segunda-feira, 8 de julho de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 11












CARLOS DUARTE - Goleador Nº 11

Apontou 94 golos nos 228 jogos disputados durante as 12 épocas ao serviço do FC Porto (1952 a 1964).

Carlos Domingos Duarte nasceu no dia 25 de Março de 1933, em Nova Lisboa, Angola. Chegou ao FC Porto na temporada de 1952/53 e por lá ficou até 1963/64.

Futebolisticamente caracterizava-se por ser um clássico extremo-direito que aliava à velocidade um drible curto e estonteante, quase sempre em direcção à baliza adversária e ainda ao seu poder de remate fácil, espontâneo e muitas vezes certeiro. Ficaram na memória dos portistas desse tempo as excelentes combinações com Hernâni, quase sempre pela ala direita, cumplicidade que encantava os adeptos do futebol espectáculo.






















A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 12 de Outubro de 1952, na 3ª jornada do Campeonato Nacional, jogada no Campo dos Arcos, em Setúbal, frente à equipa local, o Vitória FC, com derrota portista por 3-0.

No seu longo percurso com a camisola azul e branca, Carlos Duarte ajudou na conquista de 2 títulos de Campeão Nacional e outros tantos na Taça de Portugal.

O doce sabor da vitória aconteceu pela primeira vez na temporada de 1955/56, sob o comando técnico do treinador brasileiro Dorival Yustrich, fazendo a saborosa dobradinha com a vitória na Taça de Portugal, ao derrotar na final o União Torreense, por 2-0. Em 1957/58 bisou na conquista da Taça de Portugal com um triunfo sobre o SL Benfica, por 1-0. Finalmente, em 1958/59, nova vitória no Campeonato Nacional, com Bela Guttman como treinador.

















Teva ainda a possibilidade de representar a Selecção Nacional por sete vezes, com estreia em 21 de Novembro de 1953, em Lisboa, frente à África do Sul. Marcou o único golo de Portugal, no Estádio de Wembley, frente à congénere inglesa, na derrota por 2-1.

Depois de deixar o FC Porto jogou ainda no Deportivo La Coruña e finalmente no Leixões SC onde sofreu uma grave lesão que lhe antecipou a retirada.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
2 Campeonatos Nacionais (1955/56 e 1958/59)
2 Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

sábado, 6 de julho de 2013

GALAS DA LIGA - SORTEIO DO CALENDÁRIO E ENTREGA DE PRÉMIOS






















Em cerimónia realizada na passada Quinta-feira, no Salão Árabe do Palácio da Bolsa do Porto, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), procedeu ao sorteio das competições, com destaque naturalmente para a calendarização da Liga Zon Sagres 2013/2014.

RESULTADO DO SORTEIO






















O FC Porto vai estrear-se no Bonfim e termina o Campeonato no Dragão frente ao clube do regime.

Mais tarde, no mesmo dia, realizou-se a Gala dos Prémios Oficiais de 2013 que teve como palco a Tenda Vip, da Praça Gonçalves Zarco (ao Castelo do Queijo), onde foram homenageados os atletas e treinadores que se destacaram ao longo da época 2012/13.














Helton recebeo o prémio de melhor guarda-redes, Jackson Martinez, o de melhor marcador e Vítor Pereira o de melhor Treinador.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

EQUIPAMENTOS 2013/14



Foram apresentados, de uma forma inédita, os novos equipamentos para a época 2013/14. Associando-se ao «Trafaria Praia», pavilhão flutuante de Portugal na 55ª Bienal de Veneza, o FC Porto aproveitou esta montra internacional da cultura portuguesa, criada pela artista  Joana Vasconcelos, para promover a sua nova linha de equipamentos.


















A nova camisola pesa apenas 150 gramas, 23% mais leve que a anterior é a mais leve de sempre do historial portista, segundo a informação dada pela Nike.

A camisola principal, com o retorno às listas estreitas, remete-nos para a gloriosa vitória da Taça UEFA em 2003. Os autores inspiraram-se na comemoração dos 120 anos do FC Porto. O dourado nas mangas e na gola em V pretende assinalar o sucesso do clube ao longo dos anos.

A alternativa rompe definitivamente com a tendência dos últimos anos, apostando desta vez numa mistura do azul tradicional com o azul bebé, com os mesmos detalhes em dourado.

Equipamentos bonitos e inspiradores de novas conquistas!

Fontes: Site oficial do FC Porto e Jornal O Jogo.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 60

ÉPOCA DE 1964/65

A época abriu com a disputa dos 32 avos-de-final da Taça de Portugal, com a deslocação do FC Porto ao Campo do Baluarte, em Peniche, para defrontar o clube local que militava na II Divisão Nacional. O resultado foi um empate (1-1), com o golo portista marcado por... Artur Jorge. Esse mesmo que viria a comandar o futebol portista na vitória épica de Viena, em 1987.

Na segunda mão, nas Antas o Peniche não resistiu e foi goleado por 4-0. Seguiu-se depois o confronto europeu, para a Taça dos Vencedores das Taças (o FC Porto foi o representante português nesta prova, como finalista vencido, face à dobradinha conquistada pelo Benfica), no Estádio das Antas frente aos franceses do Lyon. Tratava-se do 9º jogo para as competições europeias, onde o FC Porto não conseguira ainda qualquer vitória. O máximo que tinha conseguido foram dois empates, um em Outubro de 1962, em Zagreb, contra o Dínamo (0-0) e o outro, em Outubro de 1963, nas Antas, frente ao Atlético de Madrid (0-0) e em ambos os casos não evitaram a eliminação.

Pois ao 9º jogo, os azuis e brancos arrancaram a primeira vitória europeia! Três golos sem resposta! Américo, Festa, Almeida, Joaquim Jorge, Rolando, Paula, Jaime, Custódio Pinto, Valdir, Carlos Baptista e Nóbrega, foram os escolhidos por Otto Glória para esse jogo memorável. Custódio Pinto (37' e 72') e Carlos Baptista (61') foram os marcadores de serviço. Na semana seguinte, para a segunda mão, em Lyon, os portistas voltaram a vencer, desta vez por 0-1, com algumas alterações na equipa que alinhou com Américo, Festa, Almeida, Atraca, Rolando, Paula, Rico, Carlos Baptista, Valdir, Custódio Pinto e Nóbrega. O golo foi apontado por Valdir (89'), garantindo a passagem, pela 1ª vez, à segunda eliminatória.

Sobre este assunto, aconselho vivamente a visita a este link, do blogue Memória Portista, do Amigo Armando Pinto.

Ainda antes do Campeonato nacional começar, os azuis e brancos tiveram que discutir com o Benfica, os 16 avos-de-final da Taça de Portugal. Jogado em duas mãos, o FC Porto acabaria afastado da prova, depois da derrota por 4-1, na Luz, resultado que não conseguiu reverter nas Antas, onde não foi além de um empate (1-1).

No Campeonato Nacional os dragões começaram a ceder pontos atrás de pontos, com um início deplorável. Nas primeiras 9 jornadas já tinha desperdiçado 10 pontos, hipotecando logo à nascença qualquer possibilidade de chegar ao ambicionado título.

Entretanto para trás tinha ficado também a eliminação na Taça das Taças, numa eliminatória muito renhida, contra os alemães do Munique 1860 (derrota nas Antas por 0-1 e empate em Munique por 1-1).

Reduzidos ao Campeonato, os azuis e brancos começaram a engrenar e a recuperar na classificação, conseguindo nove vitórias em dez jogos. Mas no final, não mais que o segundo lugar resultante de 26 jogos, 17 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 47 golos marcados, 27 sofridos e 37 pontos, menos 6 que o campeão nacional, o clube do regime.

O treinador brasileiro Otto Glória teve ao seu dispor o seguinte plantel, por ordem de utilização no conjunto das três provas (CN,TP e TT): Nóbrega (34 jogos), Custódio Pinto (32), Rolando (31), Atraca (30), Festa (26), Paula (25), Valdir (20), Almeida (19), Américo (17), Rui (17), Miguel Arcanjo (16), Carlos Manuel (15), Carlos Baptista (14), Naftal (14), Joaquim Jorge (10), Artur Jorge (6), Vasconcelos (6), Daniel (3), Bernardo da Velha (2), Rico (2), Romeu (2), Silva (2), Domingos (1) e Sucena (1).

UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS DESSA ÉPOCA  






















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Rui, Almeida, Festa, Atraca, Paula, Rolando e Américo; Em baixo, pela mesma ordem: Jaime, Carlos Manuel, Naftal, Custódio Pinto e Nóbrega

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Base de dados actualizado de Rui Anjos

quarta-feira, 3 de julho de 2013

DRAGÃO CATEDRÁTICO - SABIA QUE...
















... O FC Porto foi um dos dois clubes fundadores da Associação de Futebol do Porto?


Em 3 de Março de 1912, o FC Porto convidou o Leixões para uma reunião na secretaria da Rua de Antero de Quental, com o objectivo de criar a Associação de Futebol do Porto.

Presentes estiveram dois delegados azuis e brancos (João Gonçalves da Cal e Joaquim Pereira da Silva) e dois delegados do clube matosinhense. Após a elaboração dos regulamentos, oficiaram os outros clubes e marcaram nova reunião para 10 de Agosto, dia em que finalmente foi fundada a Associação de Futebol do Porto e realizada a sua primeira assembleia geral. O FC Porto foi representado pelo seu presidente, João Leite de Faria.

Fonte: História Oficial do FC Porto - Histórias de uma primeira vez, de Alfredo Barbosa

terça-feira, 2 de julho de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 60

ÉPOCA 1963/64

A transferência de Serafim para o Benfica fora a nota dominante do defeso. O atleta portista tornou-se no primeiro milionário do futebol português. Recebeu mil contos por um contrato de três anos, 50 contos de luvas e quatro mil escudos de ordenado.

Nos cofres portistas entrou a interessante verba de mil e quinhentos contos pela cedência do passe.

O técnico Janos Kalmar não resistiu muito tempo. Afastado de novo à primeira, na Taça das Cidades com Feira, pelo Atlético de Madrid (derrota 2-1, em Madrid e empate 0-0, nas Antas) e três pontos perdidos nas primeiras quatro jornadas do campeonato, foram as razões principais da sua dispensa, nos primeiros dias de Novembro de 1963.

Otto Glória, sonho antigo, foi o treinador eleito. Tido como disciplinador e obcecado pelo trabalho, desde logo se fizeram sentir os seus métodos. A equipa começou a produzir melhor futebol e melhores resultados, arrancando para o ano de 1964 a apenas dois pontos do Benfica.

Mas foi Sol de pouca dura. Durante o mês de Janeiro, depois de ter ido vencer a Alvalade, o FC Porto cedeu surpreendentemente no Barreiro, onde foi derrotado pela Cuf, a dois minutos do fim. Derrota que terá abalado a confiança da equipa dando origem a um empate em Olhão, colocando a equipa a cinco pontos do líder. No final lá teve de se contentar com mais um segundo lugar. 26 Jogos, 16 vitórias, 8 empates, 2 derrotas, 51 golos marcados, 20 sofridos (melhor defesa do campeonato) e 40 pontos, menos 6 que o Benfica.

Na Taça de Portugal o comportamento foi bastante positivo, pois o objectivo de chegar ao Jamor foi de novo conseguido.

Pelo caminho ficaram Lões de Santarém, da II Divisão, o Leixões, o V. Guimarães e a Cuf, todos da I Divisão. Nas meias-finais tocou-lhe o Lusitânia dos Açores que acabou por desistir da prova, tendo o FC Porto passado automaticamente à final, para defrontar o Benfica.

O FC Porto apresentou a seguinte equipa: Américo, Festa, Joaquim Jorge, Carlos Baptista, Paula, Jaime, Hernâni, Azumir, Pinto e Nóbrega.

Os golos portistas foram marcados por Pinto (2-1) e Carlos Baptista (4-2)

Final polémica com alguns casos, muito sururu e claro, vitória confortável (6-2) da equipa do regime.

Otto Glória indignado não foi parco nas palavras: "O árbitro anulou todo o esforço de uma região".

Do plantel faziam parte os seguintes atletas: Américo e Rui (guarda-redes); Festa, Joaquim Jorge, Miguel Arcanjo, Mesquita, Almeida, Atraca Vasconcelos, Paula, Custódio Pinto, Jaime, Hernâni, Azumir, Carlos Duarte, Nóbrega, Romeu, Valdir, Jorge Gomes, Rolando, Rico e Naftal

FOTO DE UMA DAS EQUIPAS POSSÍVEIS NESSA ÉPOCA




















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Atraca, Custódio Pinto, Festa, Paula, Almeida e
Américo; Em baixo, pela mesma ordem: Carlos Duarte, Jaime, Valdir, Romeu e Nóbrega


OUTRA AINDA






















Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Paula, Festa, Joaquim Jorge, Almeida, Rolando e Américo; Em baixo pela mesma ordem: Jaime, Hernâni, Azumir, Custódio Pinto e Nóbrega


Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Jornal A Bola

segunda-feira, 1 de julho de 2013

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 10












MONTEIRO DA COSTA - Goleador nº 10

Apontou 96 golos nos 328 jogos disputados, durante as 13 épocas ao serviço do FC Porto.

António Henrique Monteiro da Costa nasceu no dia 20 de Agosto de 1929, em São Paio de Oleiros, no concelho de Santa Maria da Feira. Representou o Sp. Espinho e a Oliveirense, ingressando no FC Porto na temporada de 1949/50, completava então 21 anos de idade.

Atleta de boa compleição física e um «pulmão» extraordinário, percorria todos os cantos do relvado sempre com a mesma facilidade e disponibilidade. Era um jogador polivalente que ocupou quase todas as posições. Foi ponta-de-lança, interior, extremo, médio, defesa lateral e defesa central.






















Combativo, destemido e possante, Monteiro da Costa nunca virava a cara à luta, disputando cada lance com evidente determinação, virilidade, às vezes até a roçar a dureza, mas sempre sem maldade.

A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia  9 de Outubro de 1949, na 1ª Jornada do Campeonato Nacional, jogada no Campo da Constituição, frente ao Elvas, com vitória portista por 1-0, então sob a orientação técnica de Augusto Silva.

Ostentou a braçadeira de capitão de equipa durante alguns anos, tornando-se num dos mais carismáticos da história do Clube. Actuou nas equipas excepcionais que, nos anos 50, ganharam dois Campeonatos nacionais e 2 Taças de Portugal.

















Terminou a sua carreira de futebolista na temporada de 1961/62, onde só disputou 1 jogo. Foi precisamente no dia 15 de Outubro de 1961, no Campo de Santana, em Matosinhos, frente ao Leixões, em jogo da 3ª Jornada do Campeonato Nacional, que terminou empatado a zero.

Vestiu a camisola da Selecção nacional principal por 4 vezes, estreando-se em 23 de Novembro de 1952, num jogo de carácter particular, disputado no Estádio das Antas, frente à Áustria  com um empate por 1-1.

Jogador voluntarioso foi de uma entrega e dedicação inexcedíveis. Após a carreira de futebolista, nele perdurou a disponibilidade para ajudar o FC Porto. Em momentos difíceis da equipa aceitou comandá-la como treinador (em parte das épocas 1974/75 e 1975/76).

Monteiro da Costa foi um dos mais versáteis futebolistas azuis e brancos, de sempre, um exemplo de «amor à camisola», um coração portista e uma grande glória do Clube.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
2 Campeonatos Nacionais (1955/56 e 1958/59)
2 Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e European National Football Teams Matches.