sábado, 19 de março de 2016

DRAGÃO INCONSEQUENTE GARANTE O ESSENCIAL
















FICHA DO JOGO





























O FC Porto manteve a tradição de vencer em Setúbal, num jogo em que entrou ameaçador, a jogar relativamente bem, mas a complicar na zona de finalização, ficando a dever a si próprio a magreza do resultado e uns minutos finais de alguma instabilidade e tremedeira, que, com alguma sorte, acabou por não ter consequências nefastas. No final ficou a sensação de uma vitória que poderia ter sido tranquila, se tivesse sido construída na base da inteligência e eficácia e se ficou pela garantia do essencial, a conquista dos três pontos.

Peseiro voltou a ter de mexer obrigatoriamente no onze titular em função das limitações conhecidas, apostando na inclusão óbvia de Martins Indi no eixo da defesa, fazendo dupla com o jovem Chidozie, proporcionando a colocação de M. Layún no seu lugar de defesa esquerdo. Danilo Pereira, outro dos regressados, foi o trinco, relegando para o banco Rúben Neves enquanto os outros dois lugares no meio campo não sofreram alteração com a manutenção de Sérgio Oliveira e Herrera. A linha avançada  manteve-se inalterável em relação aos elementos que alinharam na jornada anterior.


























Os azuis e brancos entraram bem na partida, a dominar, a construir com alguma facilidade as suas acções ofensivas e a controlar com competência as tímidas tentativas do Setúbal

A primeira jogada de perigo foi criada logo aos dois minutos e meio, numa incursão de Brahimi pela esquerda, entrando perigosamente na área, rodeado de adversários e com ângulo de remate diminuto, preferiu rematar para defesa apertada de Raeder, a bola ressaltou para a frente com Sérgio Oliveira a surgir para a recarga muito por alto.

Aos seis minutos, numa excelente jogada pelo lado direito, Maxi entrou na área, foi à linha cruzar curto para Corona, o mexicano colocou mais atrás para a entrada da área, assistindo Sérgio Oliveira, que mandou uma bomba que o guardião sadino desviou para canto.

Aos 36 minutos Brahimi conduziu a bola até perto da área, em posição frontal, assistiu para a entrada de Aboubakar, o camaronês deixou fugir a bola mas não desistiu do lance, o guarda-redes do Setúbal sacudiu para os pés do avançado portista que surpreendido com a oferta não teve a arte nem o engenho para fazer o golo, permitindo a Raeder redimir-se do erro cometido.

Era claramente o melhor período do FC Porto, com um futebol escorreito, bem trabalhado mas mal aproveitado em termos de concretização. O Vitória de Setúbal, apenas por uma vez conseguiu atirar à baliza com algum perigo, num remate bem defendido por Casillas. Fora isso e só a partir dos 17 minutos conseguiu ganhar alguns cantos mas sem conseguir criar problemas.

O golo portista surgiu em cima do intervalo por Sérgio Oliveira, à bomba. Mais uma entrada na área de Maxi Pereira, a ir à linha cruzar atrasado, Brahimi na passada rematou contra um defesa, a bola sobrou para a frente com Sérgio Oliveira a surgir rápido a disparar forte, colocado e certeiro, dando finalmente alguma justiça ao resultado, que ainda assim pecava por escasso.























No segundo tempo os Dragões surgiram menos intensos e mais complicados, mas aos 62 minutos Corona desperdiçou um excelente oportunidade de dilatar o marcador, depois de um bom trabalho dentro da área, a evitar o defesa e aplicar o remate de pé esquerdo, ao lado. A acertar com a baliza seria mais um belo golo.

Com o marcador sem mais alteração, os azuis e brancos começaram a intranquilizar-se, a perder algumas bolas e a permitir que o adversário aparecesse mais vezes perto da área portista.

Aos 86 minutos Casillas foi posto à prova, defendendo com os pés um remate intencional e já em tempo de compensação, numa jogada confusa dentro da área portista, numa altura em os Dragões já só defendiam o magro resultado, a bola rematada por Vasco Costa foi travada por Maxi na pequena área sobrando para Pacheco, que por sorte atirou para fora, perdendo a oportunidade mais flagrante do Vitória para marcar.

Ficam os três pontos preciosos conquistados, numa exibição com altos e baixos, algumas performances muito abaixo do exigível (Aboubakar e Brahimi, entre outros, estiveram demasiado tempo a estragar jogo) e outras de plano mediano (Sérgio Oliveira divergiu entre o bom e o menos bom, Herrera algo cansado e menos influente, tal como Layún). Melhor estiveram Corona e Maxi Pereira.


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