FICHA DO JOGO
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Hoje sim, pudemos finalmente sentir um cheirinho a Porto, àquele Porto que custava a aparecer, desinibido, autoritário e já em alguns aspectos artístico. Curiosamente, tudo isto sem o Incrível, de quem alguns críticos diziam estar a equipa portista dependente.
A resposta aí está, bem esclarecedora. O FC Porto desta noite, beneficiou de um trio de meio campo muito competente, muito solidário, sob a batuta de João Moutinho, que foi um verdadeiro maestro. Com evidente clarividência de processos e um elevado índice técnico, Moutinho foi simplesmente o melhor homem em campo.
Com vontade de facturar os três pontos da ordem, os Campeões nacionais lançaram-se na procura do golo. Os primeiros minutos mostraram as habituais dificuldades em criar espaços para o remate. Álvaro Pereira, sempre muito ofensivo, carrilou imenso jogo pela sua ala, com velocidade e intenção, mas a maior parte dos seus cruzamentos perdiam-se. Ora eram compridos, ora eram curtos. A verdade é que raramente chegavam em condições a Kléber, que mais uma vez, andou perdido na área, mais parecendo que fugia da bola ao invés de a procurar, pois raras vezes apareceu no sítio certo. Falta-lhe claramente aquele instinto de matador, que adivinha onde a bola vai cair para estar lá e atirar para as redes ( à Fernando Gomes, Jardel ou Falcao).
Mas aos 19 minutos, Álvaro Pereira fez mais um dos seus cruzamentos, pela esquerda, a bola sobrevoou a área onde Defour perdeu nas alturas com um defesa vimaranense, sobrando para a direita onde estava James Rodríguez. O colombiano recebeu, levantou a cabeça e num gesto técnico perfeito colocou a bola na área, onde surgiu Rolando a receber com o peito e a rematar sem preparação, deixando Nilson de joelhos a verificar a trajectória da bola. Golo à ponta-de-lança, numa jogada muito bem congeminada.
O Vitória reagiu e por duas vezes ameaçou o empate. Só aos 39 minutos o FC Porto voltaria a ter uma nova oportunidade clara de golo. Kléber Falhou o remate, sobrando a bola para Varela, que em posição privilegiada e livre de marcação atirou muito por alto.
No segundo tempo os azuis e brancos entraram a matar. Logo no primeiro minuto, uma triangulação perfeita entre Moutinho e Kléber, deixou o médio portista na cara de Nilson. João Moutinho de primeira, desviou a bola para a baliza. Estava consumado o segundo golo. O FC Porto empolgou-se com este golo e foi à procura do terceiro. Álvaro Pereira esteve bem perto de o conseguir, com um remate cruzado e forte que o guarda-redes minhoto conseguiu desviar.
Até que o apitador de serviço, que estava a fazer um trabalho regular, decidiu ser protagonista, inventando uma falta inexistente de Fernando que jogou apenas a bola. Protestou com toda a razão e por isso levou um cartão amarelo, o quinto da época que o vai afastar do próximo encontro. Desta falta resultaria o golo do Guimarães. Toscano bateu forte, a bola ressaltou num jogador portista, Helton ainda defendeu, mas na recarga Faouzi não falhou. Um estridente coro de assobios fez-se ouvir, dirigido ao árbitro do encontro.
O Vitória empertigou-se mas o FC Porto respondeu a preceito. Danilo entrou no jogo para jogar na linha média e um minuto depois já estava a atirar à baliza. Aos 75' os Dragões chegariam ao golo da tranquilidade. James Rodríguez foi derrubado dentro da área e o apitador lá cumpriu a sua obrigação. O colombiano não falhou.
Estavam assim garantidos os três pontos, frutos de uma exibição com altos e baixos, mas já com um cheirinho a Porto.
Os meus destaques vão para João Moutinho, o melhor em campo, para Fernando e Defour, quase sempre muito certinhos, para a codícia atacante de Álvaro Pereira, nem sempre eficaz, para a boa prestação de Maicon e para o ressurreição de Silvestre Varela, hoje muito mais agressivo e útil.
Jogo muito intenso com o FC Porto intermitente (entre o bom e o mau). O Guimarães fez-nos a vida cara e lutou até ao fim, com o nosso meio campo a, por vezes, não ter argumentos para contrariar o jogo dos vimaranenses. Começámos bem (com Varela na brecha) mas o futebol produzido baixou depois de qualidade. Rolando marcou à ponta de lança. Os primeiros 15 minutos da 2.ª parte foram de luxo com um grande golo de Moutinho.
ResponderEliminarOs melhores do FC Porto: Fernando (vai parar num excelente momento de forma), Álvaro Pereira (que fogosidade!), Moutinho (parece regressar ao seu melhor), Rolando (à ponta de lança!), James (a espaços) e Maicon (embora sem se aventurar muito no ataque). Varela prometeu mas desapareceu… Danilo entrou para o meio campo quando gostaríamos de o ver a defesa-direito. Mas já mostrou ser uma mais-valia.
E já lá vão 55. Sem perder!
Abraço.
BIBó PORTO!!
Um Dragão muito bem composto, mais de 34 mil espectadores, apadrinhou a estreia de Danilo - bons pormenores...- e viu um Porto de boa cepa, vencer um Vitória que deu boa réplica, mais foi impotente para contrariar a mais valia do conjunto azul e branco, que venceu com justiça e pelos números, mais golo menos golo, correctos.
ResponderEliminarHavia a curiosidade, extrapolada por uma comunicação social sempre à procura de brechas para poder perturbar, de saber como se apresentaria o Campeão sem Hulk, talvez a sua unidade mais influente. Pois, sem escamotear a importância do nº12 na equipa de Vítor Pereira, que é notória, hoje ficou provado que há mais vida para além do Incrível Hulk.
Entrando bem no jogo a equipa portista fez uma primeira-parte muito razoável, uma das melhores dos últimos tempos. Com a atitude correcta, o ritmo indicado, boa organização e circulação, foi um Porto competente, sério, pressionante, seguro atrás - com a excepção de Otamendi -, dominador no meio-campo, perigoso no ataque, apesar de neste sector, apenas Varela ter estado a alto nível - Kléber, generoso, mas inconsequente e ai, ai, ai James. Assim, não admirou que a vantagem chegasse, por Rolando, qual ponta-de-lança, na desmarcação, domínio no peito, remate colocado e fora do alcance do guarda-redes. Vantagem mais que justa, embora a equipa vimaranense pudesse ter empatado por Paulo Sérgio, o que a acontecer não daria uma imagem correcta do que tinham sido os 45 minutos iniciais.
Se na primeira metade, houve qualidade, na segunda ainda foi melhor.
Entrando com tudo, pressionando alto, encostando o Vitória lá atrás e não o deixando sair, o F.C.Porto fez o 2 a 0 e a coisa prometia. Estava o Porto a brilhar, até a empolgar e o público a gostar, quando Hugo Miguel, o árbitro, teve uma paragem cerebral, ligou o complicador e começou a meter água na chama do Dragão.
Primeiro, Kléber, carregado em falta, ficou sem a bota e levou um injusto amarelo. Depois, um corte limpo de Fernando, foi transformado em livre, reacção espontânea do Polvo a protestar e mais um cartão que impede o trinco portista de jogar frente ao Gil Vicente. Livre marcado, equipa momentaneamente desconcentrada e na recarga a uma defesa de Helton, o Guimarães reduziu, claramente, contra a corrente do jogo. Diferença mínima, novo ânimo no conjunto que veio da cidade berço, mas sem nunca colocar em risco a vantagem do F.C.Porto. Passados poucos minutos, talvez porque algo lhe pesava na consciência, o juíz de Lisboa entrou em compensações e marcou um penalty, que e a crer no que ouvi na rádio, não existiu - ainda não vi as imagens e no campo o lance deixou-me dúvidas. Vantagem de dois golos reposta e daí até final apenas tempo para entrarem Belluschi e Souza, já que nada mais de relevante aconteceu.
Mais uma vitória, 55º jogo sem perder para o campeonato, um Dragão "vivinho da silva" e pronto para lutar até ao fim, pelo principal objectivo da época, a conquista do bicampeonato.
Para além do que referi acerca da qualidade da exibição do F.C.Porto, hoje vi uma equipa unida, solidária e mais Porto. Este caminho não pode ter retorno!
Começando de trás para a frente, grande Maicon, grande Rolando, super-Alvaro, bem Defour, excelente Moutinho, fantásticos Fernando e Silvestre Varela. Helton cumpriu, Otamendi melhorou na segunda-parte, James esteve abaixo do que pode, Kléber ainda bem que fez a assistência para o golo de Moutinho, senão... Danilo, quero ver mais, anda ainda um bocado à procura do seu espaço, mas teve, como já disse, bons pormenores. Belluschi e Souza, o tempo foi pouco, mas o brasileiro esteve mais assertivo.
Abraço
Bom dia,
ResponderEliminarOntem fizemos um grande jogo colectivo.
Soubemos dominar e controlar o jogo.
Como se adivinhava, face a valia do adversário, não iria ser somente um jogo traçado pelo nosso domínio, houve períodos que tivemos de saber controlar, para depois sair assertivamente para o ataque.
Fomos inteligentes, tivemos jogadores a demonstrar a sua real valia, e quando assim é tudo se torna mais fácil mesmo diante de adversários experientes e de qualidade.
Continua a faltar o tão desejado ponta de lança, para acrescentar eficácia na finalização e abrir linhas de passe na área adversária.
Kléber luta muito mas por vezes sem ser eficiente.
Rolando, James, Moutinho, Fernando e Alvaro foram enormes no jogo de ontem.
Resta continuar assim, para seguir na peugada do Benfica.
Fantástico o ambiente nas bancadas.
Abraço e boa semana
Paulo