FICHA DO JOGO
SISTEMA TÁCTICO
A crise no FC Porto está instalada e ao que parece para durar. Agora, os dragões estenderam a veia da derrotista até própria casa, somando a quarta consecutiva, igualando uma marca que já contava 60 anos. E esta heim?
Com José Tavares no banco como treinador interino, o onze titular apresentou 4 alterações, relativamente à derrota anterior, frente ao Gil vicente. Tiago Djaló, Alan Varela, Rodrigo Mora e Pepê foram os eleitos, deixando de fora Otávio Ataíde, Stephen Eustaquio, Fábio Vieira e Danny Namaso.
Depois das três derrotas anteriores, Gonçalo Borges e João Mário vieram a público afirmar que o plantel necessitava de homens para encarar as dificuldades.
A verdade é que realmente quem vê esta equipa a jogar fica mesmo com a convicção que se trata de um conjunto de criancinhas a dar os primeiros pontapés na bola, tal a displicência, a falta de concentração, a falta de critério e lucidez, que deixam o mais apaixonado pelo jogo e pelo clube num autêntico desespero.
Hoje voltou a ser assim. Que dizer de uma cavalgada de João Mário, pela direita a deixar dois adversários no chão para à entrada da área entregar a um defesa contrário? ou atirar a bola contra o seu opositor de forma constante? ou cruzar sempre para o pior sítio? Que dizer das constantes paragens de contra ataque, promovidas por Nico González, com companheiros bem colocados para receberem passes que não acontecem? Que dizer de recepções consecutivamente defeituosas de Samu? Que dizer das trapalhadas e estorvos entre eles, como aconteceu num remate de Néhuen Pérez, com mais dois elementos portistas? ou do lance do golo sofrido com Zé Pedro a ser estorvado por Pérez, o Fábio a recuar em camara lenta, já para não falar de Galeno a assistir com toda a calma enquanto recuava a passo de caracol? Que dizer dos passes constantes para trás e para os lados, entre os defesas? Enfim!
Isto só pode ser brincadeira pegada. Estes matrecos acham que estão na feira popular a divertirem-se no carrossel da derrota.
O presidente, o tal da cadeira de sonho, está a sentir a cadeira a virar pesadelo. Afirmou que é necessário trabalhar mais! Trabalhar mais? Assim fico com a ideia que os treinos são a brincar, o que começa a fazer algum sentido.
Eu entendo que a solução é antes trabalhar melhor, com mais qualidade, mais competência, mais empenho, mais disciplina, mais rigor.
E não me venham com a desculpa que o plantel é fraco. Eu sou do tempo em que o mestre José Maria Pedroto, montava equipas competitivas com meia dúzia de matrecos.
Só nos resta aguardar que a feira popular encerre as portas. Que chegue alguém capaz de fazer crescer as criancinhas, de lhes insuflar confiança, organização, critério, lucidez, profissionalismo, disciplina, paixão e ambição.
Demora muito?
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