FICHA DO JOGO
Depois de eliminado da Taças, de Portugal e da Liga, o FC Porto deslocou-se à Madeira para concluir o jogo frente ao Nacional que havia sido interrompido devido ao nevoeiro, aos 14 minutos e 30 segundos, do passado dia 3 de Janeiro.
Tinha a possibilidade de passar a liderar a classificação, em caso de vitória, face aos resultados dos rivais. As declarações de treinador e de alguns atletas apontavam para o desejo do assalto ao primeiro lugar, mostrando uma prova de força.
Para tanto seria necessário encarar o jogo de forma profissional, séria, carregada de determinação, ambição, paixão, competência, rigor, organização, criatividade e muita chama de dragão.
Tudo isto não passou de uma mera ilusão. A frustrante realidade mostrou o contrário de tudo isto. Dir-se-ia que o nevoeiro não regressou ao estádio da Choupana, mas invadiu de forma ainda mais espessa a mente da equipa do FC Porto, tal a mediocridade da exibição patenteada, que justifica a derrota mais que merecida.
Exibição imprópria de quem se diz candidata ao título nacional, único troféu que ainda seria legítimo ambicionar, se este plantel fosse credível.
O onze titular apresentado desta vez, sofreu uma alteração, relativamente ao que iniciou o jogo no dia 3. Vasco Sousa surgiu no lugar do lesionado Alan Varela. Os regulamentos permitiram esta alteração sem que fosse considerada substituição.
A foto da equipa é a do onze titular que se apresentou no dia 3, a única captada naquele estádio, uma vez que o jogo de hoje começou com bola ao solo e o cronómetro a marcar 14 minutos e 30 segundos de jogo.
Péssimo recomeço da equipa portista que entrou algo alheia, completamente despassarada e a permitir o golo na sua baliza, dois minutos e meio após.
Nem este aviso a conseguiu acordar, mantendo a toada desinspirada, incapaz de ligar jogo, gizar uma jogada com princípio, meio e fim, de conseguir sequer enquadrar um remate com a baliza, enfim uma pobreza deplorável não admissível nem mesmo a equipas de amadores.
Este desacerto confrangedor acabaria por ter nova consequência com o segundo golo do Nacional, ainda antes do intervalo, mais precisamente aos 44 minutos, já Vítor Bruno tinha trocado Martim Fernandes por João Mário, por lesão e Pepê por Danny Namaso.
O segundo tempo tinha inevitavelmente de trazer melhorias, pois não seria desculpável que a equipa mantivesse o nível bem baixo com que foi para os balneários.
Os dragões regressaram com outra disposição, mas ainda com demasiados equívocos, muitos desacertos e muita ineficácia nos remates, que finalmente tiveram lugar. Foi uma segunda parte com algum desespero, algum coração e nenhuma cabeça, a justificar uma derrota justa.
O FC Porto continua no segundo lugar a um ponto do Sporting e com mais dois que o Benfica, ao fim da primeira volta. Nada estaria perdido se a equipa desse sinais positivos, mas pelo andar da carruagem não tardará a vir por aí abaixo.
A ver vamos, mas é caso para perguntar: A jogar desta forma somos candidatos? de quê?
Sem comentários:
Enviar um comentário