Frederico Barrigana - 19º internacional: Doze vezes internacional A, começou por representar Portugal na selecção B. Estreou-se na equipa principal portuguesa no jogo contra a Espanha, em 1948, de que Portugal saiu derrotado por 2-0.
Ficou conhecido como o «mãos de ferro», alcunha que ganhou de um jornalista francês, num célebre França-Portugal, em Paris. A nossa selecção foi derrotada por 3-0, mas Barrigana protagonizou uma exibição notável e memorável.
Transferiu-se do Sporting para o FC Porto com apenas 20 anos para ocupar o lugar de Bela Andrasik, um húngaro campeão na época de 1939/40 e desaparecido em circunstâncias nunca completamente esclarecidas, mantendo a defesa das redes do Clube nos 14 anos seguintes, transformando-se numa espécie de lenda. Disputou 259 jogos do campeonato nacional. Foi um herói para os adeptos portistas e do futebol em geral.
Considerado um dos maiores guarda-redes da história do futebol nacional, Barrigana era um daqueles que assustava os avançados. Muito corajoso e arrojado, não evitava os choques e saía com muita segurança aos cruzamentos ou aos pés dos adversários.
Tal como Araújo, nunca foi campeão.
Joaquim Machado - 20º internacional: Proveniente do Leça, foi um jogador de grande utilidade, quer como extremo-esquerdo, quer como médio-direito clássico.
Foi distinguido com duas presenças na Selecção nacional principal, estreando-se em 23 de Maio de 1948, frente à Rep. da Irlanda. Foi também internacional B.
Um agradecimento especial ao amigo Armando Pinto pela partilha de informações e foto deste atleta.
Virgílio Mendes - 21º internacional: Representou por 39 vezes a Selecção nacional e chegou mesmo a ser o mais internacional dos jogadores portugueses. Em 28 de Junho de 1959, num Portugal-RDA, bateu o record então pertencente a Travassos, do Sporting. Nessa Altura Virgílio completava 36 internacionalizações. Despediu-se num Jugoslávia-Portugal, em Belgrado, a 22 de Maio de 1960.
Ficou conhecido como o «leão de Génova», quando num amigável frente à Itália se encarregou de marcar o mais perigoso avançado transalpino, de seu nome Carapelesse, anulando-o completamente.
O seu espírito de lutador e total entrega aos jogos transformou-o num capitão natural da equipa e da Selecção nacional, que capitaneou por nove vezes. Eficaz mas discreto, tinha um futebol agradável e alegre que deixou saudades. Começou como avançado. O treinador Szabo gostou tanto das suas qualidades que viu nele o substituto ideal do lendário Pinga. Foi contudo a defesa-lateral que conheceu a glória. Foi um dos defesas mais notáveis de sempre do futebol português.
(Continua)
Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias; Internacionais do FC Porto, de Rodrigues Teles.
Não há dúvidas, quem quiser saber, tudo!, sobre a história do F.C.Porto, tem muitos e excelentes locais para o fazer.
ResponderEliminarUm abraço
Barrigana e Virgílio, duas glórias do FC Porto!
ResponderEliminarQue continue este belo e original trabalho. Mais uma vez, parabéns.
Um abraço.