FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
O FC Porto qualificou-se esta noite para os oitavos-de-final da Taça de Portugal ao vencer na Madeira o Nacional.
Vítor Pereira apresentou um onze titular mesclado com jogadores titulares e outros menos utilizados, equipa que eu previ, no lançamento deste jogo, com uma única diferença: Otamendi em vez de Rolando.
A aposta deu resultado pois conseguiu gerir, com êxito, o esforço e o seu plantel. Não foi um jogo fácil, como aliás se esperava, mas mesmo sem fazer uma exibição exuberante, os campeões nacionais souberam sempre controlar o jogo e o adversário, conquistando um resultado justo e inequívoco.
Os Dragões não impuseram uma toada muito intensa, perante um adversário muito mais preocupado em defender mas sempre alerta para lançar o contra-ataque, aproveitando as falhas portistas, especialmente os passes mal efectuados, na fase de construção azul e branca. Atsu e Otamendi foram protagonistas de dois desses falhanços que poderiam ter tido consequências mas que acabaram por ser bem resolvidas.
O FC Porto foi sempre a equipa mais perigosa e a que mais assumiu a vontade de continuar na prova. Kléber desperdiçou, logo aos sete minutos, uma oportunidade clara de abrir o activo, quando, depois de um passe fatal de Lucho, apareceu desmarcado, enquadrado com a baliza e livre de adversários, para atirar de cabeça... ao lado! Aos 27 minutos, porém , a vantagem portista surgiu de uma jogada bem construída, desde o passe perfeito de Defour para a direita onde Atsu recolheu, livrou-se de um adversário, levantou a cabeça, cruzou para a esquerda, onde, ao segundo poste surgiu «El Comandante» a rematar de primeira, com o pé esquerdo, fazendo a bola anichar-se dentro da baliza. Golo bem trabalhado e artisticamente concretizado.
O Nacional ensaiou então uma reacção mas nada que os defensores portistas, com Otamendi no comando, não pudessem anular.
Depois do intervalo a equipa da casa procurou com mais entusiasmo igualar a partida, com os Dragões cada vez mais a controlar, a gerir e a adormecer o jogo, até que o ganês Atsu, desta vez pela esquerda, passou por dois adversários invadiu a área, cruzou par a entrada de Mangala que em antecipação desviou a bola para as redes contrárias, dando um rude golpe às pretensões dos insulares.
Vítor Pereira ainda chamou ao jogo Moutinho e James. Foi mesmo dos pés do médio português que saiu o passe, a romper a defesa, bem aproveitado por Kléber para colorir o resultado final.
Exibição quanto baste da equipa portista, com destaques para Atsu, com duas assistências para golo, para Lucho Gonzalez, para Otamendi e também para o guardião Fabiano.
Quanto à arbitragem da equipa chefiada por Paulo Baptista, penso que esteve dentro daquilo que nos vem habituando. Se a falta que assinalou contra o FC Porto, aos 62 minutos, num contra-ataque dos madeirense foi caricato, o cartão amarelo mostrado a Christian Atsu, na sequência dessa pretensa falta não foi mais que anedótica! A menos que tenha sido como castigo de o ganês ter entregue a bola ao adversário, provocando esse contra-ataque!
Quanto à arbitragem da equipa chefiada por Paulo Baptista, penso que esteve dentro daquilo que nos vem habituando. Se a falta que assinalou contra o FC Porto, aos 62 minutos, num contra-ataque dos madeirense foi caricato, o cartão amarelo mostrado a Christian Atsu, na sequência dessa pretensa falta não foi mais que anedótica! A menos que tenha sido como castigo de o ganês ter entregue a bola ao adversário, provocando esse contra-ataque!
Chá-mate de Lucho na Choupana
ResponderEliminarVítor Pereira teve de gerir (muito bem) os activos; e os substitutos estiveram à altura das exigências. Nesse particular, destaque para a Atsu (segunda parte excelente). Mas a classe de Lucho González resplandeceu no campo todo. É caso para dizer que os espectadores beberam um chá-mate argentino de notável qualidade. Não gostei de Mangala que… marcou um golo! Não gostei de Kléber que… marcou um golo e me estragou uma dica para a crónica, pois estava a pensar que “é mais difícil o brasileiro apontar um tento do que o Helton fazê-lo”…
O FC Porto controlou sempre o jogo e, chegado o momento ideal, o treinador dos Dragões lançou as pérolas (Moutinho e James) que, qual varinha de condão, deram um impulso à partida. Foi a oportunidade de assistir a jogadas de fino recorte técnico. E o “remate” perfeito para um jogo que, repete-se, foi muito bem gerido pelo chefe do grupo (Vítor Pereira) e com um comandante (Lucho) à altura.
Fabiano, Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala, Castro, Defour e Lucho, Iturbe, Kléber e Atsu.
ResponderEliminarSe olharmos para cima, para a equipa que entrou, rapidamente constatamos que apenas 2 jogadores, normalmente, titulares indiscutíveis, Otamendi e Lucho, entraram de início. Isso diz tudo das demasiadas alterações e alguns riscos que Vítor Pereira aceitou correr. Mas, mesmo com um conjunto muito diferente do habitual, a equipa portista fez uma primeira-parte muito agradável e chegou ao intervalo a vencer justamente por 1-0. Apesar de um ou outro lance de perigo, mais depois do golo de Lucho aos 27 minutos - fantástica a jogada de Atsu, circunstancialmente na direita, com um cruzamento para o 2º poste, onde apareceu El Comandante, de primeira e sem deixar cair no chão, a fazer um magnífico golo - e quase sempre através de lances de bola parada, livres, cantos e até lançamentos laterais, o F.C.Porto foi melhor. Com excepção de Mangala, com dificuldades naturais a atacar, mas também na cobertura ao jogador que lhe surgia por ali e Kléber, que não aproveitou duas belos ocasiões de golo, o resto da equipa movimentou-se e organizou-se bem, soube ter bola, fazê-la circular, foi capaz de pressionar e fez algumas jogadas interessantes. Atendendo à equipa utilizada, os primeiros 45 minutos portistas foram uma agradável surpresa e o resultado nem merecia discussão.
A segunda-parte foi muito parecida com a primeira.
Sendo o jogo de Taça de Portugal, a eliminar, era natural que o Nacional tenha saído para o jogo mais activo, mais atrevido, mais perigoso. Mas, a equipa portista, com a defesa, guarda-redes incluído - Fabiano, ainda tem coisas a melhorar, nomeadamente, nas saídas aos cruzamentos, mas tem tudo para vir a ser no futuro o nº1 -, aguentou e depois, com o 2-0 por Mangala e a entrada da qualidade que Moutinho e James, primeiro e Danilo depois, trouxeram, o F.C.Porto geriu bem, controlou melhor e ainda aumentou, num belo lance que Kléber concretizou - espero que seja o clique para que o nº11 portista, arrebite, definitivamente.
Mais golo menos golo, ninguém colocará em causa ajustiça da vitória do bi-campeão. A lamentar a lesão de Mangala.
Nota final:
Atendendo aos condicionalismos que impediram o trabalho normal de preparação do jogo; atendendo à equipa que entrou, sem rotinas e com jogadores pouco rodados; podemos considerar que a vitória e a exibição do F.C.Porto foi uma belíssima surpresa. Vítor Pereira arriscou e deu uma oportunidade a quem tanto a tem reclamado e o F.C.Porto pode ter ganho jogadores para o futuro. Abdoulaye joga como um veterano e deve ser a luz que ilumina, Iturbe, Castro, Kelvin...
Obviamente não referi C.Atsu, esse já é uma certeza e hoje demonstrou-o exuberantemente.
Abraço