apesar de algumas boas ocasiões para marcar, a precipitação e a aselhice fizeram um casamento perfeito. O nulo no resultado acaba por fazer justiça a um jogo de duas faces,  castigando a atitude insensata do campeão nacional, durante toda a primeira parte, bem como a ineficácia na finalização.

Destaque pela positiva para a interessante estreia de Mangala e para a mudança de atitude da equipa, no segundo tempo. 

Pela negativa, para além do implícito na crónica, a expulsão de James Rodríguez, perfeitamente evitável, ainda que julgada com extrema severidade.

3 comentários:

  1. Gostava de sublinhar o seguinte; quer na primeira, quer na segunda parte não houve referência na área: inicialmente Kléber não estava lá (quase não o vi em jogo), depois simplesmente não tínhamos ponta-de-lança…

    Sem Hulk e Álvaro, fiquei espantado com as alterações na equipa feitas por Vítor Pereira. Mas mais me espantou o posicionamento de James em campo… E Belluschi, um desastre! O resultado está aí, o técnico errou. Sem querer crucificar ninguém (muito menos Vítor) foi ele que não teve capacidade para dar à equipa o que ela precisava para ganhar o jogo.

    A expulsão: ridícula e… programada. Para o aborto do locutor de serviço da TVImbecil, foi justa, contrariando o que o comentador dizia. Mas já se sabia que “eles” não iam desperdiçar a oportunidade: à mínima, era mandar logo um para a rua para não jogar com os encornados. O árbitro: esse palhaço precisa de saber que se um jogador tocar com um dedo no nariz dum adversário, não se pode considerar o gesto como sendo um… murro. Foi o que esse fdp fez…

    Reflectindo sobre o desempenho da equipa: um jogo como o de hoje não é para esquecer. “Que sirva de lição”.
    Abraço.

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  2. Começando pelo fim... Mesmo que o árbitro tenha errado na expulsão de James e errou, o amarelo era mais que suficiente, ao contrário do que disse o debilóide do Valdemar Duarte, não culpem o juíz pelo empate. A culpa foi toda nossa. Começou na abordagem ao jogo e continuou na postura durante o jogo e mais, o resultado é justo. Dito isto, vamos ao que interessa...

    Entre um jogo da Champions que era importante ganhar e ganhamos e outro frente ao clube do regime que também queremos vencer, sem Hulk e Alvaro, jogadores importantes na manobra da equipa, o lateral pela profundidade, o Incrível pela capacidade de desequilibrar e decidir, o F.C.Porto fez uma 1ª parte que só com um grande esforço de contenção sou capaz de qualificar. Nada se aproveitou na 1ª parte portista. Desinspiração total. Defesa tremida, meio-campo apático, lento e sem imaginação e ataque completamente inexistente e que ainda conseguiu ser pior que os outros dois sectores. É preciso recuar até aos piores tempos de Jesualdo, para me lembrar de uma exibição igual. Pareciamos um grupo de amigos que se tinham juntado, pela primeira vez, para fazer um jogo de futebol...

    A segunda foi melhor na atitude, o ritmo aumentou, criamos mais lances de perigo, mas faltou organização, cabeça fria, discernimento. Foi um Porto trapalhão, sem criatividade, incapaz de massacrar e se tivemos algum azar, também e é justo referi-lo, tivemos alguma sorte. Só na parte final, mais com o coração do que com a cabeça, encostamos o Feirense lá atrás.

    As razões para a péssima prestação da equipa de Vítor Pereira, começam na abordagem ao jogo. Se Hulk e Alvaro não estavam a 100% e em condições de jogar, compreendo que não tenham jogado, o plantel dá garantias, mas se já tinhamos fora dois jogadores nucleares, porquê ainda mais mexidas? Porquê a descaracterização de uma equipa que tinha vindo a jogar bem, principalmente no meio-campo? Mas continuou durante o jogo, com várias decisões que não entendo...

    O que está Walter a fazer no banco? Se está no banco, é porque tem condições de jogar e com Kléber a não dar uma para a caixa, porque não sai o ex-Marítimo e entra o Bigorna? O que ficou tanto tempo Belluschi, completamente desastrado, a fazer no campo? Porque não saiu para uma simples troca com Defour, que entrou para o lugar de Rodríguez, numa altura que o uruguaio estava a melhorar e tinha mandado uma bola de cabeça à barra? Ainda, porque entrou Djalma e não Walter, quando tinhamos Varela na direita, James podia encostar à esquerda e não tinhamos ninguém na área? Então não podiamos passar o Fucile para a direita, Rolando no meio e Mangala na esquerda, ficando a jogar com três defesas, quando Sapunaru saiu em dificuldades e entrou o angolano? James no meio, tudo bem, mas com alguém com quem possa jogar, tabelar, para aparecer a finalizar. E a referência, na área, quem era? Tinhamos alas e ninguém para aparecer a dar seguimento aos cruzamentos?

    Foram erros a mais, para um jogo só. Quando se erra tanto, até se pode ganhar, mas a maioria das vezes não se consegue. Foi o que aconteceu, numa noite para esquecer de todos, técnicos e jogadores.
    Dito o que precisava de ser dito, assunto arrumado, é necessário olhar para a frente a aprender com os erros, para que não se voltem a repetir. A lição que fica é: todos os jogos são importantes e quando não são todos encarados da mesma forma, as surpresas acontecem. Agora, a melhor forma de ultrapassar este contratempo, é ganhar aos vermelhos e mostrar que o que aconteceu, foi uma excepção que vai confirmar a regra: um Grande Porto, em 2011/2012.

    Notas finais:
    Lamentavelmente, tinha dito, na antevisão, que a forma como abordassemos o jogo seria fundamental para o que seria o desenrolar da partida. Infelizmente tive razão, o que temia aconteceu... Até no cartão a James que foi muito injusto. Não critico o colombiano, foi uma reacção a quente, que só não compreende, quem nunca jogou à bola.

    Os últimos são os primeiros e os únicos que hoje não fizeram falta de comparência, foram os adeptos, incansáveis no apoio. Parabéns!

    Abraço

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  3. Bom dia,

    Ontem fizemos um jogo muito fraquinho. Fizemos uma primeira parte que mais parecia um filme do Manoel de Oliveira.

    Perdemos 2 pontos, por culpa própria, pois não encaramos o jogo com a devida atitude desde o apito inicial.

    O lance da expulsão de James foi o culminar de um jogo para esquecer.
    James levantou-se impetuosamente na direcção de Rabiola, que se aproveitou para teatralizar, levando o árbitro a expulsar o seu colega de profissão. Rabiola pelo menos no teatro terá futuro.

    Kléber segundo Vítor Pereira estava tocado e por isso foi substituído.
    Não compreendo porque é que Walter não entrou na partida, na qual com a pressão do Porto se adivinhavam muitas bolas perdidas na área, impondo-se por isso a sua presença à falta de melhor.

    Ontem ficou claro que sem pudermos contar com Hulk, escasseiam soluções para jogar no centro do ataque.
    Iturbe ainda está a marinar e tarda a aparecer, e há que decidir de uma vez por todas se Walter conta ou se é só para fazer número.

    O resultado foi justo e mau antes da recepção ao Benfica.

    Podíamos com uma vitória ontem e outra diante do Benfica, disparar na tabela classificativa.

    Valeu o fantástico apoio dos portistas que se deslocaram a Aveiro, que não mereciam este empate.

    Agora há que rever o de menos bom, melhorar e recuperar os jogadores para o jogo diante do Benfica.

    Abraço

    Paulo

    pronunciadodragao.blogspot.com

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