FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)
Como se esperava, não foi fácil a vitória do FC Porto frente à Académica de Coimbra. Os estudantes cumpriram com o sistema táctico que quase todas as equipas adoptam na sua deslocação ao Dragão. Preocupações defensivas e alerta para o aproveitamento de eventuais falhas portistas.
A primeira parte foi jogado em ritmo lento, com os azuis e brancos a patentearem acomodação, falta de inspiração e de intensidade, provocando um futebol pastoso, sem brilho , mal jogado e desinteressante. Muito passe falhado, más recepções da bola, tabelas mal combinadas, enfim, um jogo cinzentão.
A Académica, com a lição bem estudada, fechava bem os espaços não dando grandes possibilidades de penetração na sua área. O FC Porto, lento e acomodado à espera de um lance de inspiração dos seus mais criativos jogadores que se perdiam em vulgaridades. Ainda assim, o golo poderia ter acontecido em duas ocasiões protagonizadas pelo jogador portista mais esclarecido, combativo, ambicioso e inteligente: Jackson Martinez. Foi sem dúvida o melhor jogador em campo. Não merecia ter terminado o jogo sem fazer balançar as redes. Não foi feliz quando aos 9 minutos, apareceu isolado, sob a direita e, com a codícia que se lhe reconhece, atirou em «chapéu» sem acertar no alvo. Voltou a não ser feliz ao 32' num remate frontal que também saiu ao lado. Foi quanto o ataque portista conseguiu produzir de mais positivo durante toda a primeira parte.
No segundo tempo as equipas apresentaram-se muito mais competitivas. A Académica que só tinha feito um remate de jeito, entrou para o recomeço com dois perigosos remates. O FC Porto respondeu prontamente com o seu futebol sufocante que lhe haveria de render dois bons golos e outras tantas oportunidade para ampliar o resultado. O primeiro surgiu de uma boa combinação de Lucho Gonzalez que lançou James Rodríguez pela direita, com o colombiano a invadir a área e a rematar rasteiro para o fundo da baliza. O segundo num remate colocado e espectacular de João Moutinho, que a cerca de 25 metros da baliza disparou forte, sem hipóteses de defesa.
Os estudantes, mais atrevidos, já sem nada a perder estiveram perto de reduzir, por volta dos 85 minutos, quando Cissé, depois de ter passado por Danilo, rematou em arco com Helton batido e a bola a passar muito perto da barra da baliza.
Um ou dois minutos mais tarde foi Atsu, que entretanto tinha substituído o complicado Varela, a desperdiçar incrivelmente uma oportunidade clara de golo. Isolado frente a Ricardo, com o guardião estudantil já estirado no relvado, em vez de lhe picar a bola, atirou rasteiro contra o seu corpo! São estes pequenos pormenores que definem quem é ou não «craque» .
Ao contrário, Wilson Eduardo, aproveitando uma bola aliviada da área por Lucho Gonzalez, disparou forte do meio da rua, fazendo o golo de honra da Académica, ainda que com a colaboração de Helton, que deixou a bola bater na sua frente, deixando a sensação de ter sofrido um «frango».
A vitória assenta bem na única equipa que quis vencer desde o primeiro apito do árbitro, apesar da primeira parte muito mal jogada.
Numa exibição que vale pela segunda parte, destaque para o labor e inteligência de Jackson Martinez (faltou o golo que merecia), para Lucho e James (na segunda parte) e para o golo fabuloso de Moutinho que não esteve nos seus melhores dias.
Pela negativa a incapacidade de Danilo. O que é que se passa com este promissor atleta? Tão reivindicativo pela titularidade foi no passado recente e ainda não o vi fazer um jogo que enchesse as medidas. Hoje esteve particularmente permissivo a defender e pouco activo a atacar. Também Varela voltou ao registo de «pastelão», enveredando por um futebol atabalhoado, aos repelões, sempre mal definido e inútil.
Outra coisa que não entendo são as substituições no período de compensação, que não sejam por lesão! Coisa de equipa sem ambições.
Boas Rui,
ResponderEliminarResumindo e concluindo ... mais uma vitoria, mais 3 pontos.
Quanto ao jogo a primeira parte não foi conseguida, não tivemos dinamicos, estivemos lentos e sem rasgos ...
Na segunda parte entramos bem ... tivemos boas jogadas, podiamos ter marcado mais golos, e sofremos um golo de um lance fortuito e totalmente contra a corrente do jogo, mas são coisas que acontecem no futebol.
Quanto a equipa acho que individualmente estiveram a bom nivel, mais uma vez acho que Danilo está com pouca rotação e Miguel Lopes poderia e deveria jogar, claro que sei que temos que o valorizar, mas para mim que não ganho nada com isso e nesta altura ... tem que jogar o Miguel.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt
Duas surpresas esperavam os 31.910 espectadores que se deslocaram no princípio da noite ao Dragão - hora boa, tempo bom, ainda assim, menos público do que eu esperava... Não houve a habitual revista às tropas por parte dos stewards - parece que só as claques tiveram esse "privilégio" - e estreou-se nos painéis de publicidade electrónica o novo patrocinador, o Banco de Minas Gerias, BMG.
ResponderEliminarE vamos ao jogo que teve duas partes bem distintas... Depois de 45 minutos iniciais de complicador ligado, pouca inspiração, muitos passes e opções erradas, que deram um nulo, justo, ao intervalo, embora as únicas oportunidades de golo tenham pertencido ao F.C.Porto, os segundos 45 minutos foram diferentes, bem diferentes e para muito melhor, por parte do bi-campeão. Importa referir, antes de passar ao melhor período da equipa azul e branca, que se houve pouco Porto na primeira-parte, foi porque a Académica esteve bem organizada, forte e rigorosa na marcação, cumprindo à risca a estratégia do seu treinador.
Mantendo o mesmo onze, mas vindo com outra atitude e determinação, o F.C.Porto entrou forte à procura da vantagem. Mais rápido com bola e sobre a bola, circulando e passando melhor, a equipa de Vítor Pereira, com naturalidade e numa bela jogada que James concluiu da melhor maneira, chegou à vantagem. O mais difícil estava conseguido. A vencer e ao contrário do que acontece às vezes, a equipa portista manteve o ritmo, a pressão e a qualidade, foi tricotando algumas belas jogadas e com justiça, num grande golo de João Moutinho, aumentou para 2-0. Com um resultado que dava algum conforto, até porque dominava e controlava o jogo - a Académica raramente chegou à baliza de Helton...-, parecia que tudo estava decidido, até porque o 3-0 esteve mais perto do que o 2-1.
Mas e esse é um dos encantos do futebol, contra a corrente de jogo, numa dupla falha de Lucho e numa má abordagem ao lance por parte do guarda-redes do F.C.Porto, que me pareceu desatento, a equipa de Coimbra reduziu e colocou alguma emoção do estádio e pressão sobre o conjunto azul e branco. Embora, é bom dizê-lo, sem nunca criar grande perigo, sem nunca colocar Helton em grandes dificuldades.
Tudo somado, vitória justo, indiscutível, mas com um resultado enganador, do F.C.Porto que não foi capaz de repetir o brilhantismo do jogo frente ao Marítimo.
Cumprimos a nossa obrigação, continuamos na liderança e isso é o mais importante, no final de uma semana muito positiva para o Dragão, com uma desgastante viagem a Kiev pelo meio. Agora mais uma debandada para as selecções e a seguir uma deslocação bem difícil à Choupana para a Taça de Portugal. Cá estaremos confiantes, moralizados e espero, com mais alternativas à disposição do treinador.
Notas finais:
James e Moutinho marcaram e na segunda-parte estiveram muito bem, mas, mesmo sem marcar, no conjunto dos 90 minutos, pelo que trabalhou e jogou, Jakson foi, para mim, o melhor.
O relvado continua em mau estado...
Abraço
Bom dia,
ResponderEliminarTal como se previa, o FC Porto teve uma difícil prova de superar diante da Briosa.
Após o apuramento para os oitavos-de-final da champions e a fantástica exibição diante do Marítimo, os adeptos esperavam mais brilhantismo na vitória de hoje, o que não foi possível muito por mérito de uma Académica muito bem escalonada, concentrada, disciplinada e rigorosa na marcação aos nossos homens do tridente ofensivo, e sempre sem descurar as transições rápidas por intermédio de Cissé, Marinho e Wilson Eduardo.
Os homens de Pedro Emanuel estavam motivados após a vitória diante do Atlético de Madrid, e com o passar dos minutos, não conseguindo o FC Porto abrir o activo, ainda mais confiança angariavam.
Foi necessária portanto muita cabeça e paciência para encontrar o caminho certo para o golo.
Os adeptos foram excelentes no apoio à equipa, pois noutros tempos os assobios soariam bem cedo.
Tivemos na primeira parte muita posse de bola, mas o nosso jogo não era objectivo, criativo, e quase sempre terminava sem tiro à baliza à guarda de Ricardo.
Com James escondido do jogo, Varela apagado e Jackson sem bolas na área, VP tinha de encontrar soluções para desmanchar a estratégia da Briosa na segunda parte.
E assim foi. No segundo tempo a equipa entrou com mais velocidade de circulação de bola, e surgiram no jogo Lucho e Moutinho, que souberam pautar o nosso jogo, e foram o cérebro para delinear as jogadas que abriram a muralha defensiva adversária.
Moutinho e Lucho com passes rasgados para as costas dos defesas adversários, foram tentando servir ora Jackson, Varela ou James.
El Comandante fez duas assistências para golo. Moutinho apontou o golo da noite.
Excelente dupla esta que pauta o nosso jogo.
Valeram os três pontos conquistados, que nos permitem manter a liderança.
Última nota para o mau estado do relvado, que aqui e ali complicou o nosso jogo.
Excelente o número de adeptos presentes no Dragão, que ultrapassou os trinta mil.
Agora segue-se o jogo para a Taça de Portugal diante do Nacional, uma partida complicada, que tentaremos vencer para seguir em frente na prova.
Abraço e boa semana.
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.pt