Hoje, nesta rubrica, mais um «monstro sagrado» do futebol portista, português e mundial:
Vítor Baía - 78º internacional: 80 jogos cumpriu este extraordinário guarda-redes com a camisola da Selecção nacional (65 pelo FC Porto e 15 pelo FC Barcelona). Desde que se estreou, em Dezembro de 1990, na Maia, contra os Estados Unidos, ganhou a aura de indiscutível.
Na tradição de outros grandes guarda-redes que passaram pela Selecção nacional, Vítor Baía rapidamente se distinguiu pela sobriedade e elegância. Foi cedo, muito cedo para um jogador na sua posição, que costuma necessitar de mais maturação, que Baía se instalou na baliza do FC Porto. Aos 19 anos já tinha provado a titularidade, aos 20 já era titular indiscutível. Um jovem com a sabedoria de um velho. E os troféus acumularam-se rapidamente nas suas vitrinas. Em oito épocas foi cinco vezes campeão nacional.
Depois o Euro/96, num tempo em que era o indiscutível dono das balizas da Selecção nacional, Vítor Baía seguiu para Barcelona, atraído pela grandeza do clube catalão e pelos milhões com que lhe acenavam: foi o guarda-redes mais caro da história do futebol mundial. A relação com o «Barça» foi de amor-ódio. Na primeira época, com Bobby Robson, que já o havia treinado no FC Porto, Vítor Baía foi grande. Não ganhou o título espanhol, mas foi vencedor da Taça das Taças, com a equipa na jogavam igualmente, Fernando Couto e Luís Figo. Com a chegada do holandês Van Gaal, a sua estrela apagou-se. Baía deixou de ser utilizado e o seu estatuto de guarda-redes mais caro do mundo jogou contra si.
Regressaria ao FC Porto a meio da época de 1988-89 para começar uma nova vida. E que vida! Voltou a ser campeão, venceu a Taça UEFA e a Liga dos Campeões, tornou-se num dos jogadores mundiais mais titulados de sempre.
Uma lesão complicada no joelho foi e veio. Durante a fase final do Euro/2000, foi um dos esteio da equipa. Nos quartos-de-final, contra a Turquia, com o resultado em 1-0 para Portugal, defendeu um «penalty», decisivo para a presença na célebre meia-final contra a França. Aí já não conseguiu repetir a proeza e deter o remate de Zidane que afastaria a Selecção nacional da ambicionada final, no último minuto do prolongamento.
O apuramento para o Mundial/2002 trouxe-lhe novas amarguras. A lesão manteve-o fora dos jogos preliminares e chegou ao Oriente com um mundo de dúvidas pairando sobre a sua cabeça. António Oliveira, o seleccionador, apostou nele para a fase final do torneio. Portugal saiu pela porta pequena, mas Vítor Baía não foi o culpado. A partir daí, primeiro com Agostinho Oliveira e, mais tarde, com Luíz Felipe Scolari deixou inexplicavelmente, de fazer parte das opções técnicas, apesar de ter sido considerado o melhor guarda-redes da Europa, em 2004!
Ver curiosidades, dados da carreira e palmarés aqui
(Continua)
Fontes: European Football.info; Portal da FPF e Portugal - Record International Players
é só o meu ídolo. o único jogador que me fez comprar uma camisola com o seu nome - e ainda por cima, autografada pelo próprio ;)
ResponderEliminarum senhor, é o que é. só lastimo a forma abrupta como saiu do clube, mas isso são outros "quinhentos" ;)
forte abraço e excelente trabalho!
aguardo pela continuação
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)
Miguel | administrador do (agora) Tomo II
Um dos meus preferidos dos anos mais recentes e cujo afastamento da selecção pela prepotência de Scolari, para fazer a vontade aos poderes dos 2 históricos clubes do regime de Lisboa, fez relembrar o ocorrido, em 1966, com Américo.
ResponderEliminarUma geração de ouro e a quem o futebol português deve muito. Baía, foi mal tratado pelo Scolari apenas e só por ser do F.C. do Porto se fosse vermelho ele não se atrevia, a CS arrasava-o. Miguel, o Baía saiu do F.C.Porto prque quis, ninguém o mandou embora.
ResponderEliminarAbraço