segunda-feira, 21 de março de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 50) - I PARTE

De regresso a este tema para evocar os internacionais portistas, agora da década de 50.

Antes porém, deixo-vos o resumo das décadas anteriores, nos mapas que se seguem:
Posto isto, debrucemos-nos então na análise da década de cinquenta, período em que mais onze jogadores portistas se estrearam na Selecção nacional.

Ângelo Carvalho - 22º internacional: Defesa-esquerdo temperamental, de grande entrega ao jogo e especial eficácia. Representou a equipa das quinas por 15 vezes, tendo-se estreado em Abril de 1950, num Portugal-Espanha, jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo. Foi duas vezes capitão da Selecção.
Monteiro da Costa - 23º internacional: Quatro vezes internacional, estreou-se frente à Áustria, num amigável disputado no Porto.

Um dos chamados «pau para toda a obra», pela sua polivalência, ocupou todas as posições excepto a de guarda-redes. Alinhou frequentemente como defesa-central, evidenciando grande segurança e excepcional qualidade. Outras posições onde era igualmente forte e tinha alto rendimento eram as de médio ofensivo e avançado. Concretizava inúmeros tentos nas balizas adversárias e nos treze anos em que serviu o FC Porto (1949 a 1962), só no campeonato fez 72 golos em 270 jogos.

O seu nome figura na lista dos «capitães» mais carismáticos da história do FC Porto. Foi de uma entrega e dedicação inexcedíveis, nada regateando ao Clube do seu coração.

Após a carreira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para ajudar o FC Porto. Em momentos difíceis da equipa aceitou comandá-la, como treinador (em parte das épocas de 1974/75 e 1975/76).

Monteiro da Costa, um dos mais versáteis futebolistas azuis e brancos de sempre, um exemplo de «amor à camisola», um coração portista, uma grande glória do Clube!

Venceu dois campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal
Hernâni - 24º internacional: Vestiu a camisola da Selecção principal de Portugal por 27 vezes, envergando a braçadeira de capitão à 23ª internacionalização. Colocou a bola nas redes adversárias por cinco vezes.

Foi um dos mais fantásticos jogadores do FC Porto, Clube que serviu durante 15 anos, entre 1950 e 1964. Marcou uma época, atravessou gerações e construiu uma lenda. Não se limitava a ser virtuoso na arte de bem tratar a bola. Demonstrava uma invulgar cultura técnica e extraordinárias qualidades desportivas, para além de uma personalidade muito forte, da qual não abdicava e que o levava, por vezes, a situações como quando teve um sério desentendimento com Yustrich.

Hernâni marcou mais de uma centena de golos. Polivalente, jogava preferencialmente a interior, extremo ou no centro do terreno, de acordo com as necessidades da equipa. Ambidextro e senhor de uma inteligência de jogo invulgar, que lhe permitia uma destreza e uma variedade de soluções na execução do gesto técnico e na criação de jogadas que não estavam ao alcance de mais nenhum futebolista do seu tempo

Sagrou-se Campeão Nacional em 1955/56 e em 1958/59. Ganhou duas Taças de Portugal em 1955/56 e 1957/58.
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

2 comentários:

  1. Mais três atletas sublimes, glórias do FC Porto. A biografia do Monteiro da Costa (publicada por mim em “Estrelas do FC Porto” em 4 Mai.2009) foi das que mais gozo me deu fazer. Era uma figura ímpar e um jogador extraordinário. Tudo o que se disser dele não é suficiente para caracterizar a sua postura de Homem e Atleta.

    Um abraço.

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