FICHA DO JOGO
Foi graças ao desempenho de Jackson Martinez que o FC Porto evitou a sua primeira derrota da temporada, já nos últimos minutos de uma partida em que os erros primários cometidos pelos Dragões quase os crucificavam.
Julen Lopetegui voltou a surpreender na constituição do onze titular. Ivan Marcano surgiu a trinco e Aboubakar, no eixo do ataque, deixando Rúben Neves e Jackson Martinez no banco dos suplentes.
Os azuis e brancos entraram bem nos seus processos de posse e circulação da bola, jogando muito no seu meio campo, evitando que a equipa ucraniana criasse situações de perigo junto à sua área.
Em termos ofensivos é que as coisas raramente saíam a contento. A lentidão e a falta de objectividade faziam os jogadores portistas perder muitos lances à entrada da área contrária, gorando-se algumas iniciativas especialmente de Danilo, hoje bastante ofensivo e determinado, que por volta do primeiro quarto de hora testou o seu pontapé de meia distância, fazendo a bola passar muito perto da baliza.
Tello conseguiu numa ocasião ganhar a linha de cabeceira e viu o seu cruzamento ser desviado pelo braço de um defensor adversário sem que a equipa de arbitragem (árbitro principal, auxiliar e fiscal de baliza) tivessem descortinado a falta.
Aos 35 minutos o juiz turco não teve outra alternativa que não fosse assinalar uma outra grande penalidade, agora a castigar derrube na área a Brahimi. Chamado a marcar, o argelino rematou denunciado, perdendo a oportunidade mais flagrante do jogo, até essa altura.
O intervalo chegaria com a sensação de que o FC Porto teve tudo para sair a ganhar e se não o fez foi por culpa sua.
O segundo tempo começou com o mesmo cariz. Azuis e brancos com mais bola mas sempre muito precipitado no último terço do relvado. Tello esteve especialmente desastrado no último passe perdendo algumas jogadas intencionais.
O segundo erro grave não demorou. Óliver Torres, dentro da área portista, perdeu-se na contenção da bola, foi desfeiteado e o Shakhtar aproveitou para fazer o 1º golo. Kucher pressionou e roubou a bola ao espanhol, fazendo uma assistência para um golo fácil de Alex Teixeira.
Os Dragões não acusaram o toque e partiram em busca da igualdade. Lopetegui operou a alterações fazendo entrar Jackson Martinez e Quintero, para os lugares de Aboubakar e Ivan Marcano, resultando em mais capacidade ofensiva e mais remates, até porque a equipa da casa recuou o bloco e apostou mais no contra-ataque.
A pouca objectividade na definição do último passe portista fazia abortar qualquer tentativa de chegar à igualdade. Lopetegui voltou a mexer tirando Brahimi para introduzir Adrián López e pouco depois o avançado espanhol teve nos pés a possibilidade de marcar, negada pelo guardião Pyatov, sempre atento e bem posicionado.
A cinco minutos do final, mais um erro de palmatória, desta vez da autoria de Maicon, originou o 2º golo ucraniano. Tudo parecia perdido.
Contudo, a chama do Dragão renasceu e transformou o tempo que faltava na redenção de tantos falhanços.
Quase em cima do final do tempo regulamentar, Adrián López cruzou para a área, Srna meteu a mão à bola e Cuneyt Çakir apontou para a marca de penalty, que Jackson Martinez converteu.
Os azuis e brancos acreditaram que ainda era possível minimizar os estragos e foram atrás do empate que surgiria no tempo de compensação, uma vez mais pelo colombiano. Quintero lançou à esquerda Cristian Tello, com o extremo portista a ir à linha de cabeceira centrar rasteiro para o Chá Chá Chá concluir à matador.
Estava reposta a igualdade e alguma justiça no resultado.
No final ficou a sensação que o FC Porto podia ter ganho este jogo se não fosse tão ingénuo, perdulário e erróneo.
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