domingo, 9 de novembro de 2014

ÓLIVER SALVA 1ª DERROTA, NOS DESCONTOS
















FICHA DO JOGO


























Avisados que estavam das tradicionais dificuldades que o Estádio António Coimbra da Mota, costumavam oferecer, era expectável que a equipa do FC Porto se apresentasse devidamente estruturado para alterar essa tendência, aproveitando a embalagem da bela exibição conseguida dias antes em Bilbau.

Julen Lopetegui optou, algo estranhamente, por colocar um onze quase sem alterações, com Quaresma no lugar de Tello, que ficou no Porto por inferioridade física, e, surpresa das surpresas, Adrián López, a jogar  atrás do ponta de lança, num esquema diferente do habitual.























Talvez por isso, a equipa sentiu dificuldades de organização ofensiva, raras vezes conseguindo fazer fluir as suas jogadas. Apesar disso, o atleta espanhol dispôs de uma boa oportunidade de facturar, após cruzamento de Danilo que apanhou o avançado portista bem colocado na área mas incapaz de dar o melhor seguimento para a baliza. De resto, Adrían López pareceu sempre um corpo estranho na equipa, não conseguindo dar seguimento aos vários lances em que interveio, demonstrando pouco entrosamento e pouca confiança. Não se percebe a sua inclusão no onze titular bem  como a sua continuidade depois do intervalo. O técnico só o tirou do jogo aos 63 minutos, depois de uma inutilidade arrepiante.

Durante toda a primeira parte a exibição portista foi muito cinzenta, sem grandes incidências positivas, se excluirmos o trabalho magnífico de Brahimi, no lance do primeiro golo da partida (mais um), que o argelino tirou da cartola e os últimos 5 minutos, onde a procura de novo golo foi mais insistente e consistente, apenas pecando na finalização.






















Ao Estoril coube também algum mérito pela forma com pôs sempre em alerta a defensiva azul e branca, utilizando a velocidade dos seus contra-ataques, sempre muito perigosos. Foi na exploração de um desses lances que chegou ao golo da igualdade, pelo endiabrado Kuca. Emídio Rafael aproveitou bem o adiantamento de Danilo, levou a bola até à linha de cabeceira, centrou atrasado e o avançado estorilista, sem oposição, só teve de empurrar para o golo.

No recomeço, os Dragões entraram melhor, mais determinados mas sempre muito pouco eficazes. O jogo portista pedia mais criatividade e Lopetegui viu isso, aproveitando para fazer duas alterações em simultâneo, aos 63 minutos (!). Tirou  Casemiro e o apagado Adrián, metendo Quintero e Aboubakar. Herrera recuou para trinco ficando o médio colombiano mais adiantado para municiar a frente de ataque, com Brahimi e Quaresma bem abertos nas alas e Jackson mais Aboubakar no eixo.

O Estoril baixou mais as suas linhas, perdendo alguma acutilância no contra-ataque, dificultando ainda mais as acções ofensivas portistas que esbarravam constantemente na organização defensiva contrária.

Apesar de menos frequentes, foi mesmo mais um bom contra-ataque do Estoril, a desbloquar o empate. Sebá foi lançado pela direita, entrou na área, disparou forte, Fabiano defendeu fazendo a bola seguir para o lado contrário, correu para a ir recolher, mas Tozé, mais rápido tocou a bola e sofreu um toque com as mão de Fabiano, ganhando uma grande penalidade clara.  Chamado a cobrar, fez o que lhe competia, dando vantagem à sua equipa, a 9 minutos do final do tempo regulamentar.






















A vencer, a equipa da casa passou a preocupar-se ainda mais em defender a vantagem, tapando cada vez com mais entusiasmo todos os caminhos para a sua baliza. Ao FC Porto competia-lhe tentar minorar os estragos. Maicon saiu para entrar Óliver Torres. Era o tudo por tudo. 

Foi já no tempo de compensação que os Dragões chegaram ao empate. Martins Indi atirou a bola para a área, Jackson saltou mais alto e de cabeça fez a bola chegar a Óliver Torres. O espanhol recolheu, tirou um defesa contrário do caminho e com um remate de habilidade bateu Kieszek.












Nos momentos finais da partida Jackson Martinez teve ainda a possibilidade de dar a vitória à sua equipa, mas o guardião do Estoril correspondeu com uma defesa instintiva.

O resultado final pode considerar-se justo pelo que as duas equipas produziram. Depois de uma exibição personalizada em Bilbau, o FC Porto, perante um adversário muito mais fraco, não conseguiu confirmar o bom momento, produzindo um futebol de muito menos qualidade, que lhe custou um novo atraso pontual para o primeiro lugar, que é agora de 3 pontos, graças ao «andor» que a APAF continua descaradamente a carregar, beneficiando a equipa do regime. Se não conseguirmos fazer o nosso trabalho com eficácia, dificilmente poderemos competir contra tudo e contra todos.

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