sexta-feira, 23 de setembro de 2016

MAIS PERTO DE "SERMOS PORTO"

















FICHA DO JOGO






























O FC Porto recebeu e bateu o Boavista por 3-1, num jogo em que os axadrezados se adiantaram no marcador ainda cedo (5') em lance ferido de ilegalidade que o árbitro auxiliar não assinalou, vá lá saber-se porquê, quando aos 56  assinalou um fora de jogo inexistente a Adrián López. Os Dragões conseguiram reverter o resultado ainda durante a primeira parte e confirmar a vitória já perto do fim do encontro.

Havia alguma expectativa para saber como iria reagir a equipa depois de um resultado negativo na anterior jornada. Nuno E. Santo voltou a mexer na equipa, operando quatro alterações. Boly, Rúben Neves, Brahimi e Depoitre foram preteridos em relação a Marcano, Danilo Pereira, Óliver Torres e Adrán López.

O jogo até começou mal para os Dragões que começaram a sofrer um golo logo aos cinco minutos, num lance que deveria ser anulado por fora de jogo. Na sequência de um livre marcado perto da grande área portista, Henrique, beneficiando da sua posição ligeiramente adiantada em relação aos defensores azuis e brancos, cabeceou certeiro, batendo Casillas, com o beneplácito incompreensível do árbitro auxiliar, dando continuidade a uma tendência que já vem da 1ª jornada. 

Os azuis e brancos, fortemente apoiados pelo seu público, tentaram reagir de pronto, mas foram sentindo algumas dificuldades em penetrar no muito povoado reduto adversário que procurava a todo o custo manter-se impenetrável.

Só a partir do minuto 17, altura em que Danilo rematou de cabeça ao poste, é que os Dragões perceberam que jogando com mais velocidade, o bloco boavisteiro abria brechas e seria bem mais fácil criar lances de golo.

Cerca de dois minutos depois, essa evidência ficou confirmada. Cruzamento longo de Alex Telles para a área axadrezada, Marcano foi empurrado por um dos três defesas que saltaram com ele, ficando ostensivamente  impedido de disputar o lance (o árbitro achou normal!), a bola foi afastada para a entrada da área, Otávio recebeu com o peito, lançando de pé direito para a entrada da pequena área, onde surgiu André Silva a rematar para a igualdade.





















A partir de então os jogadores portistas encontraram a fórmula certa para chegar com perigo à área contrária colocando uma série de problemas à equipa do Bessa.

Aos 34 minutos, na sequência de um canto, Danilo Pereira voltou a ter a baliza à sua mercê, mas um cabeceamento defeituoso fez gorar tão magnífica oportunidade de reverter o resultado.

Cinco minutos depois, Otávio, num trabalho técnico de elevado talento, levou a bola até à linha final, dentro da área, ganhou a oposição do seu adversário, mas foi rasteirado. O árbitro desta vez aplicou as leis do jogo apontando a marca de grande penalidade. André Silva cobrou com competência, colocando o FC Porto em vantagem no marcador, com toda a justiça.





















No segundo tempo os Dragões entraram descontraídos e mais controladores. Procuraram gerir o resultado e o esforço (Terça-feira há jogo para a CL). Não deixaram por isso de ir criando algumas jogadas de perigo.

Aos 56 minutos o árbitro auxiliar inventou o tal fora de jogo a Adrián Lópes, que por acaso e apesar de se encontrar em óptima posição até atirou por cima da barra. Aos 76 minutos foi Diogo Jota, que tinha entrado para o lugar do avançado espanhol a desperdiçar uma boa ocasião atirando à figura do guarda-redes do Boavista. No minuto seguinte o mesmo Diogo Jota entrou na área contrária, disputando o lance em que ganhou a posição, sendo depois empurrado sem qualquer sanção da equipa de arbitragem (este lance na 2ª circular teria certamente outro desfecho). Aos 82 é André Silva que não aproveita um cruzamento para a área, cabeceando à figura de Agayev. Aos 85 minutos Danilo Pereira atirou forte, em remate de meia distância que saiu perto do poste. Perto dos 86 minutos, Brahimi que tinha rendido Otávio, levou a bola até à entrada da área, sob a esquerda, solicitando a entrada de Alex Teles, com o brasileiro a tentar a sua sorte rematando cruzado. Agayev tentou segurar a bola mas deixou-a escapar para o interior da baliza, num «frango» monumental. 

















Estava selado o resultado final que até poderia ter sido dilatado num lance espectacular ocorrido já em tempo de descontos. Alex Telles acorreu a um lançamento longo para dentro da área, rematando forte sem preparação, mas desta vez o guardião boavisteiro correspondeu com uma bela defesa, redimindo-se de algum modo do outro lance infeliz.

Vitória inquestionável da equipa mais apetrechada, que ofereceu ao seus adeptos uma exibição bem mais agradável e bem mais próxima, apesar dos erros cometidos, do que se pretende para o futuro.

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