FICHA DO JOGO
EQUIPA TITULAR
Depois das provocações veio a humilhação com que certamente nenhum portista esperava. O que realmente se esperava e ambicionava era uma resposta categórica em campo, demonstrativa da maior capacidade técnica e táctica que o plantel deixa sugerir, mas que o FC Porto, neste jogo, jamais foi capaz de pôr em prática.
A equipa adversária, mais personalizada, mais organizada, mais ambiciosa e mais pragmática, mostrou ao que vinha, atirando a bola ao poste, no primeiro remate do jogo, ainda decorria o primeiro minuto. Com o seu meio campo bem montado e a fazer pressão alta, numa repetição clara da primeira parte do jogo de Alvalade, começou a baralhar e a tornar desconfortável a construção do jogo portista, provocando a atrapalhação, quer na recepção da bola como na sua colocação, razão pela qual os Dragões perderam muitos passes, algumas em zonas comprometedoras, que estiveram na base de dois dos três golos sofridos, de forma tão escandalosa quanto imperdoável.
Como se não bastasse ter oferecido o primeiro golo, os portistas ainda se deram ao luxo de facilitar os dois restantes e ainda de falhar uma grande penalidade. Foi aquilo a que se pode chamar de falhanço em toda a linha.
Mesmo nos melhores momentos, os azuis e brancos foram sempre desastrados na finalização e assim fica impossível lutar por um bom resultado.
Ao Sporting bastou ter uma boa atitude e aproveitar os falhanços de principiante do seu adversário, para construir um resultado confortável e justo.
Começo a ficar decepcionado com o treinador Julen Lopetegui, cujo estado de graça tem vindo a esfumar-se. Vítima de erros primários dos seus comandados, o técnico não tem sabido corrigir a maioria dos defeitos. Privilegia a posse de bola, como se isso por si só fosse suficiente para ganhar um jogo. Ainda por cima uma posse infrutífera, baseada no jogo para trás e para os lados, até perder a bola de forma indecente, que já custou uma série de golos na sua baliza. Disse o Alex Sandro que ele era adepto do Tiki-Taka. Pois, mas essa forma de jogar requer muita movimentação, muita certeza de passe, muita capacidade física e muita inteligência, que estes jogadores parecem não saber executar.
Bem, depois, a aposta em Adrián López começa a ser anedótica. O atleta até pode ser um craque, mas a verdade é que sempre que é chamado porta-se como um peso morto, como se a equipa estivesse a jogar com menos um, só Lopetegui ainda não percebeu e Quintero numa ala só se for para o queimar. Todos sabem que o colombiano é bem mais útil no meio campo. Foi nessa posição que desmarcou de forma exemplar o seu compatriota para o golo de honra portista. Para quê insistir neste atentado ao bom futebol?
A Taça de Portugal já era e agora vamos ver até que ponto esta derrota não afectou a confiança da equipa. Terça-feira teremos a resposta.
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