FICHA DO JOGO
Luís Castro, novo treinador do FC Porto estreou-se no comando da equipa com uma vitória folgada, no regresso às vitórias, após 4 jogos sem ganhar (2 para o campeonato e 2 para a Liga Europa).
Sem Alex Sandro, castigado, o técnico portista utilizou Mangala no seu lugar e incluiu Defour, em vez de Herrera, voltando ao esquema de um pivot (Fernando) com os outros médios (Defour e Carlos Eduardo) mais adiantados.
Aproveitando o bloco baixo do Arouca os Dragões entraram fortes, tomando o comando da partida, de forma segura mas denotando algumas dificuldades de penetração. Jackson cabeceou, quase sem ângulo, à barra e três minutos depois surgiu o lance do primeiro golo. Silvestre Varela entrou na área com a bola controlada, sofrendo carga pelas costas que o árbitro da partida prontamente sancionou. Ricardo Quaresma concretizou, abrindo o marcador.
Os azuis e brancos continuaram a procurar fazer mais golos e antes de conseguir dilatar a vantagem teve mais um lance digno de registo, com Danilo a executar um belo remate, mas ao lado.
O segundo golo surgiu pouco depois numa jogada bem delineada e em progressão, na esquerda, com Mangala a receber no bico da grande área do Arouca, um bom passe de Carlos Eduardo e o brasileiro a procurar a devolução mais à frente. O passe saiu ligeiramente comprido, aparecendo Defour a receber a bola com o pé direito, preparando o remate com o outro pé, só que o médio brasileiro, ali muito perto, foi mais rápido e rematou em queda fazendo um golo de belo efeito, estavam decorridos apenas 23 minutos de jogo.
Os Dragões pareciam embalados para uma goleada. Qual quê! Como tem sido habitual nos últimos jogos, os jogadores portistas não conseguiram sair para os balneários sem sofrer golos. Falta de Maicon (pé alto na disputa da bola) perto da área e em posição frontal. Na cobrança do livre, a bola ressaltou na barreira e sobrou para Rui Sampaio, que à vontade bateu Helton.
A intranquilidade invadiu os atletas portistas e ainda mais quando dispôs de nova grande penalidade (falta sobre Jackson Martinez) que Quaresma desperdiçou, aos 35 minutos. Até ao intervalo a exibição portista caiu na mediocridade que já vem sendo normal.
No recomeço a intranquilidade portista foi notória e o espectro dos últimos jogos chegou a pairar no estádio, ouvindo-se alguns assobios a cada falhanço, aselhice ou incompetência dos jogadores portistas que se iam pondo a jeito para sofrer novo golo. A equipa adversária apareceu mais ambiciosa e foi ganhando cantos atrás de cantos, deixando a defensiva portista em polvorosa.
Luís Castro percebendo o seu adiantamento no campo, fez entrar Quintero e depois Ghilas. O jogo ficou partido, beneficiando a maior capacidade técnica portista.
Aos 83 minutos, aproveitando o adiantamento da equipa do Arouca que procurava o empate, Jackson recebeu a bola a meio campo, correu com ela até próximo da área adversária, lançou Ghilas na esquerda, o argelino perto da linha da área, parou, levantou a cabeça, viu Quaresma a aproximar-se, em boa posição, colocou-lhe a bola milimetricamente, o Mustang encheu o pé e sem preparação fuzilou Cássio, assinando o 3º golo, o da tranquilidade.
Já nos descontos e com o FC Porto de regresso ao bom futebol, Defour cruzou para Jackson, com o colombiano a receber, a preparar e a rematar para o 4º golo, com a bola a tabelar ainda num defensor do Arouca.
Vitória gorda, que mascara de alguma forma a intranquilidade por que passou a defensiva portista em alguns momentos do jogo.
Luís Castro vai ter muito trabalho para devolver a confiança completa a estes jogadores e devolver à equipa a segurança que já foi a sua imagem de marca.
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