FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
No regresso à Champions League, o FC Porto foi obrigado a lutar contra um conjunto de incidências adversas que o jogo começou por impor, depois contra um relativo desconforto e por último contra uma equipa de bom nível e muito perigosa.
Os Dragões entraram a tentar tomar conta da partida, começando por levar algum perigo à área ucraniana. No entanto, as tais incidências adversas começaram a arrastar a equipa para um período de algum nervosismo e precipitação. A primeira aconteceu aos cinco minutos quando um violento remate de Hulk, ressaltou em Defour e foi bater na barra transversal da baliza adversária; a segunda, aos dez minutos quando Hulk falhou uma grande penalidade, a castigar um derrube na área, a James Rodríguez; a terceira foi a infeliz intervenção de Helton, na sequência de um remate que não segurou, deixando a bola ao alcance do brasileiro Luiz Adriano que não se fez rogado e anichou a bola nas redes portistas e por último, aos 30', já depois do golo do empate num livre directo de Hulk, a decisão polémica do árbitro do encontro ao perdoar nova penalidade flagrante, esta sobre o Incrível.
Contra estas contrariedades os jogadores portistas tiveram o apoio dos seus apaniguados que jamais desanimaram, transmitindo calorosos incentivos, no sentido de fortalecer o espírito da equipa. A verdade é que o FC Porto voltou a mandar no jogo, logo após o golo do empate, procurando o segundo com mais intensidade para reverter o resultado.
Com a justa expulsão, aos 40 minutos, do defesa Rakytskiy, a castigar jogo violento sobre Moutinho, os azuis e brancos ficaram com a vida mais facilitada.
Em superioridade numérica, os azuis e brancos intensificaram a pressão e foi com toda a naturalidade que surgiu o golo da vitória, aos 51', numa jogada genial do colombiano James Rodríguez, a entrar na área e a dar de bandeja para Kléber empurrar para as redes.
O FC Porto esteve por várias vezes perto de dilatar o marcador. James fez a bola beijar a barra, na marcação de um livre. Os ucranianos ficaram reduzidos a 9 com a expulsão de mais um defesa, por acumulação de cartões amarelos e até final os Dragões optaram por baixar o ritmo, controlar a partida e deixar correr o tempo.
A exibição da equipa foi marcada por altos e baixos e mesmo a jogar em superioridade numérica emergiram alguns problemas defensivos e sobretudo de finalização.
Gostei particularmente dos desempenhos de James Rodríguez, apesar de ter sido intermitente, de Defour, a denotar grande disponibilidade, muita raça, excelente sentido posicional e boa visão de jogo (mais uma formiguinha, ao jeito de João Moutinho) e de Hulk que voltou a ser fundamental, mesmo tendo falhado a grande penalidade.
Começámos o jogo a precisar… de ir à bruxa. Mas, após breves momentos, a equipa recompôs-se e jogou a pensar na vitória. Poderíamos ter marcado mais golos, mas os ucranianos apostaram na hipótese de defender para, num golpe de sorte (como no 1.º golo), surpreenderem.
ResponderEliminarDe longe, o melhor em campo: James. Que craque! Que fabuloso jogador! É a perfeição em campo. Uns pés fantásticos (trata a bola com “luvas” calçadas), visão de jogo extraordinária, velocidade de execução, joga com os olhos na baliza e nos companheiros. Não me devo enganar se disser que é um dos melhores da Liga dos Campeões e, no fim, será considerado o melhor! Até onde irá este nosso “menino”!
Destaque também para Hulk (o penalti já lá vai; acertou com duas nos ferros da baliza adversária e disparou um míssil impossível de captar pelos radares ucranianos e que quase furou as redes), Moutinho e Defour, Álvaro Pereira. Kléber: apesar do golo evidenciou alguma (muita) ingenuidade que me preocupa, pois é o único ponta-de-lança inscrito na Champions. Tem muito que amadurecer.
O Shakhtar é uma equipa difícil e, tal como eu disse após o sorteio, não se pense que é de segundo plano e que não tem hipóteses de lutar pelo primeiro lugar. Também por isso, a vitória do FC Porto foi muito, muito importante.
Abraço.
Boas,
ResponderEliminarMais uma inequívoca demonstração do valor do FC Porto, contra um adversário difícil fomos personalizados e tivemos uma atitude de garra e de determinação. Não nos deixamos abater por dois lances infelizes (a falha do Helton e do Hulk), voltamos a ter 3 bolas aos ferros, e demonstramos que temos equipa para chegar longe na champions.
Destaques: Hulk com um remate soberbo ... incrível (só o palhaço do Otávio machado achou que era um frango, mas coitado) e James !!! O miúdo joga à bola que é um prazer assistir.
Estamos no bom caminho.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com
Estôfo de Champion
ResponderEliminar36.612 espectadores, uma boa casa, assistiram a um jogo intenso, bem jogado, duas excelentes equipas, muitos e bons jogadores, um grande ambiente e um apoio vibrante do público portista, mesmo quando o resultado não era o mais favorável - gostei de ver o apoio dos Super ao capitão Helton, no lance do golo do Shakhtar.
Quando falo em estôfo de Champion, quero dizer que nestes jogos e nesta prova, entre equipas semelhantes, onde muitas vezes tudo se decide nos pormenores, uma equipa que entra bem na partida, beneficia de um penalty, falha a oportunidade de ficar a ganhar e no lance imediato, sofre um golo, numa infelicidade do seu guarda-redes, mas não se deixa abater, reage contra a contrariedade, que não merecia, parte para cima do adversário, domina, joga bem, marca e pelo que fez, já devia ir para o descanso em vantagem, é uma equipa que dá garantias e tem qualidade para pensar em mais qualquer coisa que os oitavos-de-final.
Foi este o filme da primeira-parte, onde, tirando um ou outro lance de bola parada, mal abordado, vimos um Porto de boa colheita, bem organizado, profundo, pressionante, com largura e criatividade.
Na etapa complementar e até ao 2-1, foi o mesmo Porto, a mesma qualidade, a mesma posse, a mesma pressão, o mesmo domínio. Depois, a ganhar, contra dez e mais tarde contra nove jogadores "ucranianos", se continuamos a mandar, a ser os donos da bola, faltou contundência, o killer instinct de que falava o saudoso Bobby Robson, para matar a partida e dar um colorido ao resultado que, ninguém terá dúvidas, mereciamos.
Em resumo, ganhamos e nesta prova e em casa, ganhar é fundamental. Assim, partiremos para o jogo frente ao Zenit com confiança, tranquilidade e sem pressão, que, é bom referi-lo, estará todo do lado dos russos de São Petersburgo e isso pode ser aproveitado a nosso favor, como a nosso favor estará a tradição de bons resultados conseguidos frente a equipas do maior país do mundo.
O melhor, para mim, foi esse menino, feito homem, James Rodríguez, esse poeta da bola, que quando é tocada pelo talentoso colombiano, deve sorrir de prazer, pela forma como ele a trata e acarícia. Ainda bem que James é jogador do Porto e nós aqui não temos tendência, nem precisamos de nenhum D.Sebastião... Caso contrário lá viriam as comparações, seria o novo Hernâni, Oliveira, Futre, etc. Assim será apenas James, o nome dele é James...Rodríguez. O golo que deu a marcar a Kléber, é mais uma obra prima, de um génio do futebol.
Mas houve muita gente a jogar bem e Hulk, na primeira-parte, foi fantástico no golo que marcou e no que jogou, mesmo, viemos a saber pela boca de Vítor Pereira, com problemas físicos. Idem para a exibição de Alvaro, pelas mesmas razões. Enorme Moutinho, grande Defour, muito bem Fernando, Fucile, Belluschi e os centrais, com o senão, das bolas paradas, apontado. Varela e Djalma, pareceram-me demasiado ansiosos e Helton, tirando o frango, esteve bem... O último, Kléber, até marcou, mas, em alguns momentos, faltou melhor abordagem dos lances e mais calma na hora de decidir, passar ou rematar.
Quando sabemos que não jogaram Bracali, Mangala, C.Rodríguez, Sapunaru, Guarín, Souza, Walter, Rolando e os que nunca vi ao vivo, Iturbe e Alex Sandro, para não falar de Danilo que só vem no fim do ano, só podemos concluir que temos muita qualidade, gente que dá garantias de mais uma boa época do Dragão.
Um abraço
Bom dia,
ResponderEliminarTal como se previa ontem tivemos um jogo complicado, perante um adversário valoroso, que se tem vindo a afirmar na Europa.
O jogo iniciou dividido até que o FC Porto ganha a grande penalidade que Hulk não converte.
Para complicar ainda mais, Helton tem aquela infelicidade, e sofremos o golo.
Os adeptos de imediato reagem, empurrando a equipa para a frente, e é com naturalidade que chegamos ao empate, naquele golo de apologia do Hulk. Grande míssil!
Após a expulsão ainda na primeira parte do central da equipa ucraniana, as coisas complicaram-se para nós, embora se possa muitas vezes pensar que contra 10 é mais fácil.
Os ucranianos encostaram o bloco defensivo, e exploravam o contra-ataque através de Wiliam e Luiz Adriano. É neste típico jogo que o Shahktar é perigoso.
Todavia o FC Porto continuou a carregar, e sempre que acelerava no último terço, vinham à tona as fragilidades defensivas do Shahktar.
Foi então que o melhor em campo - James, saca um coelho da cartola, e num lance de magia senta o defensor adversário e assiste Kléber para o golo da vitória.
Até à expulsão do outro central do Shaktar, foi uma fase complicada do desafio.
Nós não conseguíamos marcar o terceiro golo, e alguns dos nossos jogadores já estavam desgastados, como é o caso de Hulk, e tiveram de ser substituídos.
Com o resultado pela margem mínima, o Shahktar revela-se sempre perigoso, daí alguma prudência atacante.
Depois da expulsão do outro central, os ucranianos abandonaram a disputa do resultado, e até final foi o gerir do tempo.
Grande apoio do público, muito importante no empurrar da equipa, depois de um penalti falhado e de um erro de Helton.
O FC Porto está no patamar das melhores equipas da Europa, e ontem sentia-se que ganharíamos o jogo com maior ou menor dificuldade, apesar dos ucranianos terem uma excelente equipa.
Estamos de volta ao nosso lugar, e acredito no apuramento para a fase seguinte.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Parecia o melhor começo possível, mas o penalty falhado e o erro do Helton levaram-nos à desvantagem no marcador.
ResponderEliminarApesar de tudo, conseguimos recuperar (a confiança?) e o nível de jogo a pouco e pouco e não demorou a surgir resposta, com um excelente golo do Hulk. O resto foi... Magia! James Rodríguez é craque, e a continuar assim não deverá - infelizmente - ficar muito mais tempo no Dragão.
No final dos 90' minutos acabámos por conseguir a vitória, depois dum período em que sofremos por não estarmos a ganhar por mais.
Foi, afinal de contas, um bom resultado, e o que interessa são os três pontos!
Um abraço