FICHA DO JOGO
Quem não chora não mama, é um ditado popular que tem todo o cabimento utilizar neste caso. Chorar é desde há muito a maior especialidade dos calimeros de Alvalade, que viram hoje, depois de uma semana de intensa choradeira, as suas lágrimas serem premiadas com um resultado «fabricado» num erro decisivo que ditou o vencedor deste encontro.
Podem estar descansados os adeptos do futebol, especialmente os desta verdade desportiva, que esta semana não haverá choradeira. Os Calimeros ficaram felizes e isso é o que interessa. Foi-lhes, desta forma, restituída a dignidade e o respeito!
Falando do futebol jogado, o FC Porto produziu uma primeira parte com altos e baixos, de futebol às vezes vistoso, mas ainda com muitas dificuldades para ligar o jogo, determinado pelas constantes perdas de bola, na fase de construção ofensiva, em face de passes mal executados. Mesmo assim pertenceram-lhes as melhores oportunidades de abrir o activo. Varela atirou contra Patrício, depois de uma brilhante jogada de Quaresma, com cruzamento a sair em passe de letra. Depois foi Quaresma, em mais um excelente trabalho a finalizar com um remate que bateu no ferro, com Patrício batido. Finalmente Jackson Martinez, no coração da área, tentou cabecear para o golo, Cedric empurrou-o ostensivamente com o quadril, ficando por marcar um penalty claro.
Sem praticar um grande futebol o FC Porto acabou por sair para os balneários com uma igualdade sem golos, apenas por não ter sido eficaz. O nulo era sem dúvida um resultado lisonjeiro para os Calimeros.
No segundo tempo a equipa da casa foi mais pressionante e as dificuldades de penetração dos portistas foi mais evidente, no entanto, e apesar de algumas desatenções da defensiva dos Dragões, a baliza à guarda de Helton raras vezes conheceu perigo. O guardião portista apenas teve de intervir com dificuldade a um cabeceamento perigoso de Mané. Depois veio o golo que coloriu o resultado final. Perda de bola no último terço, William Carvalho aproveitou para lançar na direita para André Martins, que em fora de jogo foi à linha cruzar para a cabeça de Slimani, que à vontade fez o golo.
Depois do golo o FC Porto tentou tudo para chegar à igualdade, mas não foi feliz. Jackson e Ghilas tiveram o empate ao seu alcance mas a falta de eficácia foi uma constante.
O jogo não terminaria sem uma terceira decisão polémica do árbitro. Depois de uma falta do ataque dos Calimeros, Montero apossou-se da bola para atrasar a sua reposição em jogo, Fernando reagiu com um encontrão e foi expulso enquanto o jogador da casa viu o cartão amarelo! Surreal decisão de Pedro Proença com benefício claro para o infractor.
Derrota injusta e determinada por uma má decisão do árbitro.
Ricardo Quaresma foi o melhor jogador do FC Porto.
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