FICHA DO JOGO
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Foi com a consciência de que o apuramento não passava de uma hipótese muito remota que o FC Porto se deslocou a Barcelos, para cumprir a terceira e última Jornada do Grupo A, da Taça da Liga, este ano designada Bwin Cup.
André Villas-Boas corporizou este sentimento ao fazer alinhar uma equipa muito diferente do habitual, protegendo por um lado, os titulares, aproveitando por outro, para testar alternativas, numa inteligente gestão do plantel, tal como a grande maioria dos adeptos portistas vaticinaram.
A surpresa maior foi a utilização de Serreno a lateral esquerdo, sobrando o centro da defesa para a dupla Otamendi e Maicon. Aposta ganha, pois Sereno esteve em bom plano nesse lugar.
O Gil Vicente apresentou-se na máxima força proporcionando um duelo interessante pela ambição e determinação que emprestou ao jogo.
Com maiores ou menores dificuldades, o FC Porto tentou controlar o jogo e conseguiu-o durante largos momentos, mas o primeiro lance de verdadeiro perigo teve a chancela da equipa da casa, com um remate a bater na barra da baliza de Beto, aos dezoito minutos.
Foram porém os Dragões os primeiros a marcar. Guarín disputou e ganhou a bola perto da área gilista, combinou com Walter, este serviu Rúben Micael, que sob a esquerda rematou certeiro. O intervalo viria logo a seguir. Sem jogar muito, os Dragões acabariam a primeira parte com vantagem no marcador.
No reatamento, André Villas-Boas deixou Fucile no banco. O uruguaio atravessa uma das suas piores fases, parecendo alheado do jogo, especialmente no que diz respeito ao tempo de recuperação. Demora a retomar o seu lugar na defesa expondo demasiado os seus companheiros. Para o seu lugar derivou Sereno, enquanto para a esquerda entrou Emídio Rafael.
O segundo tempo começou frenético, com o Gil Vicente mais ofensivo e perigoso e cinco minutos depois do apito do árbitro, empatou num lance em que a passividade da defesa portista foi decisiva. Primeiro Guarín permitiu o cruzamento sem oferecer oposição, depois Beto, na sua área de jurisdição deixou-se antecipar, permitindo o cabeceamento vitorioso.
Os azuis e brancos não se deixaram abater e quatro minutos volvidos, Rafa, depois de ter recuperado a bola a meio-campo, correu pela esquerda, aproximou-se da área, aproveitou a descompensação da defesa contrária para colocar a bola em Guarín, na meia-lua. O colombiano simulou o remate e devolveu a bola ao lateral que já dentro da área rematou com conta, peso e medida. Bom golo.
Cinco minutos depois (59'), Walter sofreu falta, perdeu a bola, o árbitro mandou jogar, o jogador gilista lançou de imediato a bola para o flanco direito, onde apareceu Hugo Vieira liberto de adversários. Ainda se atrapalhou, permitindo a recuperação de Emídio Rafael que não foi suficientemente eficaz. O avançado conseguiu superar a fraca oposição dos defesas portistas Rafa e Maicon rematando para o golo da igualdade.
Com cerca de meia hora para jogar e com o Nacional da Madeira a vencer em Aveiro, André Villas-Boas, incompreensivelmente, não resistiu à tentação de introduzir mais potencial para tentar vencer este encontro e aos 71' e 72' fez entrar Hulk e João Moutinho.
A equipa ficou mais agressiva mas não conseguiu alterar o marcador.
Pior que o empate foi o infortúnio de Emídio Rafael que deverá ter o resto da época em risco, face à grave lesão que sofreu aos 90'. Logo agora que estava pré-convocado para a selecção nacional!