FICHA DO JOGO
O FC Porto saiu vencedor no derby portuense, hoje disputado no Estádio do Bessa, num jogo muito disputado em que a raça e a ambição portista foram determinantes para voltar a reduzir para um ponto a sua distância da liderança e manter bem viva a chama do Dragão.
Sem poder contar com Felipe (castigado) e Herrera (lesionado) o técnico azul e branco Nuno E. Santo, voltou a apresentar um onze com algumas mexidas. Boly rendeu o central brasileiro e regressaram André André, Óliver Torres e Jesús Corona, trio que tinha ficado no banco frente à Juventus.
Entrada muito boa no jogo com os Dragões, a imporem o seu futebol pressionante e eminentemente ofensivo e com Óliver Torres a abrir as hostilidades num remate intencional, logo no primeiro minuto, a obrigar o guardião contrário a uma intervenção aparatosa.
Na sequência dessa entrada autoritária, o mesmo Óliver serviu Corona, no lado direito, o mexicano entrou na área e na passada cruzou para a zona nevrálgica onde surgiu o codícioso e oportunista Soares, entre os centrais a emendar para a baliza, inaugurando o marcador, estavam decorridos apenas 7 minutos.
Em vantagem no marcador, os azuis e brancos, hoje de amarelo, foram perdendo o fulgor, permitindo que o Boavista equilibrasse o jogo e até ameaçassem de alguma forma a baliza de Casillas que teve de se aplicar com determinação e muita classe, aos 29 minutos a um remate com selo de golo de Anderson Carvalho.
Este lance fez despertar a equipa portista que voltou a acelerar o jogo, criando mais três claras situações de golo. A primeira num trabalho individual de Brahimi, passando por vários adversários até chegar perto do poste esquerdo, optando por um cruzamento curto para trás, interceptado «in extremis» por um defensor contrário, sobrando a bola para Soares, que na passada atirou forte para uma defesa espectacular de Vagner com a recarga de Óliver Torres a encontrar o corpo do avançado portista (33'). A segunda numa excelente recuperação de bola de André André, a meio campo, perto do circulo central, avançando rápido no terreno, libertando para a entrada de Brahimi que fez um passe a rasgar para a entrada de Soares. O avançado portista tentou o chapéu mas não foi feliz, perdendo uma flagrante oportunidade de dilatar o marcador (35'). A terceira em mais um ataque rápido conduzido por Brahimi. O argelino serviu André André, perto da meia-lua, este lançou mais à direita para a entrada de Corona, que por sua vez cruzou para a entrada da pequena área onde surgiu Brahimi com uma recepção defeituosa a estragar um lance de bola corrida muito promissora.
Perto do intervalo Corona sofreu uma entrada assassina, por trás, do defesa boavisteira Talocha, merecedora de cartão vermelho, mas atendendo às cores das camisolas foi benevolentemente transformado em amarelo pelo artista do apito. Corona teve de ser assistido, jogando os últimos minutos em evidente inferioridade física.
Já depois do apito para o intervalo, o atleta mexicano ainda levou o amarelo por ter reagido com alguma impetuosidade com o seu agressor, gerando-se um sururu, que terminou com a expulsão de Nuno E. Santo e de um arruaceiro do Boavista de nome Alfredo.
A segunda parte prometia um jogo ainda mais intenso e por ventura mais disputado. A rivalidade, o clima quente do términos da primeira parte e a vantagem mínima do FC Porto eram sem dúvida os condimentos certos para que tal acontecesse.
Os Dragões tiveram então de ser pragmáticos, despir o fato de gala, arregaçar as mangas, impor a sua habitual e já famosa organização defensiva, sem nunca perder a noção da baliza adversária. Aos 75 minutos, André André, servido por Soares, livre de adversários e em posição central para a baliza, na meia lua encheu o pé e rematou forte, fazendo a bola passar muito perto da barra com o guarda-redes batido, perdendo-se mais uma ocasião de ouro para matar o jogo.
Até ao último apito do «craque» Veríssimo, Maxi Pereira ainda viu o segundo amarelo seguido de vermelho, ficando mais uma vez claro que jogar de Dragão ao peito não lhe garante a mesma impunidade de que gozou durante oito temporadas com o emblema da equipa do regime.
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