segunda-feira, 3 de junho de 2024

BALANÇO DA TEMPORADA 2023/24 - PARTE IV

 CAMPEONATO NACIONAL (LIGA PORTUGAL BETCLIC)

A temporada tornou-se complicada, por um conjunto de factores que funcionaram como bloqueio ao bom rendimento da equipa do FC Porto. Os internos e os externos. 

Nos primeiros, destaques para a saída de dois jogadores fulcrais (Uribe e Otávio) e a dificuldade para contratar substitutos que assegurassem um rendimento similar; para a lesão de Marcano, na 5ª jornada, que o fez perder a temporada; para as lesões de Pepe e Zaidu, que obrigaram Conceição a promover Zé Pedro e João Mendes, da equipa B; para a perda de Taremi para participar na Taça Asiática; para o afastamento de Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez, em Abril; para o efeito das eleições no Clube e SAD, efectuadas também em Abril.

Nos externos, destaque para o comportamento deplorável das equipas de arbitragem e da sua cúpula, a APAF, numa temporada em que só os dois primeiros classificados se qualificavam para a Champions League (o primeiro de forma directa e o segundo com a eventualidade de ter de jogar uma pré-eliminatória), mas também com um aumento significativo das verbas a distribuir; para a campanha odiosa da Comunicação Social da capital.

Cedo se percebeu que os objectivos portistas estavam condenados ao fracasso. Para levar a nau a porto seguro seria necessário construir uma equipa muito mais forte que a dos adversários, capaz de vencer os mesmos mais as arbitrariedades, as incompetências e obviamente as conveniências de alguns (bastantes) figurantes que inquinam sucessiva e impunemente a verdade desportiva a seu belo prazer e conveniência.

Ora o FC Porto, tem vindo a debater-se na última década com graves dificuldades financeiras, que obrigam a ter de ceder as suas principais estrelas, algumas delas a custo zero,  estes apenas e só para explorar até ao tutano o rendimento desportivo e por consequência vivido também com a incapacidade de ir ao mercado apetrechar-se com aquisições de peso. Tudo isto, fruto de uma administração financeira caótica, para ser simpático.

Longe da bitola exibicional que, ainda assim, lhe era exigido, o FC Porto venceu as primeira três jornadas, todas por 2-1, a patentear já as dificuldades para ultrapassar os blocos baixos que as equipas adversárias lhe iam impondo.

Se nas três jornadas iniciais já tinha havido mosquitos por corda, nas actuações dos apitadores, na quarta foi demais. Os Dragões receberam o Arouca e empataram o jogo com decisões francamente piscarescas e inéditas, uma das quais decidida por telemóvel! E esta heim? Obviamente em prejuízo do FC Porto.

O FC Porto abanava e à 7ª jornada caiu mesmo, na Luz, não só à custa do seu desempenho sofrível como também da incompetência (!?) de um tal Pinheiro, que de apito na boca, soprou como lhe apeteceu, alguma vezes à margem dos regulamentos.

Seguiram-se duas vitórias (Portimonense e Vizela) e nova derrota, frente ao Estoril em pleno Dragão (0-1), numa exibição confrangedora que teve até um penalti a favor desperdiçado.

Três vitórias depois e nova derrota, agora em Alvalade (2-0), justa pelo menor acerto e com expulsão de Pepe, ingénuo a responder a provocação de Matheus Reis (51').

O ano de 2023 fechou com a vitória sobre o Chaves (1-0), com mais uma arbitragem inacreditável de um tal de Gustavo Correia. 

David Carmo e Fran Navarro, face à desilusão de rendimento, seguiram para a Grécia e Otávio Ataíde foi contratado ao Famalicão.

A partir de Janeiro 2024, as arbitragens tornaram-se ainda mais agressivas e despudoradas contra o FC Porto. Vingança pela denúncia dos e-mails que tardam a ser julgadas ou estratégia para colocar os Dragões fora da luta dos dois primeiros lugares? Se calhar ambas.

Os empates no Bessa e em casa frente ao Rio Ave, então foi um fartar vilanagem.  A equipa tinha alterado o seu esquema táctico com a perda de Taremi para a Taça Asiática, optando por um 4x3x2x1, com Pepê atrás de Evanilson, Francisco Conceição e Galeno projectados nas alas, mas se as exibições  melhoraram a eficácia goleadora nem por isso, pelo que a acção nefasta das arbitragens ganhou maior preponderância.

A jornada 21 ficou marcada por nova derrota, em Arouca (3-2), desta vez principalmente por responsabilidade própria, ainda que tenha ficado por marcar uma grande penalidade sobre Galeno.

Jornada 23, nova perda de pontos com um empate em Barcelos a castigar a falta de pontaria nos remates. Se a luta pelo título era difícil, passou a ser uma miragem.

Três vitórias concretizadoras (12 golos a favor contra 1) se seguiram, com uma goleada 5-0 ao Benfica, não foram suficientes para elevar a moral da rapaziada, pois a visita ao Estoril e a recepção ao Vitória redundaram em outras tantas derrotas em exibições menos conseguidas e muito influenciadas pelos apitadores António Nobre e Fábio Veríssimo. Três expulsões (Diogo Costa, Francisco Conceição e Pepê, frente ao Estoril)  e mais uma (Pepe, contra o Vitória), para além de decisões completamente absurdas.

O estado psicológico dos jogadores portistas estava visivelmente abalado pela perseguição dos árbitros e o empate frente ao Famalicão, na 29ª jornada foi bem ilustrativa. A exibição voltou a ser frouxa e não faltou a expulsão da praxe, desta vez a Evanilson, bem merecida. O terceiro lugar na prova ganhou nova importância com Braga e Vitória a morder os calcanhares.

As últimas cinco jornadas passaram a ser fundamentais para assegurar a entrada directa na Liga Europa. Casa Pia (Fora), Sporting (Casa), Chaves (F), Boavista (C) e Braga (F) foram as lutas finais, quase todas com êxito total, menos contra os leões em que os portistas estiveram a vencer por 2-0 e no espaço de um minuto deixaram-se empatar. Destaque neste jogo para a estreia a titular do menino Martim Fernandes.






Sem comentários:

Enviar um comentário