FICHA DO JOGO
O FC Porto cumpriu a sua obrigação com uma goleada, frente a um adversário que foi capaz de complicar em alguns momentos, num jogo que deu para tudo, desde ter de se aplicar em termos defensivos, marcar quatro magníficos golos, desperdiçar de forma pornográfica outros tantos e ainda se dar ao luxo de fazer gestão de plantel. Numa palavra, SURREAL.
Embora Nuno E. Santo tenha feito crer que só pensaria na Juventus depois deste jogo, a verdade é que procedeu a três alterações no onze titular, deixando de fora, em relação ao jogo anterior, Danilo Pereira (nem foi convocado), Herrera e Óliver Torres (ambos estiveram no banco), em detrimento de Rúben Neves, Otávio e Corona.
Entrada forte dos azuis e brancos, com uma ocasião de golo superiormente negada pelo guarda-redes contrário, a remate de cabeça intencional e com selo de golo, de Soares, logo aos 4 minutos. André Silva (19') e Otávio (26'), bem colocados para fazer balançar as redes, também não conseguiram desfeitear o endiabrado Cláudio Ramos.
O Tondela, quiçá contagiados pelo seu guarda-redes, lá ia conseguindo trocar bem a bola, ligar com critério o seu futebol, obrigando a equipa da casa a uma maior concentração. Criou alguns bons lances de ataque, mas apenas um com relativo perigo a obrigar Casillas a uma defesa mais aparatosa, aos 38 minutos.
O jogo começou a simplificar-se no momento em que Soares foi travado em falta na área do Tondela, pelo central Osório nas barbas do árbitro da partida que não hesitou, apontando a marca de grande penalidade.
André Silva encarregou-se de dar o melhor seguimento ao lance com uma cobrança irrepreensível (bola para um lado, guarda-redes para o outro).
Na jogada seguinte os Dragões voltaram a acercar-se da área do Tondela com perigo, André André serviu Soares, o avançado portista recebeu e tocou a bola para a frente, deixando o seu opositor sem hipóteses de disputar o lance, recorrendo à falta para evitar a sua progressão rumo à baliza. O juiz da partida limitou-se a aplicar as leis do jogo, apitando a falta com exibição do 2º amarelo, seguido do vermelho. Logo a seguir veio o intervalo.
A vencer e a jogar contra 10, a segunda parte do FC Porto transformou-se num massacre com o Tondela a abrir brechas por todos os lados e os jogadores azuis e brancos a deslumbrarem-se com tantas facilidades, a ponto de falharem golos cantados. Foi assim aos 46' com Soares, na cara de Cláudio Ramos a atirar rente ao poste e também com André Silva, no minuto seguinte, sem oposição a não conseguir acertar com a baliza, na sequência de um passe açucarado de Corona.
A supremacia territorial haveria de dar os seus frutos. Rúben Neves aos 54 minutos fez os mais de 32.000 espectadores pularem da cadeira, com um remate portentoso de meia distância, sem hipóteses de defesa.
A equipa do FC Porto não estava ainda satisfeita e continuou a explorar os espaços que o Tondela iam concedendo. Otávio teve o terceiro golo nos pés, aos 56 minutos, mas fez o mais difícil, atirou para fora, mas o terceiro golo apareceria logo a seguir pelo inevitável Soares, num lance concluído com com muita classe.
A vencer confortavelmente e sem grande oposição do adversário, completamente desbaratado, Nuno E. Santo começou a refrescar a equipa lançando no jogo Óliver Torres e Diogo Jota e pouco depois Miguel Layún, para as saídas de Otávio, Soares e Maxi Pereira.
O ritmo baixou mas os Dragões nunca deixaram de procurar dilatar a vantagem e como consequência viriam a almejar o quarto golo em mais uma bomba, agora de Diogo Jota, numa triangulação com Óliver Torres e André Silva.
Vitória natural da equipa mais forte perante um adversário que deu a réplica possível.
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