FICHA DO JOGO
O FC Porto esteve a um pequeno passo de voltar a perder pontos, num jogo que chegou a parecer perfeitamente controlado e resolvido com a vantagem de dois golos aos 50 minutos, mas uma surpreendente intranquilidade defensiva permitiu o empate ao débil adversário, desfeita a quatro minutos do fim, por Corona, curiosamente um dos mais apagados jogadores azuis e brancos. O outro foi Brahimi.
José Peseiro não tem tido a sorte de poder contar com o mesmo quarteto defensivo dois jogos seguidos. As lesões e os castigos tem-no obrigado a modificar o onze titular, seguramente muito mais do que desejaria e o sector defensivo é o que mais tem sofrido. Isso não é bom para a sincronização de movimentos nem para o desempenho e segurança desejáveis. Mais uma vez Miguel Layún teve de ser adaptado ao centro da defesa com a companhia do jovem Chidozie, enquanto José Angel recuperou o lugar na esquerda. Na falta de Danilo Pereira, a escolha do técnico portista recaiu logicamente em Rúben Neves, manteve Herrera e a terceira posição do meio campo foi confiada a Sérgio Oliveira.
Com o pensamento exclusivo na conquista dos três pontos, os Dragões lançaram-se desde o apito inicial do árbitro à procura da vantagem no marcador perante o bloco mais baixo dos insulares. Ainda assim o golo só surgiu aos 24 minutos, numa desmarcação exemplar de Sérgio Oliveira que abriu na direita para a entrada de Maxi Pereira, que num gesto técnico perfeito e oportuno assistiu para a entrada à matador de Aboubakar que se limitou a encostar. O mérito do avançado africano foi o de acompanhar a jogada, aparecer solto de marcação na zona de finalização e não perdoar.
Até ao final da primeira parte Aboubakar teve uma boa oportunidade para dilatar o marcador, mas não foi tão eficaz.
No início da segunda parte o FC Porto voltou a entrar bastante forte e como corolário chegou aos 2-0, aos 50 minutos. Uma boa combinação entre Corona e Aboubakar, em zona frontal da área adversária, a bola sobrou para Herrera, mais descaído sobre a esquerda, recebeu e evitou um defensor e disparou certeiro, sem hipóteses de defesa. belo golo. A tranquilidade do jogo portista estendia-se também ao marcador.
Pelo decorrer da patida parecia tudo resolvido. Herrera teve até a oportunidade de fazer o 3-0, numa espectacular jogada individual, mas o remate foi contra o guarda-redes.
A equipa azul e branca adormeceu nas facilidades e teve de passar por um pesadelo perfeitamente escusado. Num lapso de seis minutos sofreu dois golos e viu a vida a andar para trás.
O jogo ficou partido, Peseiro tirou Rúben Neves e meteu Suk, numa tentativa desesperada para voltar à vantagem que acabaria por chegar, a 4 minutos dos 90, por Corona que acabou por se redimir de mais uma exibição para esquecer.
Vitória certa mas sofrida em função de desacertos nos processos defensivos, quiçá pelas constantes alterações a que o «mister» tem sido obrigado.
Um jogo sofrido mas com uma vitória justa. No entanto, foi possível observar algumas fragilidades que têm que ser corrigidas, especialmente ao nível da atitude, como foi referido pelo Herrera.
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