domingo, 9 de fevereiro de 2020

MELHORES CONTRA TUDO E CONTRA TODOS

















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto deu uma resposta positiva no teste decisivo da sua candidatura à luta pelo título de campeão nacional, ao vencer de forma convincente o líder levado ao colo, diminuindo para 4 pontos a distância que os separa.

Passada a nuvem cinzenta do jogo da Taça, os Dragões vestiram a pele de equipa grande e impuseram-se à equipa do regime (político - equipa querida), da Justiça (judicial - inimputáveis), da Comunicação Social (jornais, rádio e televisão - prostituídos) e do sistema (APAF/FPF/LPFP - reféns), mesmo com mais uma arbitragem habilidosa, desta vez bem contrariada pelo querer e união da equipa + mar azul.

O técnico Sérgio Conceição voltou ao registo habitual escalando os atletas disponíveis mais utilizados, com destaque para o regresso de Pepe, após ausência por lesão.
























A jogar em casa, pedia-se aos azuis e brancos que cumprissem a sua obrigação de vencer para não desperdiçar uma oportunidade de ouro de reduzir distâncias e demonstrar que só os árbitros os podem afastar do objectivo, ainda que em alguns jogos a inspiração pareça andar arredada.

Era por isso um jogo de grandes expectativas que acabaram por chamar ao Estádio do Dragão uma plateia bastante bem composta.

Duas partes bem distintas com a primeira a ser dominada pelo FC Porto que viria a render 3 golos contra 1.

O primeiro da autoria de Sérgio Oliveira, num belo remate em volei, a bater Vlachodimos, sem apelo nem agravo (10'). Antes porém, Pepe tinha falhado quase pornograficamente um remate de cabeça, ele que apareceu livre de marcação na cara do guarda-redes encarnado (7').

A resposta benfiquista surgiu de forma algo consentida. Marchesín sacudiu para a frente um remate venenoso, Pepe ficou parado e Vinicius aproveitou essa indecisão para empurrar a bola para as redes portistas, restabelecendo a igualdade (18').

Os Dragões não esmoreceram e continuaram a praticar um futebol consistente, intenso, criterioso e com alguns lances pintalgados de índice artístico.

Pouco depois da meia hora de jogo, Sérgio Oliveira tentou repetir a façanha com novo remate mais ou menos do mesmo género, mas a bola acabou por sair próximo do poste esquerdo.

Aos 37', um lance de ataque portista, culminou com um cabeceamento de Soares desviado pelo braço de Ferro que o árbitro se preparava para deixar passar em branco, no entanto o VAR alertou-o para a irregularidade e só depois de visionar o lance lá decidiu mandar marcar a grande penalidade. Alex Telles não perdoou (38').

Quase em cima do intervalo, nova jogada de grande nível, com Otávio a desmarcar Marega e este a ir à linha cruzar para a entrada de Soares, mas Rúben Dias em desespero a interceptar defeituosamente e a desviar a bola para a sua própria baliza (44').

O FC Porto foi para os balneários com uma vantagem relativamente confortável e esperava-se um segundo tempo de maior controlo, de posse de bola inteligente e de uma estocada final que deixasse o adversário completamente KO.

Não foi isso que aconteceu. A equipa baixou uns furos na sua performance, começou a cometer alguns erros primários, algumas precipitações, outras faltas de lucidez e o Benfica aproveitou para forçar o golo que viria a acontecer. Vinicius mais uma vez muito oportuno a tirar partido de mais uma péssima intervenção de Pepe, reduziu para 3-2 (50').

O jogo conheceu então novos cambiantes com o FC Porto a tentar defender a vantagem e o Benfica à procura do empate. Neste iato de tempo os azuis e brancos perderam o 4º golo em várias ocasiões, por mera precipitação e muito má definição. Luis Díaz, por duas vezes (71' e 95') e Vítor Ferreira (86') foram os perdulários.

Vitória justa da melhor equipa sob o relvado.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

COMO FOI POSSÍVEL JOGAR TÃO MAL?
















FICHA DO JOGO




























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto voltou às péssimas exibições ao empatar em Viseu, frente ao modesto Académico local (clube que milita na 2ª Liga), no jogo da 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal. Tem a vantagem de poder rectificar o resultado no Estádio do Dragão e ainda o facto de ter marcado 1 golo fora de casa, que contará a dobrar se houver nova igualdade mas sem golos, o que no mínimo seria ridículo. 

Como sempre acontece, especialmente quando os Dragões defrontam equipas de qualidade inferior, Sérgio Conceição optou por fazer uma revolução no onze principal, operando oito alterações relativamente ao jogo anterior.

























O técnico portista considera ter um plantel equilibrado e com qualidade, por isso se esperava um jogo capaz de espelhar isso mesmo, quaisquer que fossem os elementos escolhidos. Ora a verdade é que se os mais utilizados não têm sido ultimamente nada brilhantes, bem pelo contrário, os chamados de segunda linha ainda conseguiram ser piores, salvo raras excepções.

Um clube como o FC Porto tem de ser servido com qualidade acima da média e especialmente com competência. Hoje, digo-o com alguma amargura e tristeza, não consegui detectar, na maior parte do tempo, essas qualidades nos nossos atletas, alguns dos quais já com mais experiência.

Marega, logo nos primeiros minutos do encontro, bem assistido por Vítor Ferreira, isolado frente ao guardião contrário tentou fazer um chapéu, mas displicentemente atirou por cima da barra, denunciando mais uma vez incapacidade técnica e incompetência. 

Esta perdida escandalosa acabou por ser o mote para mais uma exibição vergonhosa, inacreditável e inadmissível de uma equipa que diz querer vencer títulos e onde os atletas são pagos a peso de ouro,  acarinhados e apaparicados como em nenhum outro clube.

Salvaram-se deste naufrágio Diogo Costa, Diogo Leite, Zé Luís (em dois ou três momentos) e especialmente essa grande promessa, o jovem Vítor Ferreira, para mim o mais esclarecido jogador portista e o único que fez jus ao emblema que envergou.

Todos os outros foram jogadores banais, alguns de uma vulgaridade gritante. Saravia, parece-me definitivamente um crasso erro de casting. Teve a oportunidade de fazer o segundo golo, depois de mais uma desmarcação soberba de Vítor Ferreira, irremediavelmente comprometida por uma péssima recepção. Manafá tem velocidade, tem vertigem pela baliza contrária, mas falta-lhe lucidez, perdendo jogadas umas atrás das outras. Mbemba hoje esteve desastrado, Romário frágil no choque, Loum lento e complicativo, Marega o trapalhão do costume e Luís Díaz demasiado individualista e inconsistente.

Com estas performances era impossível fazer melhor. Só com as entradas de Nakajima, Soares e Corona, a qualidade do futebol subiu uns pequenos furos, mas não os suficientes para garantir a vitória, apesar de algumas boas tentativas finais.

O Académico de Viseu, face a tudo isto não teve grandes dificuldades em construir um resultado positivo, aproveitando a única oportunidade de fazer golo e evitando mais um ou dois na sua baliza, com o mérito dos seus jogadores.

Da terceira equipa em campo, a da arbitragem nem é bom falar. É que falar de arbitragem em Portugal é sinónimo de chafurdar na lama, na incompetência, na suspeição, ou melhor nos factos que a justiça desportiva e criminal teimam em ignorar. 

Dito isto, ficou por assinalar mais uma grande penalidade descarada, que nem o Carlos Xistra, VAR deste encontro quis considerar. PARABÉNS PELO BELO SERVIÇO EM PROL DE UM FUTEBOL RASCA.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

TRADIÇÃO CUMPRIDA COM GOLEADA

















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























Num jogo em que o mais importante era vencer, o FC Porto foi ao Bonfim cumprir a tradição (não perde desde 1983), desta vez com goleada, sem margem para qualquer dúvida.

Sérgio Conceição deixou Marega e Romário Baró no banco, apostando no regresso de Otávio (livre do castigo) e Luís Díaz, relativamente ao jogo anterior.

























Destas opções resultou uma alteração do sistema de jogo, com Corona colocado nas costas de Soares, reforçando o meio-campo (4x2x3x1) recorrendo com isso muito menos  aos lances em profundidade, antes privilegiando um futebol de apoio e elaborado. Esta dinâmica obrigou o Setúbal a recuar as suas linhas sem praticamente possibilidades de partir com consistência para o ataque.

Não fora as deficiências na definição e no remate dos jogadores portistas e o marcador poderia ter funcionado muito mais cedo e de forma repetida. De resto, os Dragões conseguiram vulgarizar a equipa sadina, fazendo-a cometer uma série de erros primários geralmente mal aproveitados.

Mas como diz o ditado, água mole em pedra dura tanto bate até que fura e à passagem do minuto 38, na sequência de um livre cobrado por Sérgio Oliveira, Corona abriu o activo com um remate pronto e certeiro, desbloqueando o marcador.

Depois foi manter a disposição e aproveitar melhor as oportunidades. Seis minutos depois (44'), Alex Telles dilatou o marcador com uma decidida entrada na área e remate a condizer.

A segunda parte abriu quase com o terceiro golo portista. Wilson Manafá transportou a bola desde a sua área, combinou em tabela com Otávio, lançando de seguida para a área a solicitar a entrada de Soares que beneficiou da deficiente tentativa de corte de Artur Jorge, antecipando-se ao guardião contrário e atirando depois para a baliza deserta (48').

A vencer por 3-0, a equipa portista baixou o ritmo, aqui e ali também a concentração e passou para uma dinâmica de controlo do resultado e do esforço. A partida tornou-se algo desinteressante, mas ainda assim com alguns lances mal aproveitados  para somar mais golos.

O marcador acabaria por funcionar uma derradeira vez, aos 91 minutos, por Luís Díaz, após jogada bem construída.

Vitória insofismável da melhor equipa sob o terreno.




quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

RANKING GOLEADORES PORTISTAS

Regresso hoje a esta rubrica para enquadrar os atletas do plantel actual na respectiva tabela, devidamente actualizada no que diz respeito à posição, número de jogos, de golos e média de golos por jogo.











































O destaque vai obviamente para Tiquinho Soares, que com os seus 15 golos nesta temporada, subiu ao 27ª lugar, ultrapassando nomes como Azumir e Benny Mccarthy (59 golos), Drulovic (58), Mike Walsh (56) e Flávio (53), entre outros famosos.

A sua média (0,5) está no mesmo nível de goleadores como Hernâni, Hulk, Abel e Madjer, entre outros, mas ainda muito longe da melhor média (0,9), que continua a pertencer a Correia Dias (1941/42 a 1948/49). 

Fernando Gomes, o melhor goleador portista de todos os tempos, lidera este ranking com 354 golos em 455 jogos, com a média de 0,8 golos/jogo.

Soares está agora a 16 golos de entrar no TOP-20.

REGRESSO ÀS VITÓRIAS
















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























No regresso à Liga NOS, o FC Porto regressou também às vitórias, hoje frente ao Gil Vicente, equipa que, recordamos, nos impôs a primeira derrota da temporada (2-1 em Barcelos).

Este jogo era aguardado com alguma expectativa, não só pelas derrotas frente ao Braga, como também pelas declarações algo polémicas do treinador Sérgio Conceição, logo após a final da Taça da Liga.

A primeira constatação de alguma falta de união de que se queixou então, verificou-se na reduzida afluência de público no Dragão, certamente numa manifestação de desagrado com as recentes exibições da equipa mas também com tais declarações que terão caído muito mal no seio dos adeptos portistas. Se há treinadores que não se podem queixar de falta de apoio, Sérgio Conceição é um deles, isto obviamente se tais críticas se dirigiram também a esses (nos quais me incluo).

Uma equipa de topo, como é a do FC Porto, não se pode nem se deve deixar arrastar para uma fase de depressão quando as coisas lhe correm pior, mesmo que os seus apaniguados não demonstrem a solidariedade de que gostariam, o que nem sequer parece ter sido o caso. Lá porque o Estádio não apresenta a moldura entusiasmante de outras alturas da época, não será razão para mais uma primeira parte tão medíocre.

Mas vamos por partes. Sérgio Conceição teve de mexer no onze inicial, em função do castigo de Otávio e da lesão de Danilo Pereira. Foi porém mais além. Diogo Costa e Luis Díaz foram para o banco, somando assim 4 alterações, em relação ao jogo anterior na Pedreira. Marchesín, Wilson Manafá, Uribe e Romário Baró foram os eleitos.


























A entrada portista parecia prometer um jogo bem conseguido, mas depois de cerca de 10 minutos de futebol razoável, os Dragões desataram a acumular uma série de irritantes erros primários, capazes de fazer desesperar o mais pacato dos espectadores.  Aos 6 minutos Sérgio Oliveira rematou forte mas a bola saiu-lhe muito alta e só aos 30 minutos se pode ver novo remate, agora de Romário Baró, mas com a mesma direcção.

O Gil Vicente, perante tal mediocridade começou a acreditar que era possível fazer mossa e aos 36 minutos deu o primeiro sinal. Sandro Lima apareceu solto na esquerda, invadiu a área portista e rematou forte, obrigando Marchesín a uma defesa de recurso, enquanto os portistas insistiam nos remates para a bancada!

Quase em cima do intervalo, num contra-ataque bem gizado, depois de uma péssima intervenção de Marcano, ainda longe da sua área, o mesmo Sandro Lima correspondeu a um cruzamento de direita cabeceando sem qualquer tipo de oposição (Mbemba deixou o adversário bem solto nas suas costas), com Marchesín a colaborar, deixando a bola escapar-se para as suas redes.

Não fora a pronta reacção dos jogadores azuis e brancos e outro galo cantaria. Na resposta, Uribe cruzou para a área contrária onde apareceu Marcano a cabecear com êxito, redimindo-se de alguma forma da falha anterior.

Depois do intervalo, os Dragões apareceram mais concentrados e a praticar um futebol mais condizente com o seu estatuto, ainda assim longe do que se lhe é exigido. Foi mais dominador, mais consistente, algumas vezes mais lúcido e obviamente mais desperdiçador.

O belo golo de Sérgio Oliveira (57') a concretizar uma boa jogada ofensiva foi o mote para este período, que poderia ter rendido mais golos. O jovem Vítor Ferreira, entrado aos 61 minutos a render Manafá, depois de um excelente trabalho de pés, atirou com muita intencionalidade, mas a bola foi embater no corpo de um defensor minhoto, evitando novo golo na sua baliza.

Aos 70 minutos o Gil Vicente dispôs de mais uma boa oportunidade de empatar, mas felizmente o remate saiu defeituoso. O empate nessa altura seria bastante injusto.

Dois minutos depois João Afonso foi finalmente expulso por falta grosseira sobre Uribe. Viu o 2º cartão amarelo e o respectivo vermelho. O árbitro Rui Oliveira devia ter-lhe admoestado vinte minutos antes, quando pisou ostensivamente Romário Baró, mas nem falta marcou. Critérios ou falta deles?

A jogar em superioridade numérica e a vencer, a equipa portista entrou numa toada de gestão do jogo, do resultado e do esforço.

Vitória justa num jogo de duas faces mas ainda muito mal jogado.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

RANKING GOLEADORES PORTISTAS













CASAGRANDE - GOLEADOR Nº 309

Apontou 2 golos em 9 participações oficiais com a camisola do FC Porto, durante a temporada de 1986/87, única ao seu serviço.

Walter Casagrande Júnior, nasceu no dia 15 de Abril de 1963, em São Paulo, Brasil.

Começou a sua carreira de futebolista no Corinthians em 1980 como avançado. Dotado de um carácter algo conflituoso e apreciador da noite, o jovem atleta brasileiro foi semeando desentendimentos ao ponto de ter sido «empurrado» por empréstimo para o modesto Caldense.

Regressou no ano de 1982 um pouco mais estável mas sempre com mentalidade vanguardista e boémia. Voltou a ser emprestado em 1984 ao São Paulo onde só esteve um ano, regressando ao clube de origem.

Apesar do seu histórico de problemas, o disciplinador técnico da selecção nacional, Telê Santana, não hesitou em o convocar para a fase final do Campeonato do Mundo de 1986, disputado no México.

Aproveitando a visibilidade que esse torneio proporciona, Casagrande aproveitou para se transferir para a Europa, vindo jogar para o FC Porto, sob a orientação de Artur Jorge.

























A sua estreia oficial aconteceu no dia 11 de Janeiro de 1987, no Estádio das Antas, frente ao Vitória de Guimarães, em jogo da 17ª jornada do Campeonato nacional, com empate a dois golos. Casagrande foi o autor do último golo da partida aos 66 minutos, restabelecendo a igualdade.

Voltaria a marcar sete dias depois (18.01.1987), novamente na Antas, frente ao Samora Correia, em jogo dos dezasseis-avos-de-final da Taça de Portugal, na goleada portista, por 5-0, concretizando o 2º golo, aos 46 minutos.

O internacional brasileiro não foi muito utilizado até porque acabou por contrair uma lesão grave que o afastou durante longos dias.

Esteve em apenas 12 convocatórias, 4 das quais como titular (3 a tempo inteiro e 1 substituído), 8 como suplente (5 utilizado e 3 não utilizado).









No final da temporada transferiu-se para Itália, servindo o Ascoli (1987/88 a 1990/91) e Torino (1991/92), regressando depois ao seu país para representar o Flamengo (1993), Corinthians (1994), Paulista (1995) e AA São Francisco (1996).


Palmarés ao serviço do FC Porto (1 título):

1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (1986/87)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Zeroazero.pt

sábado, 25 de janeiro de 2020

SORTE BAFEJOU A EQUIPA MAIS AUDAZ
















FICHA DO JOGO






























SISTEMAS TÁCTICOS



























Mais uma temporada e mais uma Taça da Liga perdida! Hoje frente à equipa da casa, o SC Braga, com um golo obtido no último lance da partida, algo fortuito mas a bafejar a equipa que melhor futebol apresentou sob o relvado.

O técnico portista continuou sem poder utilizar o trio de lesionados Pepe, Nakajima e Zé Luís e fez apenas uma alteração no onze titular, relativamente ao jogo anterior. Danilo Pereira reapareceu após lesão, remetendo para o banco Uribe.

























A equipa minhota entrou forte no jogo e criou as duas primeiras oportunidades de marcar, assente num futebol adulto, clarividente, consistente, com cada um dos atletas a desempenhar com competência e raça a tarefa delineada pelo seu técnico.

Ao contrário, a equipa do FC Porto mostrou-se complicada, sem critério, com futebol de pontapé para a frente, sem ligação, com visíveis limitações técnicas de grande parte dos seus jogadores, a falharem passes, uns atrás dos outros, recepções de bola deficientes a estragarem as raras jogadas mais lúcidas e incapacidade para criar com consistência.

Foram cerca de 15 minutos de banho de bola a que se seguiu um período de alguma rectificação portista. Luis Díaz, por volta dos 17 minutos fez o primeiro remate perigoso e aos 38 minutos os Dragões dispuseram da mais clara oportunidade de golo, em dose dupla. Corona levou a bola até à cara de Matheus mas rematou um tanto displicentemente contra o guarda-redes e na recarga Soares que tinha tudo para fazer o golo atirou forte à barra, quando o lance pedia apenas o desvio para as redes!

O jogo ficou mais equilibrado até ao intervalo e por isso o empate até se justificava, ainda que devesse ser por 2-2, em vez do nulo.

Na segunda metade o nível futebolístico baixou, muito por culpa da menor qualidade apresentada pela equipa da casa, já que os azuis e brancos mantiveram a mediocridade que evidenciaram no primeiro tempo, resultando num jogo pouco interessante.

Só na parte final da partida, o SC Braga foi mais ameaçador, abeirou-se com alguma intensidade da área portista, enviou uma bola à barra e no último lance da partida foi feliz e concretizou a vitória, num golo em que Ricardo Horta beneficiou de um ressalto, ficando em posição privilegiada para finalizar, desfazendo a igualdade e evitando a crueldade do desempate na linha dos onze metros, onde o mais provável seria mais uma humilhação dos nossos atletas.

A vitória bracarense assenta perfeitamente à equipa que melhor futebol explanou no relvado.

Para o FC Porto fica a frustração de mais um título perdido e a segunda derrota contra o Braga em apenas oito dias. É caso para dizer que Sérgio Conceição não aprendeu grande coisa com o primeiro desaire.