FICHA DO JOGO
Esta derrota em Dortmund não surpreende de todo, tendo em conta a real superioridade da equipa adversária, favorecida pelas limitações conhecidas do plantel azul e branco, que confrontado com duas ausências importantes não conseguiu dar a resposta adequada.
José Peseiro foi mais longe, na reformulação do onze principal, do que era suposto. Silvestre Varela foi o eleito para jogar como defesa direito, Layún como central, na linha média surgiu Sérgio Oliveira e na dianteira, Marega em vez de Corona.
A estratégia passava por não sofrer golos e tentar explorar o contra-ataque, utilizando um bloco bastante recuado, com todos a defender, numa espécie de autocarro contra natura, que o FC Porto nunca foi capaz de interpretar com eficácia.
A falta de rotinas desta estratégia acabaria por ter consequências bem cedo, num lance de bola parada, mais concretamente na sequência de um canto curto que deixou o defesa direito da equipa bávara, completamente à vontade na cara de Casillas que ainda defendeu o remate, mas não foi capaz de evitar a recarga do mesmo atleta, perante a passividade dos jogadores portistas.
Peseiro não abandonou a estratégia convencido que a diferença mínima poderia ser o resultado final. A verdade é que os alemães, a vencer, pareciam não ter pressa e enveredaram por um ritmo menos intenso do que é habitual para aquelas bandas e foram gerindo o seu jogo, sem sobressaltos, já que o FC Porto se limitava a defender e mostrava uma incapacidade gritante para segurar a bola em seu poder, quanto mais aventurar-se em acções ofensivas.
Foi realmente um jogo estranho, completamente ao arrepio da mentalidade portista, que mesmo contra adversários bem mais poderosos nunca se remeteu a uma defensiva tão descarada como hoje.
Enfim, estratégias para evitar goleadas como a da época passada em Munique. Estratégia que até poderia ter resultado não fora as abébias do costume. Foi assim que surgiram os golos dos alemães que apesar de toda a fama, apenas conseguiram criar mais duas boas ocasiões reais de golo, sendo que numa delas a bola foi beijar o ferro com estrondo.
Dizem os responsáveis que a eliminatória está mais difícil mas continua em aberto! Será? Realisticamente falando, não estou a vislumbrar uma vitória dos Dragões por diferença de três golos. Para isso seria necessária uma exibição de sonho, que sinceramente não me parece ao alcance desta equipa a que teria de se somar uma noite de grande infortúnio do Borussia.
Não se trata de atirar a toalha ao chão, é apenas cair na real. Até porque estou convencido que a equipa alemã será mais perigosa no Dragão do que foi em Dortmund. A ver vamos.
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