FICHA DO JOGO
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Os Campeões nacionais hipotecaram seriamente a revalidação do título ao perderem hoje, após 56 jogos sem conhecer o trago amargo da derrota, frente a uma equipa muito combativa, mas pouco mais que isso.
O Gil Vicente limitou-se a aproveitar os erros do seu adversário e os da equipa de arbitragem, que ajudaram na construção de um resultado confortável.
A par disto, a apatia que os azuis e brancos dedicaram a este jogo, especialmente na primeira parte, onde praticou um futebol incaracterístico, com muitos passes falhados, muita lentidão, incapacidade para romper a defensiva contrária e sobretudo nenhuma clarividência. O FC Porto teve, durante o jogo, muita posse de bola, mas não soube tirar partido desse ascendente. Com os seus principais jogadores em noite de completo apagão, os Dragões foram inofensivos e inócuos.
A esperança de revalidar o título começou a esfumar-se logo aos 15' quando na marcação de um livre, Cláudio, defesa-central minhoto, saltou na frente de três defesas portistas, e de costas para a baliza, saltou mais alto introduzindo a bola nas redes. Os azuis e brancos, no entanto, continuaram sonolentos à espera não sei do quê!
Foi então que a equipa da APAF decidiu começar a inclinar o campo. Primeiro sonegando uma grande penalidade clara, cometida por Daniel sobre Defour, nas «barbas» quer de Bruno Paixão, quer do seu assistente. Paixão e seus «muchachos» partiram então para uma sinfonia de decisões verdadeiramente escandalosas e em cima do intervalo, Pedro Moreira, em fora de jogo, foi à linha cruzar, a bola bateu no braço de Otamendi. Paixão ainda hesitou, mas o seu auxiliar, talvez acometido de paralisia momentânea no braço, não levantou a bandeirola para assinalar a posição irregular do jogador gilista, foi muito pronto e rigoroso a avisar o seu chefe, da bola no braço.
Para o segundo tempo Vítor Pereira pretendeu dar um abanão na equipa, porém, escolheu talvez a forma menos aconselhável. Tirou Otamendi e Souza, e introduziu no jogo Danilo e o «pseudo-criativo Belluschi». O brasileiro foi colar-se na faixa direita entre o meio-campo e a ala, numa posição e tarefas muito pouco definidas. Já o argentino entrou para o meio-campo, provocando o recuo de Defour e Moutinho. A linha defensiva ficou a cargo de Maicon, Rolando e Álvaro Pereira, tendo este perdido autonomia para o seu habitual jogo ofensivo.
Desta confusão táctica se aproveitou o Gil Vicente, que num contra-ataque muito bem explorado, apanhou Álvaro adiantado, fez surgir por aí André Cunha que correu na direcção da baliza com a bola bem colada aos pés. Evitou a oposição de Rolando que surgira em desespero, numa mudança de pés simplesmente impressionante, do direito para o esquerdo, com retorno ao direito, para um disparo claro, preciso e conciso.
Com o FC Porto a jogar mal, com o treinador a inventar e a arbitragem a ajudar, não mais restou ao Gil Vicente senão fazer o seu papel, saber aproveitar.
Os Dragões ainda tentaram uma reacção, mas nada corria bem. O futebol praticado continuava sem qualidade. Os remates disparatados, as perdas de bola infantis e a falta de inspiração continuavam a tolher os movimentos. Varela ainda marcou, num remate bonito e bem conseguido, quiçá uma das raras coisas positivas que os, ainda Campeões nacionais, conseguiram esta noite.
O título fica praticamente decidido, tendo em conta uma Troika (SLB, APAF e LPFP) que este ano chegou em todo o seu esplendor (ao futebol) para devolver a felicidade a um país falido, corrupto e incompetente.
Ficamos por isso limitados à luta pelo segundo lugar já que esta equipa também não demonstra classe para superar o difícil compromisso europeu que se avizinha.
VP tirou-me as palavras que definem bem o que foi este jogo Gil Vicente – FC Porto:
ResponderEliminar- Um Gil muito digno;
- Um FC Porto muito mau;
- Uma arbitragem escandalosa, uma vergonha.
Só queria acrescentar:
- Depois da vergonha de ontem em Santa Maria da Feira afirmei que era melhor entregarem já a “prenda” ao King; é óbvio que tudo está “feito” para que as faixas vão para a mouraria; logo nas nomeações dos árbitros se vislumbra isso;
- Há muitos anos que defendo que este “Bruno paixão-benfiquista” deveria ser expulso da arbitragem (os interesses instalados não querem isso);
- Há meses que defendo que com VP o FC Porto não vai a lado nenhum; não lhe tenho feito guerra para não me acusarem de desestabilizador; mas os meus temores confirmam-se.
E lá se foi um recorde!
Abraço.
Boa noite,
ResponderEliminarPéssima e vergonhosa exibição!
O encornado Bruno Paixão ajudou à festa, mas isso não justifica tudo. Muito dificilmente revalidaremos o titulo. Hora pois de preparar a próxima época sem os erros que se cometeram no planeamento desta.
Abraço
Paulo
Muito bem, subscrevo por inteiro:
ResponderEliminar"O título fica praticamente decidido, tendo em conta uma Troika (SLB, APAF e LPFP) que este ano chegou em todo o seu esplendor (ao futebol) para devolver a felicidade a um país falido, corrupto e incompetente.
Ficamos por isso limitados à luta pelo segundo lugar já que esta equipa também não demonstra classe para superar o difícil compromisso europeu que se avizinha."
Com o andor em movimento, carregado de apitadores e afins, era fundamental que o F.C.Porto entrasse no jogo com outra atitude, outra dinâmica, outra rapidez, outra qualidade. Um Porto a mostrar que queria ganhar, capaz de mostrar que, independentemente de tudo e não tem sido pouco, a que temos assistido, não deixaria de cumprir a sua obrigação. Um Porto que mostrasse crença, raça e carácter na luta pelo título. Mas esse Porto não apareceu em Barcelos.
ResponderEliminarLento, precipitado, desconcentrado, previsível, com vários jogadores a nunca entrarem no jogo, o Campeão deu 45 minutos de avanço e só mostrou um cheirinho do que pode e sabe, quando o resultado já estava decidido - como é possível aquele 1º golo? Como é possível 3 jogadores do F.C.Porto, mais o guarda-redes, estarem completamente a dormir e sofrerem aquele golo? O Gil bateu-se bem, teve mérito, é, como tinha dito no post de antevisão, uma equipa bem organizada, mas não fez nada de transcendente. A equipa de Paulo Alves joga sempre assim frente aos grandes e por isso não foi uma surpresa a forma fechada e em contra-ataque como jogou. Houve foi Porto a menos. Também é verdade que a arbitragem foi miserável, com claro prejuízo da equipa azul e branca - penalty não assinalado sobre Defour, que foi atingido e derrubado pela cabeça; penalty contra o F.C.Porto a um minuto do intervalo, que deu o 2 a 0, com o que isso significou no desenrolar da partida, num lance precedido de fora-de-jogo; penalty cometido pelo guarda-redes do Gil sobre Kléber ...-, mas hoje, quando se pedia um grande Porto, capaz até, de ir ao Inferno buscar a vitória, esse Porto não esteve em campo, grande parte dos 90 minutos. E quando esteve, foi pouco esclarecido a encontrar os melhores caminhos, jogou mais com o coração que com a cabeça. Eu, para destroçar Paixão, tinha de ter visto muito mais do meu clube e isso não vi.
Ainda falta muito campeonato, é verdade, mas quando se esperava que a equipa portista fosse capaz de pressionar a liderança, não deixasse cavar um fosso, continuasse a depender apenas de si e mostrasse atributos que dessem confiança numa grande segunda-volta, hoje em Barcelos, o Campeão deu vários passos atrás, pareceu conformado e mostrou que lhe falta alma. E sem alma... fica muito difícil, quase impossível. Este Porto, definitivamente, não dá confiança. Tão depressa aparece bem e parece estar no bom caminho, como logo a seguir borra, da forma mais grosseira, a pintura
Vítor Pereira tem culpas, claro que sim, os treinadores têm sempre culpas quando as coisas correm como correram hoje, mas será uma injustiça considerá-lo o único culpado. Há quem tenha tantas culpas como o treinador... Falaremos disso mais a frio, nos próximos dias...
Abraço