domingo, 21 de fevereiro de 2016

DESPERTAR A TEMPO, DE PESADELO IMPREVISTO
















FICHA DO JOGO



























Num jogo em que era imperioso vencer, José Peseiro teve de voltar a mexer no onze titular, em função dos condicionalismos conhecidos que se vão impondo, mas também de novas apostas do técnico.

Em relação a Dortmund, foram sete as alterações operadas. Maxi  e Danilo, regressaram aos seus postos, bem como o jovem Chidozie, desta vez para o lugar do lesionado Martins Indi, tendo agora a seu lado o também regressado Marcano. André André e Corona foram outros regressos à titularidade e por último Suk foi opção no lugar de Aboubakar.
























Ao contrário do que seria desejável, o FC Porto começou muito mal o jogo, permitindo ao adversário criar lances de muito perigo junto da baliza de Casillas, numa demonstração cabal de enorme permeabilidade defensiva, fruto naturalmente das constantes alterações a que o técnico portista tem sido obrigado, que provocam sempre alguma dessincronização de movimentos.

A facilidade com que os jogadores adversários apareceram soltos em zonas de finalização foram fatais e ao fim de 28 minutos os Dragões perdiam já por 0-2.

Pesadelo inesperado de que os portistas demoraram a despertar. A equipa ficou atarantada, nervosa, ansiosa, demasiadamente inconsistente, incapaz de procurar as melhores soluções para assentar o seu jogo e chegar com eficácia à baliza adversária.

A impaciência dos adeptos portistas foi crescendo em função da improdutividade de Corona e Brahimi, algo secundados pelo intermitente Herrera e também pelo menor rendimento de André André, longe do fulgor inicial a que nos habituou.

A par disto tudo, também a falta de frieza no momento do remate aliada à fortuna do guardião Stefanovic que parecia ter íman (a bola bateu-lhe no peito, no braço, na mão, sem ele perceber muito bem como) e até o ferro da sua baliza foram sendo determinantes para que os azuis e brancos demorassem a dar a resposta adequada, até que, numa das raras boas combinações de Corona com Maxi, o uruguaio conduziu a bola até à pequena área adversária, André Micael saiu-lhe ao caminho, derrubando-o claramente, provocando grande penalidade, prontamente assinalado pelo árbitro da partida.

Miguel Layún chamado a cobrar não perdoou, renovando as esperanças de remontada no seio dos adeptos portistas.





















Ainda antes do intervalo Suk obrigou o guardião contrário a mais uma defesa vistosa, a remate perigoso de cabeça.

O golo deveria ter funcionado como estímulo para que o FC Porto regressasse das cabines de cabeça limpa e decidido a dar a volta ao marcador, actuando de forma mais criteriosa e consistente. Foi porém o adversário a aparecer mais atrevido e ameaçador, apesar da substituição de Corona por Evandro, obrigando Casillas a mostrar a sua inegável classe, em dois remates de grande perigo, nos primeiros dois minutos da segunda parte.

Sacudida a pressão inicial, os Dragões foram tomando conta do jogo, dominando o adversário, acertando as marcações em termos defensivos, reduzindo significativamente o atrevimento forasteiro. Procurou com mais alguma vivacidade o golo do empate, embora nem sempre com a serenidade e competência exigíveis,

Depois de algumas perdidas, o golo do empate acabaria por surgir aos 73 minutos, na sequência de um pontapé de canto, do lado esquerdo, apontado por Layún, a que Suk de cabeça deu o melhor seguimento.





















O Dragão começava então a respirar mais aliviado e a acreditar na reviravolta do marcador. Quatro minutos depois, surgiu o golo da vitória como corolário natural de uma crença assente nas alterações operadas por Peseiro que apostou tudo, tirando o central Chidozie para a entrada de Marega.

Jogada conduzida na esquerda por Layún, derivando para o interior, seguido de cruzamento ao poste mais distante onde apareceu o seu compatriota Herrera, no limite da linha de cabeceira, a cruzar em raquete para o interior da pequena área, onde apareceu Evandro a cabecear à vontade e de forma certeira. Estava finalmente concretizada mais uma remontada no marcador. Golo efusivamente festejado a pôr fim ao pesadelo inicial.





















Até final os azuis e brancos controlaram a partida, Varela entrou para o lugar de Brahimi e a vitória, apesar de muito suada não fugiu.

É bom que este jogo sirva para reflexão, face à evidência das debilidades defensivas patenteadas, resultantes das constantes alterações forçadas e que contra adversários de maior potencial serão certamente irrecuperáveis. O Dortmund, em circunstâncias análogas vai chamar-lhes um figo.

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