FICHA DO JOGO
A equipa do FC Porto teve de suar as estopinhas para garantir o regresso às vitórias, após uma maratona de 4 empates consecutivos (3 para o campeonato e uma para a Liga dos campeões).
O técnico portista apostou num onze titular muito próximo do que actuou em Lviv, insistindo em Ivan Marcano a trinco e com a frente de ataque constituída pelos três atletas que terminaram o jogo na Ucrânia.
O jogo revestiu-se de imensas dificuldades, como se esperava. Os Dragões bem tentaram fazer o seu jogo habitual de posse e circulação de bola e até foram conseguindo mas sempre bem longe da baliza adversária, muito por culpa da boa organização defensiva do Braga como também da incapacidade do meio campo portista, para romper.
A par disto os azuis e brancos foram acumulando perdas de bola em locais proibitivos, originando jogadas de muito perigo junto da sua baliza, que só não redundaram em golos por causa da ineficácia dos avançados bracarenses, em alguns casos e noutro pela boa actuação, ora de Fabiano, ora de Maicon, ora de Martins Indi...
Os Dragões só por volta dos doze minutos conseguiram criar perigo num remate de Jackson Martinez. Tello e Brahimi conseguiram algumas vezes romper, mas acabaram por perder lances que podiam criar muito perigo, por não serem capazes de definir o último passe.
O jogo estava muito dividido, até que num canto cobrado por Tello, Maicon ganhou de cabeça ao primeiro poste, assistindo para a entrada oportuna e eficaz do seu companheiro Martins Indi, colocando a sua equipa em vantagem no marcador.
A vencer, o FC Porto tinha agora a oportunidade de acalmar o jogo, jogar pela certa e definir bem as suas jogadas. Porém, não foi isso que aconteceu. O Braga reagiu ao golo sofrido e continuou a incomodar o último reduto portista. No minuto seguinte, Pardo apareceu isolado frente a Fabiano mas não acertou com a baliza. O golo do empate não tardaria. Brahimi num mau atraso, colocou a bola ao alcance de Zé Luís. O avançado bracarense agradeceu a oferta, contornou a oposição de Martins Indi e rematou com êxito, restabelecendo a igualdade que já se justificava.
Até ao intervalo o FC Porto tentou o segundo golo. Danilo atirou a bola à barra, Maicon e Jackson Martinez, estes na mesma jogada, puseram o guardião contrário em apuros e finalmente Alex Sandro, pontapeado dentro da área de rigor bracarense, viu um cartão amarelo por pretensa simulação.
No recomeço, Rúben Neves e Quintero surgiram nos lugares de Marcano e Herrera, respectivamente. Estas alterações surtiram o efeito desejado. O jovem médio português, revelou-se bem mais estável defensivamente e muito mais cooperante em termos ofensivos. Já o colombiano manifestou grande capacidade para colocar a bola bem lá na frente e muito mais velocidade de execução e grande criatividade.
O FC Porto tornou-se mais dominador e mais perigoso e em consequência chegou ao golo da vantagem. Fabiano colocou a bola em jogo com um passe longo, para a linha de meio campo, Jackson ganhou a bola de cabeça aproveitando para desmarcar Brahimi na esquerda. O argelino recepcionou bem, correu até ao bico da área, levantou a cabeça, colocou a bola em Quintero que com um pormenor de grande qualidade dominou a bola, enquadrou-se com a baliza e, de pé esquerdo atirou a contar.
O Golo não foi tranquilizador. O Braga estava insatisfeito e queria alterar o resultado. Depois de mais algumas jogadas portistas desperdiçadas por precipitação ou for falta de inteligência, os minhotos quase chegavam à igualdade. Num livre directo, Aderlan Santos atirou com violência ao poste e na recarga Pardo atirou contra Fabiano, com a defesa portista completamente atarantada.
Até final o FC Porto voltou a ter mais três ou quatro jogadas de muito perigo, desfeitas na maioria pela incapacidade de definição do último momento.
Já em cima do apito do árbitro o Braga reclamou uma grande penalidade numa jogada em que Martins Indi abriu os braços e Pedro Santos atirou-se para a piscina. Proença não viu falta para penalti, mas ao contrário do lance da primeira parte com Alex Sandro, não exibiu o cartão amarelo por simulação.
Vitória muito suada frente a um Braga muito competente e num excelente espectáculo de futebol, nem sempre bem jogado.
Destaques pela positiva para as boas entradas no jogo de Rúben Neves e Quintero, para algumas incursões de Danilo, Tello e Brahimi. Pela negativa o erro indesculpável de Brahimi, na jogada do golo do Braga e do desperdício de um punhado de jogadas bem delineadas interrompidas abruptamente por más decisões de um conjunto de jogadores portistas.
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