FICHA DO JOGO
O FC Porto qualificou-se para os quartos-de-final da Liga Europa, num jogo muito complicado, como se esperava.
A equipa do Nápoles, terceira classificada do campeonato transalpino, servida por excelentes jogadores, fizeram a vida difícil aos jogadores portistas, especialmente durante toda a primeira parte.
Sob a electrizante atmosfera do estádio de San Paolo, animada pelos «tiffosi» da casa, os Dragões tiveram de resistir estoicamente a 20 minutos de futebol ofensivo e sufocante que provocou algum desnorte na defensiva portista, muito remendada dada a ausência de Helton, Maicon (ou Abdoulaye) e Alex Sandro e portanto ainda mais permeável. O guardião Fabiano foi um herói, defendendo remates com selo de golo e só por uma vez foi batido, quando Pandev lhe apareceu isolado, a desviar para as suas redes.
Só depois a equipa portista pode respirar um pouco melhor, tentar organizar o seu frágil futebol, mas nada saía bem. O FC Porto nunca foi capaz de chegar à área napolitana com perigo. A construção ofensiva padecia de ligação com as habituais perdas de bola, no último passe, provocando em alguns casos, contra ataque perigosos do adversário com a defesa portista descompensada.
O resultado ao intervalo podia considerar-se muito lisonjeiro para as hostes portistas face ao caudal ofensivo adversário.
Depois do intervalo, o Nápoles voltou a entrar forte e a encostar o Porto às cordas. O segundo golo dos italianos parecia eminente. Mais uma vez Fabiano foi gigante defendendo remates de elevado grau de dificuldade. Os azuis e brancos, hoje todos de branco, não conseguiam importunar a defensiva contrária. O técnico Luís Castro tinha de fazer qualquer coisa e aos 63 minutos procedeu à primeira alteração. Tirou o apagado Carlos Eduardo e fez entrar o raçudo Josué e três minutos depois substituiu o estragador de jogo Varela para meter o codicioso Ghilas. Aposta ganha.
É que logo depois, numa disputa de bola a meio campo Jackson tocou para Fernando que de imediato desmarcou Ghilas que de primeira fuzilou com êxito as redes de Reina, fazendo calar o San Paolo.
O golo portista deu confiança à equipa fazendo-a renascer das cinzas e jogar, até final, à Porto. Desaparecera o espectro da eliminação e a equipa passou a jogar com calma, com acerto, com raça e com ambição. A jogar desta forma foi a vez dos italianos abanarem.
Sete minutos depois, na sequência de uma atitude mais ofensiva, Quaresma lançou Danilo sob a direita, o brasileiro meteu na área, Josué recolheu e colocou para a entrada de Quaresma. O «Mustang» recebeu a bola e encarnou «Harry Potter», criando um lance de pura magia. Evitou dois adversários com troca de pés, evitou o terceiro e rematou para um golo fabuloso.
Pouco depois Defour falhou por pouco o terceiro golo, com a bola a bater no poste de Reina. Logo a seguir entrou numa fase de gestão do resultado e acabou por sofrer o golo da igualdade.
Empate sofrido mas delicioso que garantiu a passagem aos quartos-de-final. Destaque para Fabiano, um gigante e para a qualidade inegável de Quaresma.
ResponderEliminaro "incrédulo" revelou aquele que também foi o meu estado de espírito, esta noite:
«Pela primeira vez, esta época, saltei do sofá por duas vezes a gritar "guuooloo!" do FC Porto!».
mas com aquele sentimento de "guuuoloo!, car@...ças", estão a ver? vindo de cá de dentro! sentido, mesmo!
post scriptum:
e por aqui me fico, pela bluegsfera. assistir a comentadores que nem portistas são, a destilar ódio contra nós?! e pá, tenham lá a santa paciência! nós é que "somos Porto", fónix!
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! :D
Miguel | Tomo II