domingo, 14 de setembro de 2014

INOPERÂNCIA OFENSIVA DITOU IGUALDADE
















FICHA DO JOGO



























O FC Porto cedeu os primeiros pontos na sua deslocação a Guimarães, numa partida que se antevia exigente e muito complicada.

Lopetegui surpreendeu na formação do onze titular ao fazer alinhar Quintero, em vez de Quaresma.























A equipa portista denotou sempre grandes dificuldades na organização do seu jogo ofensivo, privilegiando a posse e circulação da bola nas zonas mais recuadas do relvado. Raras vezes os vimaranenses permitiram que a bola fosse jogada para além da sua zona intermediária, onde os jogadores portistas iam perdendo todos os lances, exceptuando uma jogada, logo aos 2 minutos, em que Brahimi apareceu sobre a direita a rematar de primeira e quase sem ângulo, à figura de Douglas.

Foram mesmo os vitorianos os primeiros a criarem uma verdadeira oportunidade de golo, aos 18 minutos com João Afonso, isolado a falhar o remate, permitindo a defesa a Fabiano.

A maior pressão da equipa da casa permitiu-lhes ganhar muitas bolas e jogar no meio campo portista, ao abrigo de qualquer perigo no seu reduto. Ainda assim, Brahimi, o mais esclarecido e virtuoso jogador portista, aproveitando um passe de cabeça de Jackson, ganhou a bola, correu rápido em direcção à baliza contrária, aparecendo sozinho frente a Douglas, mas atirou-lhe a bola para os braços, com o defesa Defendi a puxar-lhe o braço, numa intenção clara de o desequilibrar, porém o argelino não se fez ao penalti.






















Pouco depois o árbitro da partida viu-se obrigado a interromper o jogo por desacatos na bancada com alguns adeptos a entrarem para o terreno do jogo.

Cerca de sete minutos depois o jogo foi reactivado e a partir de então o FC Porto apareceu mais objectivo e mais perigoso. A bola passou a andar mais perto da área do Guimarães, mas sempre sem pouca convicção. a excepção foi um lance protagonizado por Quintero que obrigou Douglas a defesa apertada na sequência de um livre directo.

























No segundo tempo voltaram a ser os vitorianos a entrar melhor e Lopetegui não demorou a mexer na equipa. Tirou Rúben Neves, nitidamente a perder fulgor e fez entrar Evandro, muito mais rápido e ofensivo, obrigando os seus companheiros a correr para a frente, na direcção da baliza e numa fuga de Brahimi, pela esquerda, levou atrás de si o defesa Bruno Gaspar, que só o travou provocando a sua queda, bem dentro da área de rigor. Penalti prontamente assinalado pelo juiz da partida e superiormente concretizado por Jackson Martinez.









































Poucos minutos depois Quintero, também dentro da área, foi ostensivamente derrubado, mas Paulo Baptista, bem colocado, fez vista grossa.

Um pouco mais tarde acedeu à matreirice de André André, que ligeiramente tocado, numa disputa de bola na área portista, se deixou cair, num penalti em que Bernard se encarregou de fazer a igualdade.




















O FC Porto criou mais alguns lances de perigo, chegou a marcar por Brahimi, num lance anulado por eventual fora de jogo, muito, muito duvidoso. O argelino parece estar em linha com o defesa do Guimarães. Jackson também esteve muito perto do golo, mas falhou permitindo que o jogo chegasse ao fim com a igualdade que castiga a inoperância atacante.

Lopetegui vai ter muito trabalho pela frente para conseguir fazer com que a sua equipa produza um futebol mais ofensivo e contundente. Não chega ter muita posse e fazer muita circulação, especialmente se as mesmas acontecem em zonas demasiado longes do golo. A equipa abusa do jogo para trás e para os lados, não encontra soluções e geralmente, quando tenta colocar a bola na frente, não o faz com segurança, nem escolhe as melhores opções, resultando num futebol inconsequente e fácil de anular.

O meu destaque vai para Brahimi, decididamente o jogador mais virtuoso, rápido e perigoso. Cá atrás destaque para a segurança de Maicon, em grande forma e para a sua boa coordenação com Martins Indi.

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