quarta-feira, 31 de outubro de 2018

DA PASMACEIRA DA PRIMEIRA PARTE AO FUTEBOL DA SEGUNDA





















FICHA DO JOGO






























O FC Porto venceu o Varzim, equipa do escalão imediatamente abaixo (II Liga), num jogo muito mais complicado do que se podia supor.

O técnico portista tinha alertado para o facto de haver equipas nesse escalão com capacidades similares ou até superiores a algumas da Divisão principal e que o Varzim era uma delas.

Ainda assim, Sérgio Conceição decidiu dar um voto de confiança a um conjunto de atletas menos utilizados, apresentando um onze inédito e sem qualquer jogador, dos que actuaram nos últimos jogos.

























Essa opção acabou por marcar de forma indelével a medíocre exibição da equipa portista, a acusar faltas de ritmo e ligação, compreensíveis num conjunto de jogadores que raramente joga junto. Muita indecisão, lentidão de raciocínio e movimentos, falta de imaginação e incapacidade completa de penetrar no terço defensivo do adversário, constituíram os condimentos principais para uma primeira parte que só não foi desastrosa porque Bazoer teve um momento de discernimento para, com classe, repor a igualdade quase em cima do intervalo, depois da defesa portista ter permitido, de forma algo passiva, que o Varzim se adiantasse no marcador a partir do minuto 30.

O técnico azul e branco não podia de forma alguma estar satisfeito com o desenrolar da partida e disso já tinha dado conta quando, muito mais cedo do que é habitual, pôs a aquecer os seus principais atletas que estavam no banco dos suplentes, fazendo passar a mensagem para dentro das quatro linhas.

No segundo tempo Jesús Corona deixou Jorge nos balneários e a verdade é que se notou logo uma disposição completamente diferente. As oportunidades começaram a aparecer com maior frequência, dando a ideia que a resolução do jogo seria uma questão de tempo.

A bola teimava em não encontrar as redes da baliza dos poveiros, bem guardada pelo seu guarda-redes, que ia conseguindo adiar o golo, até à entrada de Soares, chamado ao jogo aos 65 minutos, substituindo o defesa lateral João Pedro, para desviar de cabeça aos 73 minutos, um canto cobrado por Sérgio Oliveira, dando a reviravolta ao resultado.

O resultado parecia bem encaminhado, mas um infortúnio (ou azelhíce?) de Sérgio Oliveira, na tentativa de atrasar a bola, meteu-a ao alcance de Haman, que isolado não se fez rogado, mesmo tendo atirado primeiro contra Vaná, para na insistência repor a igualdade (2-2).

O FC Porto continuou a carregar e a mais valia dos seus atletas, principalmente dos habituais titulares (Corona, Soares e Óliver), com destaque para o Tecatito, acabaria por decidir a partida com mais dois golos e uma série de falhanços.

Vitória certa, num desempenho que vai ser certamente motivo para reflexão interna, onde ficou claro, acho eu, que onze bons jogadores (na opinião do mister) podem não fazer uma boa equipa. Depois desta experiência, calculo que Sérgio Conceição não mais terá vontade de alterar o onze titular de forma tão radical.

Sem comentários:

Enviar um comentário