FICHA DO JOGO
EQUIPA TITULAR
Era imperioso vencer este desafio para recuperar a confiança perdida pela derrota recente, em casa, para a Taça de Portugal, mas também para manter a liderança no seu Grupo da CL, dar um passo de gigante para o apuramento à fase seguinte e ainda amealhar mais uma verba importante que muito jeito vai fazer aos cofres do Clube.
Julen Lopetegui apostou num onze inicial bastante consensual e mais equilibrado, já que tinha à sua disposição um lote de jogadores para poder apresentar-se na máxima força.
Esperava-se um jogo bastante complicado, perante o adversário mais difícil da época, no dizer do técnico portista, e a verdade é que o FC Porto teve de suar muito para sair do Dragão com os três pontos.
Para além dos problemas colocados pela equipa basca, os azuis e brancos ainda tiveram que lutar contra os seus próprios erros, alguns irritantes, irracionais e indesculpáveis, mesmo em atletas da formação, quanto mais a atletas de alta competição, pagos a peso de ouro.
O FC Porto entrou forte, dinâmico e ambicioso na procura de chegar o mais depressa possível à vantagem no marcador. Herrera, Quintero e Brahimi desdobraram-se em jogadas de rotura, nem sempre bem delineadas, mas algumas a tirar partido da velocidade de Tello que fizeram perigar a baliza contrária. Foi porém a de Fabiano a primeira a ser seriamente ameaçada por um remate de fora da área que foi esbarrar no ferro.
Os Dragões conseguiram alguma jogadas perigosas mas a falta de objectividade no remate fez tardar o golo que só chegaria quase em cima do intervalo, numa jogada de combinação perfeita na acção ofensiva portista, com Quintero a colar na direita para Tello, perto da linha da grande área, o extremo a devolver e este a desmarcar para o interior, a entrada oportuna de Herrera, que com frieza rematou escolhendo o lado para introduzir a bola na baliza à guarda de Iraizoz, dando a sequência lógica a uma das jogadas mais bonitas do encontro. Logo a seguir veio o intervalo.
No segundo tempo a equipa do Atlético de Bilbau, regressou ao relvado com duas alterações, que lhe proporcionou adiantar mais as suas linhas, provocando maior pressão nos jogadores portistas, roubando-lhes espaços e tempo para pensar e executar. Obviamente, a equipa azul e branca sentiu muitas mais dificuldades para organizar o seu jogo e os erros começaram a suceder-se . Foi pois num desses erros inconcebíveis que a turma basca chegou à igualdade no marcador. Passe desastrado de Herrera para Casemiro, a meio campo, a que o brasileiro não conseguiu chegar, bola interceptada pelo adversário com imediato lançamento do contra-ataque, rápido, eficaz e letal, com os centrais e guarda-redes portistas ludibriados pela capacidade técnica do marcador do golo, G. Fernández.
A equipa portista estremeceu mas, inconformada foi à procura da vitória. A entrada de Ricardo Quaresma foi o talismã que funcionou às mil maravilhas. O Harry Potter, quatro minutos depois de entrar em campo, recebeu um passe de Brahimi, sob a esquerda, entrou na área flectindo para o centro, ganhou espaço e posição para rematar e não se fez rogado. Atirou uma bomba fazendo a bola saltar na frente do guardião espanhol e passar-lhe por debaixo do corpo, provocando mais uma grande explosão de alegria nas bancadas do Dragão.
Até final o resultado ainda podia ter funcionado para os dois lados, mas ficou inalterável por ineficácia dos rematadores.
Vitória justa quanto difícil de alcançar, mais uma vez e sobretudo pelos erros de meninos que não deviam acontecer.
Os meus destaques vão para as exibições de Quintero, Herrera (a espaços), Brahimi (na parte final do encontro) e Cristian Tello (enquanto teve pulmão).
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