FICHA DO JOGO
MOMENTO DO JOGO
Para quem ainda tivesse dúvidas, decididamente esta Taça está umbilicalmente ligada ao vermelho.
Uma vez afastada a equipa do regime, por inacreditável e imperdoável falha do sistema, a vitória final, a modos de prémio de consolação, só poderia ser vermelha.
De resto, os bicampeões nacionais, nesta altura em que os sonhos eram já limitados a esta Taça, de que sempre estiveram alheados e a esperar um milagre, no que diz respeito ao objectivo principal, a revalidação do título, lutaram como Dragões para que este final de época não se tornasse ainda mais penoso.
Sim, é verdade, lutaram com empenho, com denodo, até à exaustão, mas, como já vem sendo habitual, nas últimas semanas, sem discernimento, sem objectividade e sem brilho. Esta equipa está nitidamente espremida e sem estaleca para superar os obstáculos que tem ainda pela frente.
Hoje, para além da «encomenda encapelada», teve que lutar contra si própria. A posse de bola passou a ser a máscara mais ou menos perfeita para esconder a incapacidade atroz de chegar com perigo à baliza. Jogar para o lado e para trás, durante a maioria esmagadora dessa posse, dificilmente dará os frutos desejados. Falhar quase todos os passes, cruzamentos e remates, no último terço do campo, não é obviamente o caminho do sucesso.
Pior que perder este jogo ou este troféu (e eu não gosto de perder nem a feijões) é ficar com esta sensação de que a equipa já deu tudo o que tinha para dar. A equipa do regime ainda pode perder pontos? Claro que pode, mas pelo andar das coisas este FC Porto, que já não tem mais margem de erro, arrisca-se desta forma a hipotecar definitivamente quaisquer esperanças.
O que assistimos em Coimbra foi um conjunto de equívocos. A equipa não entrou bem, demorou a recompor-se e depois dos 10 minutos iniciais equilibrou e passou a ter mais a bola, mas sempre sem saber o que fazer com ela, especialmente quando se aproximavam da área adversária.
Depois do amarelo mostrado a Abdoulaye, logo aos 17 minutos, era evidente uma tomada de atitude de Vítor Pereira. O treinador tem obrigação de conhecer as características dos seus jogadores e é sabido que o jovem defesa senegalês é demasiado impulsivo e, com esta «encomenda encapelada», era previsível que não chegasse ao fim do jogo.
O técnico arriscou e teve o castigo.
O segundo tempo foi para os Dragões, um acto de coragem, de abnegação, de revolta, de sorte, de azar e de frustração.
A jogar com menos um, a equipa foi grande, foi destemida, teve pulmão e teve coração, mas faltou-lhe a classe, a objectividade e a eficácia. Sem isso, nada feito.
Vítor Pereira ainda acreditou na reedição da aposta do jogo anterior e fez entrar Kelvin. Mas o carteiro não toca sempre duas vezes!
Dentro da mediocridade técnica evidenciada na maior parte do tempo, dois nomes se destacaram pela positiva: Fernando e Fabiano. Estes, mais do que quaisquer outros, mereciam ter erguido a Taça. Paciência.
Plenamente de acordo. Nada a acrescentar.
ResponderEliminarAbraço.
Não me apetece comentar muito, ou seja andar por aqui às voltas. Isto só para dizer que estou triste com o sucedido, por termos sido prejudicados, mas especialmente por perdermos uma taça, porque a equipa não jogou o suficiente que poderia dar a volta a tudo e suplantar as contrariedades. Faz falta aquele espírito de fazer das tripas coração...
ResponderEliminarOra já desabafei e só anseio que voltem depressa as vitórias das nossas alegrias.
AP
Memória Portista