FICHA DO JOGO
Foi um FC Porto de ouro, personalizado e de grande carácter que garantiu, no mítico estádio Olímpico de Roma, a presença na fase de grupos da Champions League, com uma vitória tão impensável quanto robusta.
Diga-se em abono da verdade que toda a equipa e staff técnico acreditavam ser possível reverter na capital italiana o resultado desfavorável da primeira mão, ainda que frente a uma equipa bastante complicada, perfeitamente demonstrado com a boa actuação de hoje.
Nuno Espírito Santo, com todo o plantel à disposição, com excepção do avançado belga, pelas razões sobejamente conhecidas, colocou no onze inicial os atletas em quem tem apostado com mais regularidade.
A boa entrada no jogo acabou por ser determinante já que o golo de abertura aconteceu bem cedo (8') na sequência da marcação de um livre perto da área, a que Felipe correspondeu com um cabeceamento certeiro.
Eficientes na pressão alta, personalidade, boa organização e muita solidariedade foram os condimentos que perturbaram a construção ofensiva romana, que apesar de maior posse de bola raras vezes foram capazes de importunar com seriedade o último reduto portista.
Os azuis e brancos foram fazendo o seu jogo com astúcia e inteligência e as coisas começaram a simplificar-se de alguma forma quando aos 39 minutos o árbitro da partida expulsou De Rossi, a castigar uma entrada assassina sobre Maxi Pereira que acabaria por ter de sair lesionado, entrando para o seu lugar Miguel Layún.
Na segunda parte o FC Porto voltou a entrar bem, capaz de controlar os movimentos adversários e a procurar, uma vez ou outra, a baliza contrária na procura de novo golo.
Sem conseguir contrariar a organização portista, os jogadores da Roma entraram em alguma ansiedade e descontrolo. Só assim se explica uma nova entrada violenta, agora de Palmieri sobre Corona, lance similar ao da primeira expulsão, punida da mesma forma pelo juiz da partida, sem apelo nem agravo.
A jogar contra nove, os Dragões demoraram a aproveitar as circunstâncias, permitindo até com alguma surpresa, um pequeno período de revolta da equipa italiana.
O técnico portista aproveitou para refrescar, introduzindo Sérgio Oliveira, no lugar de Otávio e mais tarde Adrián López a substituir André Silva.
O futebol portista tornou-se então mais rápido e demolidor, garantindo mais dois golos ao pecúlio. Em jeito de contra-ataque, Herrera lançou Layún na direita. O defesa mexicano foi rápido a correr para a baliza, evitou o guarda-redes que saíra ao seu encontro e rematou colocado com êxito para a baliza deserta.
O terceiro teve de novo carimbo mexicano. Slalom de Corona até à área romana seguido de remate forte com o pé esquerdo e a bola a beijar as malhas do guardião polaco que nada pode fazer.
Vitória justa e inequívoca frente a um adversário possante, que garante desde já a 21ª presença na fase de grupos da Champons League, mantendo-se no topo da lista das presenças na competição, ao lado de Real Madrid e Barcelona.
Também o aspecto financeiro ficou reforçado com o encaixe de 14 milhões de euros.
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