FICHA DO JOGO
SISTEMAS TÁCTICOS
O FC Porto deu uma resposta positiva no teste decisivo da sua candidatura à luta pelo título de campeão nacional, ao vencer de forma convincente o líder levado ao colo, diminuindo para 4 pontos a distância que os separa.
Passada a nuvem cinzenta do jogo da Taça, os Dragões vestiram a pele de equipa grande e impuseram-se à equipa do regime (político - equipa querida), da Justiça (judicial - inimputáveis), da Comunicação Social (jornais, rádio e televisão - prostituídos) e do sistema (APAF/FPF/LPFP - reféns), mesmo com mais uma arbitragem habilidosa, desta vez bem contrariada pelo querer e união da equipa + mar azul.
O técnico Sérgio Conceição voltou ao registo habitual escalando os atletas disponíveis mais utilizados, com destaque para o regresso de Pepe, após ausência por lesão.
A jogar em casa, pedia-se aos azuis e brancos que cumprissem a sua obrigação de vencer para não desperdiçar uma oportunidade de ouro de reduzir distâncias e demonstrar que só os árbitros os podem afastar do objectivo, ainda que em alguns jogos a inspiração pareça andar arredada.
Era por isso um jogo de grandes expectativas que acabaram por chamar ao Estádio do Dragão uma plateia bastante bem composta.
Duas partes bem distintas com a primeira a ser dominada pelo FC Porto que viria a render 3 golos contra 1.
O primeiro da autoria de Sérgio Oliveira, num belo remate em volei, a bater Vlachodimos, sem apelo nem agravo (10'). Antes porém, Pepe tinha falhado quase pornograficamente um remate de cabeça, ele que apareceu livre de marcação na cara do guarda-redes encarnado (7').
A resposta benfiquista surgiu de forma algo consentida. Marchesín sacudiu para a frente um remate venenoso, Pepe ficou parado e Vinicius aproveitou essa indecisão para empurrar a bola para as redes portistas, restabelecendo a igualdade (18').
Os Dragões não esmoreceram e continuaram a praticar um futebol consistente, intenso, criterioso e com alguns lances pintalgados de índice artístico.
Pouco depois da meia hora de jogo, Sérgio Oliveira tentou repetir a façanha com novo remate mais ou menos do mesmo género, mas a bola acabou por sair próximo do poste esquerdo.
Aos 37', um lance de ataque portista, culminou com um cabeceamento de Soares desviado pelo braço de Ferro que o árbitro se preparava para deixar passar em branco, no entanto o VAR alertou-o para a irregularidade e só depois de visionar o lance lá decidiu mandar marcar a grande penalidade. Alex Telles não perdoou (38').
Quase em cima do intervalo, nova jogada de grande nível, com Otávio a desmarcar Marega e este a ir à linha cruzar para a entrada de Soares, mas Rúben Dias em desespero a interceptar defeituosamente e a desviar a bola para a sua própria baliza (44').
O FC Porto foi para os balneários com uma vantagem relativamente confortável e esperava-se um segundo tempo de maior controlo, de posse de bola inteligente e de uma estocada final que deixasse o adversário completamente KO.
Não foi isso que aconteceu. A equipa baixou uns furos na sua performance, começou a cometer alguns erros primários, algumas precipitações, outras faltas de lucidez e o Benfica aproveitou para forçar o golo que viria a acontecer. Vinicius mais uma vez muito oportuno a tirar partido de mais uma péssima intervenção de Pepe, reduziu para 3-2 (50').
O jogo conheceu então novos cambiantes com o FC Porto a tentar defender a vantagem e o Benfica à procura do empate. Neste iato de tempo os azuis e brancos perderam o 4º golo em várias ocasiões, por mera precipitação e muito má definição. Luis Díaz, por duas vezes (71' e 95') e Vítor Ferreira (86') foram os perdulários.
Vitória justa da melhor equipa sob o relvado.
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